Legalmente Loira

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Legalmente Loira
Legally Blonde
Legalmente Loira
Cartaz do filme
 Estados Unidos
2001 •  cor •  96 min 
Gênero comédia
Direção Robert Luketic
Produção
  • Marc Platt
  • Ric Kidney
Roteiro
  • Karen McCullah Lutz
  • Kirsten Smith
Baseado em
  • Legally Blonde,
  • de Amanda Brown
Elenco
Música Rolfe Kent
Cinematografia Anthony B. Richmond
Edição Anita Brandt-Burgoyne
Companhia(s) produtora(s)
Distribuição MGM Distribution Co.
Lançamento
  • 13 de julho de 2001 (2001-07-13) (Estados Unidos)[1]
  • 9 de novembro de 2001 (2001-11-09) (Brasil)[2]
  • 16 de novembro de 2001 (2001-11-16) (Portugal)[3]
Idioma inglês
Orçamento US$ 18 milhões[4]
Receita US$ 141 774 679[4]
Cronologia
Legalmente Loira 2

Legally Blonde (bra/prt: Legalmente Loira)[5][2][3] é um filme de comédia estadunidense de 2001, dirigido por Robert Luketic, com roteiro de Karen McCullah Lutz e Kirsten Smith baseado no romance Legally Blonde, de Amanda Brown.

Estrelado por Reese Witherspoon, Luke Wilson, Selma Blair, Matthew Davis, Victor Garber e Jennifer Coolidge, conta a história de Elle Woods, uma garota universitária que tenta reconquistar seu ex-namorado e obter um Juris Doctor.

O filme foi lançado em 13 de julho de 2001 e recebeu críticas positivas dos críticos. No Rotten Tomatoes, o consenso dos críticos afirma "embora o material seja previsível e estereotipado, a performance diferenciada e engraçada de Reese Witherspoon faz com que este filme seja melhor do que teria sido de outra forma".[6] Ele foi indicado ao Globo de Ouro de Melhor Filme: Musical ou Comédia[7] e ficou em 29º lugar na lista de "100 Filmes Mais Engraçados" do canal Bravo de 2007.[8] Witherspoon recebeu uma indicação ao Globo de Ouro de Melhor Atriz - Filme Musical ou Comédia, e o MTV Movie Awards 2002 de Melhor Performance Feminina.

O sucesso de bilheteria levou a uma continuação de 2003, Legally Blonde 2: Red, White & Blonde, e um spin-off de 2009 direto para o DVD, Legally Blondes. Além disso, Legalmente Loira: The Musical estreou em 23 de janeiro de 2007, em San Francisco e abriu em Nova York no Palace Theatre, na Broadway, em 29 de abril de 2007, estrelado por Laura Bell Bundy.[9]

Em junho de 2018, Witherspoon esteve em negociações com a Metro-Goldwyn-Mayer para produzir uma terceira sequência da série de filmes Legally Blonde.[10][11][12] Além de reprisar seu papel como Elle Woods, Witherspoon está trazendo de volta Karen McCullah Lutz e Kirsten Smith para escrever o roteiro do filme.[13][14] MGM mais tarde confirmou em um post no Twitter que Legally Blonde 3 está previsto para ser lançado em 14 de fevereiro de 2020.

Em abril de 2024, uma série spin-off de Legalmente Loira entrou em desenvolvimento no Prime Video, com participação de Reese Witherspoon na concepção criativa.[15] O projeto tem as assinaturas de Josh Schwartz e Stephanie Savage, criadores de Gossip Girl (telessérie).

Sinopse[editar | editar código-fonte]

Elle Woods é uma típica patricinha, estudante de moda e membra de irmandade. Mas na ocasião em que ela espera ser pedida em casamento pelo namorado rico, filho do governador, ele desfaz o namoro, dizendo que quer ir para a Harvard Law School e vai fazer melhor para ele "casar com uma Jackie, não uma Marilyn". Cansada de sofrer com o estereótipo da futilidade, Elle resolve entrar para a mesma faculdade de Direito e provar que inteligência não depende de aparências.[5]

Elenco[editar | editar código-fonte]

Produção[editar | editar código-fonte]

O filme é baseado no livro de mesmo nome de Amanda Brown, que construiu a história de suas experiências da vida real como uma loira freqüentando a Stanford Law School, sendo obcecada por moda e beleza, lendo a revista Elle e frequentemente confrontando as personalidades. de seus colegas.[16]

Brown disse que quando chegou pela primeira vez a Stanford Law, descobriu que cometera um grande erro. "Eu estava na minha primeira semana de faculdade de direito, em 1993, e vi este panfleto para "The Women of Stanford Law", então eu estava tipo, "Eu vou conhecer algumas garotas legais. Seja o que for".[16]

Fui à reunião e estas não eram mulheres. Estas eram pessoas realmente irritadas. A mulher que liderava passou três anos em Stanford tentando mudar o nome "semestre" para "ovário". Comecei a rir e percebi que todos na sala levaram muito a sério. Então eu não fiz nenhum amigo lá.

