Leiotriquídeos

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Classificação científica
Reino: Animalia
Filo: Chordata
Classe: Aves
Ordem: Passeriformes
Subordem: Passeri
Superfamília: Sylvioidea
Família: Leiothrichidae
Swainson, 1832
Gêneros
16, ver texto

Os leiotriquídeos (Leiothrichidae) são uma família de aves passeriformes do Velho Mundo, que inclui os zaragateiros, sibias e asas-malhadas.[1] São diversos em tamanho e plumagem. Habitam especialmente áreas tropicais, com maior diversidade no Sudeste Asiático e no subcontinente indiano. Anteriormente a família inteira costumava ser incluída na família dos tagarelas, a Timaliidae.

Características[editar | editar código-fonte]

Zaragateiro-de-poupa-branca (Garrulax leucolophus).

Os zaragateiros são aves de pequeno a médio porte. Possuem pernas fortes, e muitos são bastante terrestres. Normalmente têm bicos generalizados, semelhantes aos de um tordo ou toutinegra. A maioria tem plumagem predominantemente marrom, e pouco dimorfismo sexual, mas também existem muitas espécies de cores mais vivas. Algumas espécies também possuem um anel perioftálmico ressaltado.[2]

Este grupo não é migratório, e a maioria das espécies possuem asas curtas e arredondadas e um voo fraco. Vivem em ambientes levemente arborizados ou em cerrados, variando desde pântanos a quase desertos. São principalmente insetívoros, embora muitos também alimentam-se de bagas, e espécies maiores até comem pequenos lagartos e outros vertebrados.[2]

Sistemática[editar | editar código-fonte]

Taxonomia[editar | editar código-fonte]

A família Leiothrichidae foi introduzida como uma subfamília (Leiotrichanae) pelo naturalista inglês William Swainson em 1832.[3] Um estudo filogenético molecular abrangente da família publicado em 2018 levou a uma revisão substancial da classificação taxonômica.[4] Descobriu-se que os membros do gênero Garrulax pertenciam a três clados separados que divergiram-se no Mioceno há 7-9 milhões de anos atrás. O gênero foi dividido, com Garrulax restrito a um clado e os gêneros Pterorhinus e Ianthocincla ressuscitados para os outros dois clados. O gênero Turdoides também foi dividido, ressuscitando o gênero Argya.[4][5]

Classificação[editar | editar código-fonte]

A família contém 135 espécies separadas em 16 gêneros:

Referências

  1. Gelang, M.; Cibois, A.; Pasquet, E.; Olsson, U.; Alström, P.; Ericson, P.G.P. (2009). «Phylogeny of babblers (Aves, Passeriformes): major lineages, family limits and classification». Zoologica Scripta. 38: 225-236 
  2. a b Perrins, C. (1991). Forshaw, Joseph, ed. Encyclopaedia of Animals: Birds. London: Merehurst Press. pp. 188–190. ISBN 1-85391-186-0 
  3. Swainson, William John; Richardson, J. (1831). Fauna boreali-americana, or, The zoology of the northern parts of British America. Part 2. The Birds. London: J. Murray. p. 490  A capa refere-se ao ano de 1831, mas o volume não foi divulgado até 1832.
  4. a b Cibois, A.; Gelang, M.; Alström, P.; Pasquet, E.; Fjeldså, J.; Ericson, P.G.P.; Olsson, U. (2018). «Comprehensive phylogeny of the laughingthrushes and allies (Aves, Leiothrichidae) and a proposal for a revised taxonomy». Zoologica Scripta. 47 (4): 428–440. doi:10.1111/zsc.12296 
  5. Gregory, S.M.S.; Dickinson, E. (2012). «An assessment of three little‐noticed papers on avian nomenclature by G.N. Kashin during 1978‐1982». Zootaxa. 3340: 44-58 [51] 

Leitura adicional[editar | editar código-fonte]

Wikispecies
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  • Cibois, A. (2003). «Mitochondrial DNA phylogeny of babblers (Timaliidae)». Auk. 120: 35–54. doi:10.1642/0004-8038(2003)120[0035:MDPOBT]2.0.CO;2     
  • Collar, N. J., and C. Robson. 2007. Family Timaliidae (babblers). Pages 70–291 in J. del Hoyo, A. Elliott, and D.A. Christie (editors), Handbook of the Birds of the World Volume 12: Picathartes to Tits and Chickadees. Lynx Edicions, Barcelona.
  • Gelang, M., A. Cibois, E. Pasquet, U. Olsson, P. Alström and P.G.P. Ericson. 2009. Phylogeny of babblers (Aves, Passeriformes): major lineages, family limits and classification. Zoologica Scripta 38: 225–236.
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