Luís de Sousa (arcebispo de Braga)

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Luís de Sousa
Arcebispo da Igreja Católica
Arcebispo de Braga

D. Luís de Sousa (c. 1680), por Feliciano de Almeida (1634-1695). Colecção Palmela, Palácio do Calhariz.

Título

Primaz das Espanhas
Ordenação e nomeação
Nomeação episcopal 15 de dezembro de 1670
Ordenação episcopal 12 de julho de 1671
por Luís de Sousa
Nomeado arcebispo 8 de fevereiro de 1677
Dados pessoais
Nascimento Alentejo
maio de 1637
Morte Braga
29 de abril de 1690 (52 anos)
Funções exercidas Bispo de Lamego
dados em catholic-hierarchy.org
Arcebispos
Categoria:Hierarquia católica
Projeto Catolicismo

Luís de Sousa (maio de 1637[1] - 29 de abril de 1690) foi um prelado português, bispo de Lamego de 1670 a 1677 e arcebispo de Braga de 1677 até 1690.

Foi embaixador extraordinário de D. Pedro II em Roma em 1675.[2]

Biografia[editar | editar código-fonte]

D. Luís de Sousa recebe um Breve Papal das mãos de Inocêncio XI.

Era filho de António de Sousa e de Leonor de Mello.[1] Foi chantre da Sé de Coimbra e lente de prima de teologia na Universidade de Coimbra.[1]

Foi nomeado bispo por Dom Pedro II em 15 de dezembro de 1670 e confirmado pelo Papa Inocêncio XI em 1671. Foi consagrado em 12 de julho de 1671, por Dom Luís de Sousa, bispo-titular de Hippo Diarrhytus, tendo como co-consagrantes Dom Gabriel de Almeida, O. Cist., bispo do Funchal e Dom Estêvão dos Santos Carneiro de Morais, C.R.S.A., bispo de São Salvador da Bahia.[3]

Em 1675, foi enviado por Dom Pedro II para Roma, para se opôr às pretensões dos cristãos novos, nomeando-o em segredo arcebispo de Braga.[1] Enquanto esteve em Roma, conseguiu as bulas e mandou tomar posse do arcebispado em 3 de junho de 1677.[4] Porém, partiu de Roma apenas em 17 de junho de 1682, dando entrada na Sé bracarense em 3 de julho de 1683.[4]

Os sete anos seguintes foram consumidos pelas enfermidades. Cultivou o mecenato artístico, entre outros méritos, pela reconstrução da Igreja da Paróquia de São Victor (Braga), cuja igreja reedificou à sua custa.[2] Várias outras obras foram iniciadas durante a sua carreira como Arcebispo da cidade de Braga, nomeadamente, a ampliação do Campo de S. Ana, a reconstrução da Igreja de S. Vicente, a requalificação da agora inexistente Capela de S. Ana, e a construção da Igreja dos Congregados que seria mais tarde monumentalizada para a versão atual da Basílica dos Congregados. Igualmente sobre os seus auspícios apoiou o cónego do Cabido de Braga, João Meira Carrilho, na construção da Capela da Congregação do Oratório que existia dentro do Campo de S. Ana.[5]

Faleceu em 29 de abril de 1690 e seu corpo está sepultado na capela-mor da .[4]

Referências

  1. a b c d Serie chronologica, pág. 85
  2. a b «Raízes de Eternidade - Uma Igreja». Sé de Braga 
  3. Catholic Hierarchy
  4. a b c Serie chronologica, pág. 86
  5. Portocarrero, Gustavo (2010). Braga na Idade Moderna : paisagem e identidade. Tomar: CEIPHAR. p. 81-100. OCLC 733958410 

Bibliografia[editar | editar código-fonte]

Ligações externas[editar | editar código-fonte]


Precedido por
Miguel de Portugal
Brasão episcopal
Bispo de Lamego

16771685
Sucedido por
Luís da Silva Teles
Precedido por
Veríssimo de Lencastre
Brasão primacial
Arcebispo de Braga

1677 - 1690
Sucedido por
José de Meneses