Lima Duarte

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 Nota: Este artigo é sobre o ator brasileiro. Para outros significados, veja Lima Duarte (desambiguação).
Lima Duarte
Lima Duarte
Nome completo Ariclenes Venâncio Martins
Nascimento 29 de março de 1930 (94 anos)
Sacramento,  Minas Gerais
Nacionalidade brasileiro
Ocupação Ator
Diretor
Dublador
Cônjuge Marisa Sanches (divorciado)

Lima Duarte, nome artístico de Ariclenes Venâncio Martins (Sacramento, 29 de março de 1930), é um ator, diretor, dublador e apresentador brasileiro . É considerado um dos mais importantes atores do Brasil, tornando-se famoso através de vários papéis memoráveis ao longo da história da telenovela brasileira.

É padrasto da atriz Débora Duarte. O ator é ateu[1]

Biografia

O começo

Nascido no interior de Minas Gerais, num povoado chamado Nossa Senhora da Purificação do Desemboque e do Sagrado Sacramento, referido por ele como "Desemboque", distrito de Sacramento, chegou em São Paulo de carona num caminhão que transportava mangas.[2]

Filho do boiadeiro araguarino Antônio José Martins e de uma artista do circo América, Lima Duarte, cujo nome é Ariclenes Venâncio Martins, jamais se esqueceu de suas raízes, e viu na oportunidade uma forma de entrar em contato com a figura paterna. “Estar aqui na cidade (Araguari), para mim, é de certa forma encontrar-me com meu pai, com um passado que eu não tive oportunidade de conhecer. Tenho certeza que ele permanece vivo em meu coração e em minhas lembranças, das quais também fará parte.”

Começou a trabalhar em rádio, como faz-tudo, até chegar a sonoplasta e, finalmente, a radioator, quando adotou o nome artístico de Lima Duarte por sugestão de sua mãe, que era espírita e lhe aconselhou o nome de seu guia. Ingressou na televisão, da qual é um dos pioneiros no Brasil.

Esteve no elenco da primeira telenovela brasileira, Sua Vida Me Pertence, tornando-se um dos principais nomes do gênero.

Também fez dublagens em português de desenhos animados norte-americanos da Hanna-Barbera, como o Manda-Chuva (e também a segunda voz do Espeto), o Wally Gator, o Dum-Dum de Tartaruga Touché .[3]

Atuou em peças teatrais de protesto como Arena conta Zumbi de Augusto Boal e Gianfrancesco Guarnieri.

Televisão

Depois de anos na Tv Tupi,[4] onde passou por grandes dificuldades financeiras devido ao caos da emissora, que acabou falindo, foi contratado pela Rede Globo como diretor, graças à fama obtida pela direção de duas novelas de grande sucesso e popularidade nos anos 60, O Direito de Nascer e Beto Rockfeller, ambas ainda na Tv Tupi.[5] Conseguiu dar um salto na carreira ao interpretar o personagem Zeca Diabo, na novela O Bem-Amado (1973), de Dias Gomes. Imitando a voz fina de um parente na interpretação do violento jagunço, obteve grande notoriedade e foi premiado, transformando esse personagem num dos maiores sucessos da história das telenovelas. Em 1984, substituiu Rolando Boldrin no programa Som Brasil, onde também contava histórias de escritores consagrados como Guimarães Rosa.

Outro personagem antológico da história da telenovela brasileira foi o Sinhozinho Malta de Roque Santeiro, novela escrita por Dias Gomes e Aguinaldo Silva. Houve também o histórico Sassá Mutema, de O Salvador da Pátria (1989). Assim como o seu personagem, também ele se apaixonou pela "professorinha" Clotilde, interpretada por Maitê Proença, mas não foi correspondido.

Em Da Cor do Pecado ele viveu o empresário Afonso Lambertini e protagonizou cenas emocionantes da trama, como a que descobre que o filho não morreu e que logo em seguida é assassinado na frente dele.

Interpretou ainda o prefeito Viriato Palhares em Desejo Proibido (2007/08), novela exibida às 18 horas pela Rede Globo. Em Caminho das Índias (2009), foi Shankar, um brâmane, pai de Bahuan (Márcio Garcia). Interpretou o vilão Max Martinez em Araguaia (2010). Em Julho de 2015 aceita o convite da TV Cultura para apresentar o programa Viola Minha Viola[6]

Dublagem

Lima Duarte também se destacou por dublar alguns personagens de desenho animado da produtora Hanna-Barbera[7]:

Carreira

Televisão

Teatro

Cinema

Prêmios e indicações

Referências

  1. http://www1.folha.uol.com.br/folha/livrariadafolha/ult10082u645201.shtml
  2. http://www1.folha.uol.com.br/folha/ilustrada/ult90u59129.shtml Acessado em 17/06/10
  3. http://www.hannabarbera.com.br/entrevis/lima.htm. Acessado em 17/06/10
  4. http://www.netsaber.com.br/biografias/ver_biografia_c_4521.html Acessado em 17/06/10
  5. Oliveira Sobrinho, José Bonifácio. Casa da Palavra, ed. O Livro do Boni. 2011. [S.l.: s.n.] 314 páginas. ISBN 8577342263 
  6. http://divirta-se.uai.com.br/app/noticia/mexerico/2015/07/20/noticia_mexerico,169752/lima-duarte-deve-assumir-viola-minha-viola.shtml
  7. «RetrôTV». Consultado em 7 de abril de 2015 
  8. SILVA, Jane Pessoa da. Ibsen no Brasil. Historiografia, seleção de textos críticos e Catálogo Bibliográfico. São Paulo: USP, 2007. p. 612
  9. Keila Jimenez (22 de outubro de 2014). «Cabeludo, Lima Duarte volta à TV como oráculo em telefilme de Renato Aragão». F5 - televisão. Outro Canal. Consultado em 22 de outubro de 2014 
  10. Natália Boere (05 de abril de 2015). «Estrelas da série 'Os experientes', veteranos como Beatriz Segall, Othon Bastos e Juca de Oliveira falam sobre envelhecer». O Globo. Revista da TV. Consultado em 25 de abril de 2015  Verifique data em: |data= (ajuda)
  11. Rodrigo Dau (22 de abril de 2015). «Lima Duarte aceitou papel de mafioso só para contracenar ao lado de Tatá Werneck». Extras - I Love Paraisópolis. Consultado em 25 de abril de 2015 
  12. «Troféu Mário Lago homenageia famosos no palco do Domingão desde 2002» 

Ligações externas

Wikiquote
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Precedido por
Paulo José
por O Rei da Noite
Troféu Candango de Melhor Ator
por O Crime do Zé Bigorna

1977
Sucedido por
Nelson Xavier
por A Queda