Brown escreveu cartas para seus pais sobre essas experiências, que ela adaptou em um manuscrito e enviou a um agente, que inicialmente foi atraído porque era o único manuscrito escrito em papel rosa.[16]

O produtor Marc Platt ficou intrigado com a personagem de Elle Woods quando um romance inédito foi entregue a ele.[17] "O que eu amei nessa história é que é hilária, é sexy e, ao mesmo tempo, é empoderadora", diz Platt. "O mundo olha para Elle e vê alguém que é loira e bonita mas nada mais. Elle, por outro lado, não se julga nem ninguém. Ela acha que o mundo é ótimo, ela é ótima, todo mundo é ótimo e nada pode mudar isso. Ela é verdadeiramente uma heroína moderna irreprimível".[17] O diretor Robert Luketic traça paralelos comportamentais. "Sinto-me atraído por histórias de pessoas que são genuínas com elas mesmas. E esse filme fala de uma garota que decide ser quem ela é, sem se importar com o que os outros pensam. É uma história sobre a importância de acreditar em si mesmo".[18]

As roteiristas Karen McCullah e Kirsten Smith passaram dois dias no campus de Stanford, na primavera de 2000, fazendo pesquisas para o roteiro baseado no romance de Brown.[19]

Tanto a USC quanto a Stanford se recusaram a permitir que os produtores usassem seus nomes de faculdade no filme.[20] "[Os produtores do filme] perguntaram se poderiam colocar o filme na USC, mas as imagens dela como estudante de graduação e estar em uma irmandade ... nós sentimos que havia muito estereótipo acontecendo", diz Elijah May, coordenador de filmagem do campus da USC. A produção assentou em ter Elle indo para uma faculdade fictícia chamada CULA.[20]

A segunda escolha da produção era a Universidade de Chicago, que também recusou por conta da cena em que um professor dá em cima de Elle.[21]

Embora o filme é ambientado principalmente na Universidade de Harvard, cenas do campus foram filmados na Universidade do Sul da Califórnia,[22] Universidade da Califórnia em Los Angeles,[23] Instituto de Tecnologia da Califórnia, e Rose City High School, em Pasadena, Califórnia. A cena de formatura foi filmada no Dulwich College, em Londres, Inglaterra, desde que Witherspoon estava na cidade filmando The Importance of Being Earnest. A Universidade de Harvard aparece no filme brevemente em certas tomadas aéreas.

Witherspoon pesquisou o personagem estudando garotas da irmandade em seus campi e pontos de acesso associados. Ela foi jantar com eles e brincou que estava conduzindo um "estudo antropológico".[24] Reese Witherspoon, que, para se preparar para o filme, passou dias passeando por Beverly Hills e frequentando os spas dos hotéis mais sofisticados da região. "O que eu adoro em Elle é que ela questiona nossa percepção", disse Witherspoon. "É muito fácil chegarmos a conclusões sobre pessoas que nem conhecemos, e ela me fez explorar as diferenças entre aparência e espírito".[18] Charlize Theron, Gwyneth Paltrow, Alicia Silverstone, Katherine Heigl, Milla Jovovich, Jennifer Love Hewitt, e Christina Applegate foram consideradas para interpretarem a protagonista Elle Woods.[21] Applegate não aceitou o papel por achar o filme “estúpido”. Applegate disse que a personagem do filme tinha muitos pontos em comum com Kelly Bundy, personagem que interpretou na sitcom Married... with Children, e por isso temeu ficar marcada por fazer personagens do tipo loira burra.[25] Chloe Sevigny acabou desistindo do papel de Vivian. Sevigny disse depois, em uma entrevista, que na época não havia se dado conta de que o filme faria tanto sucesso.[21]

A cena onde Elle explica a Paulette como chamar a atenção de sua paixão - quase não entrou no filme.[26] "[Produtor] Marc [Platt] queria um plano B para Paulette (Jennifer Coolidge)", disse a co-roteirista Karen McCullah à Entertainment Weekly. "No começo ficamos tipo, 'A loja deveria ser roubada?'", Disse a co-autora Kirsten Smith, "Acho que passamos uma semana ou duas tentando descobrir o que o enredo B e esse grande set deveriam ser. Houve tramas de crime. Nós estávamos lançando cena após cena e tudo parecia muito estranho".[26]

