Louis Claude de Saint-Martin

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Louis-Claude de Saint-Martin
Louis Claude de Saint-Martin
Louis-Claude de Saint-Martin
Conhecido(a) por Filósofo Desconhecido
Nascimento 18 de Janeiro de 1743
(Amboise, França
Morte 13 de outubro de 1803 (60 anos)
Aulnay-la-Rivière, França
Nacionalidade França Francês
Ocupação Filósofo, místico e militar.
Magnum opus L'Homme de Désir e Ecce Homo.
Religião Cristianismo

Louis Claude de Saint-Martin (Amboise, França 18 de janeiro de 1743 - 13 de Outubro de 1803) foi um filósofo e místico francês.[1]
Foi discípulo de Martinez de Pasqually e Jacob Boehme (de forma póstuma, através de seus escritos). Advogado, deixou de lado a jurisprudência e ao lado de Jean Baptiste Willermoz, lançou a base do Martinismo. Influenciou diversos ocultistas franceses, especialmente Eliphas Levi, Stanislas de Guaita e Papus.

Vida

Nasceu de família nobre, porém pobre e sem muitas posses. Sua mãe faleceu pouco após seu nascimento, e Saint-Martin foi criado por seu pai e por sua madrasta, de quem sempre guardou profundo carinho. Antes de ingressar na faculdade, já tinha adquirido conhecimento com obras ocultistas e filosóficas, sendo muito influenciado por Blaise Pascal. Após cursar Direito, estudou também destacados filósofos modernos, como Voltaire, Rousseau, Montesquieu.
Logo após se formar, desiste da jurisprudência e ingressa no exército francês, em um regimento baseado em Bordeaux, em 1765. Neste, através de um colega de farda, é apresentado a Martinez de Pasqually e à Ordem dos Elus Cohens do Universo. Em fins de 1768, Saint-Martin foi iniciado nos três primeiros graus simbólicos da referida Ordem pela espada de Balzac, avô de Honoré de Balzac, o famoso romancista francês das primeiras décadas do século XIX.
Também conhece Jean Baptiste Willermoz, que viria a ser seu amigo por muitos anos. Juntos, após a morte de Martinez de Pasqually em São Domingos, em 1774, iniciam de forma individual uma nova forma de misticismo cristão, sendo que Saint-Martin se influencia também pelos escritos de Jacob Boehme, de quem havia tomado conhecimento através de Rodolphe de Salzmann, em meados de 1788.[2]
Escreveu diversos livros, sob o pseudônimo de Filósofo Desconhecido. Influenciou diversos nobres franceses e europeus, criando uma sociedade iniciática, conhecida como Sociedade dos Filósofos Desconhecidos. No início de 1800, sua doutrina já alcançava diversos países europeus, como Alemanha, Rússia e na própria França.[3]

Obra literária

  • Des Erreurs et de la Vérité, ou les Hommes Rappelés au Principe Universel de la Science. Edimbourg, 1775, 2 vol.
  • Suite des Erreurs et de la Vérité. A Salomonopolis, Androphile, 1784.
  • Tableau Naturel des Rapports qui Existent entre Dieu, l'Homme et l'Univers. Édimbourg. 1782.
  • L'Homme de Désir. Lyon, 1790.
  • Ecce Homo. Paris, Cercle Social, 1792.
  • Le Nouvel Homme. Paris, Cercle Social, 1792.
  • Letre à un Ami, ou Considérations Philosophiques et Religieuses sur la Révolution Française. Paris, Louvet, Palais, Égalité, 1796.
  • Éclair sur l'Association Humaine. Paris, Marais, 1797.
  • Le Crocodille ou la Guerre du Bien et du Mal, Arrivée sous le Règne de Louis XV. Paris, Cercle Social, 1798.
  • Réflexiones d'un Observateur sur la Question Proposée por l'Institut: "Quelles sont les Institutions les plus Propres à Fonder la Morale d'un Peuple?. Paris, 1798.
  • De l'Influence des Signes sur la Pensée (inserido inicialmente no Crocodile). Paris, 1799.
  • L'Esprit des Choses ou Coup d'Deil Philosophique sur la Nature des Étres et sur l'Objet de leur Existence. Paris, 1800, 2 vol.
  • Le Ministère de l'Homme-Esprit. Paris, 1802.
  • Oeuvres Posthumes de Saint-Martin. Tours, 1807, 2vol.
  • Traité des Nombres. S/1, M. Léon, 1844.
  • Correspondence de Saint-Martin avec Kircheberger, Baron de Liebisdorf, des annèes 1792 a 1799, S. n. t.

Ver também

Referências

  1. Encyclopaedia Britannica. vol. XXIV edição 1911 ed. pp. Pág. 29 
  2. MARQUES, Adílio Jorge,Breve História do Pensamento Filosófico de S. Martin e J. Boehme, Rio de Janeiro, Ed. Multifoco (2010)
  3. Encyclopædia Britannica (edição de 1911), Vol.24, pág. 29,30.

Ligações externas