Lucas 16

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Parábola do Rico e Lázaro. O banquete está à direita e, na esquerda, está o destino dos protagonistas: Lázaro segue para o céu enquanto o homem rico (ou "Dives") segue para o inferno.
Afresco no Mosteiro de Rila, na Bulgária.

Lucas 16 é o décimo-sexto capítulo do Evangelho de Lucas no Novo Testamento da Bíblia. Ele recorda vários ensinamentos e parábolas de Jesus, incluindo a famosa "Parábola do Rico e Lázaro"[1][2].

Parábola do Mordomo Infiel

Parábola do Mordomo Infiel, uma das duas parábolas em Lucas 16.
Gravura de Jan Luyken na Bíblia Bowyer.
Ver artigo principal: Parábola do Mordomo Infiel

Esta parábola aparece apenas em Lucas (Lucas 16:1–13) entre todos os evangelhos canônicos. Ela conta a história de um mordomo (ou zelador) que está prestes a ser despedido, mas consegue cair nas graças dos devedores de seu mestre perdoando-lhes as dívidas. A parábola tem causado desentendimento, uma vez que Jesus parece estar elogiando o comportamento desonesto[3] (vide artigo específico). É neste trecho que Jesus profere uma de suas frases famosas:

«Nenhum servo pode servir a dois senhores; porque ou há de aborrecer a um e amar ao outro, ou há de unir-se a um e desprezar ao outro. Não podeis servir a Deus e as riquezas.» (Lucas 16:13)

Torá, os profetas e o Reino de Deus

Em Lucas 16:14–18, Jesus, repudiando o desprezo dos fariseus que o ouviam, fala sobre a Lei, os profetas e anuncia a chegada do reino de Deus. Depois, adverte sobre o adultério: «Todo aquele que repudia sua mulher e casa com outra, comete adultério; e quem casa com a mulher repudiada, comete adultério.» (Lucas 16:18)

Parábola do Rico e Lázaro

Ver artigo principal: Parábola do Rico e Lázaro

A "Parábola do Rico e Lázaro" é uma das mais conhecidas parábolas de Jesus e aparece somente em Lucas (Lucas 16:19–31). Ela conta sobre a relação, na vida e na morte, de um rico não nomeado e um pobre mendigo chamado Lázaro. Algumas tradições chamam o rico de "Dives", um engano, pois esta palavra é um termo latino para designar "homem rico"[4] na Vulgata[5]. Ele já foi chamado também de Neuēs (Nínive[6]) e Fineas[7] nos séculos III e IV[4].

Juntamente com a "Parábola das Dez Virgens", a "Parábola do Filho Pródigo" e a "Parábola do Bom Samaritano", é uma das mais presentes na arte medieval[8], provavelmente por causa de seu vívido relato sobre a vida após a morte.

O nome "Lázaro" (do hebreu: אלעזר, Elʿāzār, que significa "Deus é meu socorro"[9]) é também o nome de um outro famoso personagem do Novo Testamento, Lázaro de Betânia, que foi milagrosamente ressuscitado por Jesus em João 11 (João 11:1–46)[10].

Texto

O texto original deste evangelho foi escrito em grego koiné e alguns dos manuscritos antigos que contém este capítulo, dividido em 31 versículos, são:

Ver também


Precedido por:
Lucas 15
Capítulos do Novo Testamento
Evangelho de Lucas
Sucedido por:
Lucas 17

Referências

  1. Halley, Henry H. Halley's Bible Handbook: an abbreviated Bible commentary. 23rd edition. Zondervan Publishing House. 1962. (em inglês)
  2. Holman Illustrated Bible Handbook. Holman Bible Publishers, Nashville, Tennessee. 2012. (em inglês)
  3. Daryl Koehn, "Integrity as a Business Asset", Journal of Business Ethics, (2005) 58: 125–136 (em inglês)
  4. a b Hultgren, Arland J (1 de janeiro de 2002). The Parables of Jesus: A Commentary (em inglês). [S.l.: s.n.] pp. 110–118. ISBN 978-0-8028-6077-4 
  5. «Lucas 16:19». The Bible - Latin Vulgate (em latim). The Vatican 
  6. The Gospel According to Luke (I-IX) (em inglês). [S.l.: s.n.] p. 1110. ISBN 978-0-385-52247-2 
  7. Fitzmeyer IX, Ad populum I (CSEL 18.91); and in Ps.-Cyprian, De pascha computus 17 (CSEL 3/3.265) (em inglês)
  8. Mâle, Émile (1961). The Gothic Image: Religious Art in France of the Thirteenth Century (em inglês). [S.l.: s.n.] p. 195 
  9. Barclay, William (1 de fevereiro de 1999). The Parables of Jesus (em inglês). [S.l.: s.n.] pp. 92–98. ISBN 978-0-664-25828-3 
  10. Losch, Richard R (2008). All the People in the Bible: An A-z Guide to the Saints, Scoundrels, and Other Characters in Scripture (em inglês). [S.l.: s.n.] pp. 255–256. ISBN 978-0-8028-2454-7 

Bibliografia