Mais tarde, em um bar em Los Angeles, McCullah chegou a uma solução: "E se Elle mostrar [Paulette] um movimento para conseguir o cara da UPS?" No calor do momento, Smith inventou um movimento, levantando-se e monstrando o que se tornaria a curva e o estalo. Smith explica: "Foi uma invenção espontânea. Foi um momento completamente bêbado em um bar". O diretor Robert Luketic depois adaptou o movimento para um número de dança para o filme. "... Foi um número totalmente coreografado por Toni Basil, e ela foi incrível", lembra Witherspoon. "Ela fez toda a dança".[27] "Eu me lembro de apenas ler e pensar que era a coisa mais histérica de todas", acrescentou ela. "o filme tem uma história muito significativa. Fala do empoderamento feminino. Não trata, necessariamente, de uma garota que está tentando conquistar um garoto. Ainda hoje, os principais pedidos que recebo, das pessoas, é para fazer este gesto. Eu sinto que vou fazer o abaixa e levanta até os 95 anos".[28][29]

Foi combinado no contrato de Reese Witherspoon que ela ficaria com todas as roupas, sapatos e acessórios que usasse no filme.[10][21]

Recepção da crítica[editar | editar código-fonte]

Legally Blonde foi lançado em 13 de julho de 2001 na América do Norte. Seu final de semana de abertura bruta de US$ 20 milhões[1] fez um sucesso de bilheteria para o estúdio da MGM, e arrecadou US$ 96,5 milhões na América do Norte e US$ 45,2 milhões em outros lugares, para um total mundial de US$ 141,7 milhões.[30] O filme foi lançado no Reino Unido em 26 de outubro de 2001 e foi lançado em segundo lugar, atrás de American Pie 2.[30]

O filme foi um sucesso crítico. Com base em 130 comentários, coletados pelo Rotten Tomatoes, 69% dos críticos deram notas positivas para Legally Blonde, classificando o filme como "fresh". A maioria das críticas elogiou o desempenho de Reese Witherspoon, embora algumas tenham denegrido o filme como um todo.[31] Metacritic relatou que o filme teve uma pontuação média de 59, com base em 31 comentários.[32] Na cerimônia do Globo de Ouro de 2001, o filme foi indicado ao Globo de Ouro de melhor filme de comédia ou musical. No mesmo ano, Witherspoon também foi indicado ao Melhor Atriz - Filme Musical ou Comédia.[33]

Prêmios e indicações[editar | editar código-fonte]

Lista de prêmios e indicações
Premiação Categoria Recipiente Resultado
Golden Globe Awards 2002 Melhor filme - comédia ou musical Indicado
Melhor atriz - comédia ou musical Reese Witherspoon Indicado[34]
Satellite Award 2002 Melhor Atriz em filme musical ou comédia Reese Whiterspoon Indicado
MTV Movie Awards 2002 Melhor filme Indicado
Melhor atriz Reese Witherspoon Indicado
Melhor comediante Reese Witherspoon Indicado

Trilha sonora[editar | editar código-fonte]

Um álbum de trilha sonora foi lançado em 2001 pela A&M Records, incluindo as músicas:

Musical[editar | editar código-fonte]

Ver artigo principal: Legally Blonde (musical)

Em fevereiro de 2007, uma adaptação musical estreou na Broadway para críticas mistas, estrelando Laura Bell Bundy como Elle, Christian Borle como Emmett, Orfeh como Paulette, Nikki Snelson como Brooke, Richard H. Blake como Warner, Kate Shindle como Vivienne e Michael Rupert como Callahan. Outros membros do elenco incluíram Andy Karl, Leslie Kritzer, Annaleigh Ashford, DeQuina Moore e Natalie Joy Johnson. O show, Bundy, Borle e Orfeh foram todos indicados para o Tony Awards. Mais tarde, o show da Broadway foi o foco de uma série de reality da MTV chamada Legally Blonde: The Musical – The Search for Elle Woods, em que a vencedora assumirá o papel de Elle na Broadway. Bailey Hanks, de Anderson, Carolina do Sul, venceu a competição.

Legally Blonde teve uma temporada de sucesso no Savoy Theatre, nos teatros de West End de Londres, estrelado por Sheridan Smith, Susan McFadden, e Carley Stenson como Elle, e Duncan James, Richard Fleeshman, Simon Thomas, e Ben Freeman como Warner. Durante o período de três anos, o elenco também incluiu Alex Gaumond, Denise Van Outen, e Lee Mead.

