Júlio Ernesto de Lima Duque

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Júlio Ernesto de Lima Duque
Júlio Ernesto de Lima Duque
Nascimento 11 de agosto de 1859
Chancelaria
Morte 12 de março de 1927
Coimbra
Cidadania Portugal, Reino de Portugal
Alma mater
Ocupação médico

Júlio Ernesto de Lima Duque (Mata, Torres Novas, 11 de Agosto de 1859Coimbra, 12 de Março de 1927),[1][2] mais conhecido por Lima Duque, foi um major médico do Exército Português, militante do Partido Nacionalista, que se destacou durante a Primeira República Portuguesa no exercício das funções de deputado e de senador no Congresso da República, ministro e governador civil.[3]

Biografia[editar | editar código-fonte]

Lima Duque nasceu em 11/08/1859 , em Mata, freguesia de Chancelaria, concelho de Torres Novas, filho de José Gomes Duque e Maria Uttelina Sympathia Gomes de Lima. Foi bacharel em Medicina pela Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra[4] e oficial do Exército Português, onde atingiu o posto de Coronel Médico em 17 de setembro de 1917.

Monárquico e genro do conselheiro Alípio Leitão, um membro influente do Partido Progressista durante a fase final do regime monárquico, exerceu o cargo de governador civil do Distrito de Évora (de 26 de Outubro de 1904 a 2 de Maio de 1905).[5]

Após a implantação da República Portuguesa manteve-se inicialmente fiel aos ideais monárquicos e foi preso por apoiar a Conspiração Monárquica de 1913.

Com o amadurecimento do regime republicano, foi um dos políticos conservadores e ex-monárquico (ou mesmo assumidamente monárquicos) que militaram no Partido Republicano Evolucionista e no Partido Nacionalista nos finais da década de 1910. Foi mais tarde membro da Acção Republicana, senador, deputado e Ministro do Trabalho.

Ao tempo ligado ao Partido Nacionalista, exerceu as funções de ministro do Trabalho, na qualidade de "nacionalista", nos governos de António Granjo (de 19 de Julho a 20 de Novembro de 1920), de Tomé de Barros Queirós (de 24 de Maio a 30 de Agosto de 1921),[6], de novo, com António Granjo (de 30 de Agosto a 19 de Outubro de 1921), e finalmente com Álvaro de Castro (de 18 de Dezembro de 1923 a 6 de Julho de 1924).[7]

Também exerceu os cargos de Deputado e de Senador no Congresso da República, distinguindo-se aí na defesa dos interesses da Universidade de Coimbra durante as convulsões que se seguiram ao despoletar da "questão universitária" desencadeada pela reforma do ensino superior levada a cabo pelos governos do Partido Republicano.

Notas