Referências

  1. a b «Legally Blonde (2001)». Box Office Mojo. 23 de dezembro de 2001. Consultado em 2 de março de 2023 
  2. a b Legalmente Loira no AdoroCinema
  3. a b «Legalmente Loira». no CineCartaz (Portugal) 
  4. a b «Legally Blonde» (em inglês). Box Office Mojo. Consultado em 2 de março de 2023 
  5. a b «Legalmente Loira». Brasil: CinePlayers. Consultado em 20 de setembro de 2019 
  6. «Legally Blonde». Consultado em 15 de novembro de 2016 
  7. Jamie Allen / CNN (2001). «CNN.com - Globes: 'Beautiful,' 'Moulin' golden - December 20, 2001». Edition.cnn.com. Consultado em 12 de março de 2016 
  8. «BRAVO 100 Funniest Movies». The Film Spectrum. Consultado em 12 de março de 2016 
  9. «Musical inspirado em "Legalmente loira" chega à Broadway». G1. Globo.com. 30 de abril de 2007. Consultado em 12 de fevereiro de 2019 
  10. a b «Reese Witherspoon negocia participação em nova sequência de 'Legalmente Loira». Folha de S.Paulo. UOL. 4 de junho de 2018. Consultado em 12 de fevereiro de 2019 
  11. «Reese Witherspoon confirma participação em 'Legalmente Loira 3'». Folha de S.Paulo. UOL. 7 de junho de 2018. Consultado em 12 de fevereiro de 2019 
  12. «'Legalmente Loira 3' é confirmado por Reese Witherspoon». G1. Globo.com. 7 de julho de 2018. Consultado em 12 de fevereiro de 2019 
  13. «Confirmado: vem aí o filme "Legalmente Loira 3"». Glamour. Globo.com. 4 de junho de 2018. Consultado em 12 de fevereiro de 2019 
  14. McNary, Dave (4 de junho de 2018). «Reese Witherspoon in Talks to Return for 'Legally Blonde 3'». Variety. Consultado em 5 de junho de 2018 
  15. «Spin-off de Legalmente Loira está em desenvolvimento no Prime Video». Diário de Séries. 5 de abril de 2024. Consultado em 7 de abril de 2024 
  16. a b c «Blonde Ambition / Author Amanda Brown marvels at the industry surrounding 'Legally Blonde'». San Francisco Chronicle. 13 de julho de 2003. Consultado em 2 de outubro de 2018 
  17. a b «Film Review: Legally Blonde». The Westmorland Gazette. 8 de novembro de 2001. Consultado em 2 de outubro de 2018 
  18. a b «Comédia questiona falsa moralidade». Folha de S.Paulo. UOL. 9 de novembro de 2001. Consultado em 12 de fevereiro de 2019 
  19. «Blonde Ambition». Stanford Alumni. Consultado em 2 de outubro de 2018 
  20. a b Matsumoto, Jon (22 de julho de 2001). «You'll Need a Permission Slip for That». Los Angeles Times. Consultado em 2 de outubro de 2018 
  21. a b c d «Veja 7 curiosidades sobre o filme Legalmente Loira». RecordTV. R7. 18 de julho de 2016. Consultado em 12 de fevereiro de 2019 
  22. «USC Campus Filming: USC in Film». Consultado em 24 de novembro de 2007. Arquivado do original em 23 de abril de 2008 
  23. «Search - UCLA Undergraduate Admission». Admissions.ucla.edu. Consultado em 12 de março de 2016 
  24. «Reese Witherspoon chats about Legally Blonde». Entertainment Weekly. 26 de julho de 2001. Consultado em 2 de outubro de 2018 
  25. «Christina Applegate recusou fazer Legalmente Loira: "Que filme estúpido"». Observatório da Televisão. UOL. 30 de julho de 2015. Consultado em 12 de fevereiro de 2019 
  26. a b «Legally Blonde writers explain how the bend and snap was created». Entertainment Weekly. 2 de abril de 2018. Consultado em 2 de outubro de 2018 
  27. Macke, Johnni (13 de julho de 2016). «Reese Witherspoon Does the Bend and Snap in Honor of». Entertainment Tonight. Consultado em 2 de outubro de 2018 
  28. «Reese Witherspoon celebra os 15 anos do filme Legalmente Loira». R7. 13 de julho de 2016. Consultado em 12 de fevereiro de 2019 
  29. «Reese Witherspoon celebra os 15 anos do filme Legalmente Loira». Vogue. Globo.com. 13 de julho de 2016. Consultado em 12 de fevereiro de 2019 
  30. a b «Weekend box office 26th October 2001 - 28th October 2001». www.25thframe.co.uk. Consultado em 16 de setembro de 2017 
  31. «Legally Blonde (2001)». Rotten Tomatoes. Consultado em 12 de março de 2016 
  32. «Legally Blonde Reviews». Metacritic. 13 de julho de 2001. Consultado em 12 de março de 2016 
  33. «15 Years of Reese Witherspoon | Fox News Magazine». Magazine.foxnews.com. Consultado em 12 de março de 2016 
  34. «Reese Witherspoon Awards andNominations» (em inglês). AceShowbiz.com. Consultado em 18 de janeiro de 2014