Luis Enríquez de Guzmán

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Luis Enríquez de Guzmán, às vezes chamado Henríquez (1610—1680) foi vice-rei da Nova Espanha a partir de 28 de junho de 1650 até 14 de agosto de 1653, e vice-rei do Peru a partir de 24 de fevereiro de 1655 até 31 de dezembro de 1661.

Na Espanha[editar | editar código-fonte]

Luis Enríquez de Guzmán foi o nono conde de Alba de Liste. Era um tenente e oficial de polícia em Zamora e prefeito de Sacas. Ele também ocupou outros cargos no serviço público, e tornou-se um cavaleiro da Ordem de Calatrava.

Na Nova Espanha[editar | editar código-fonte]

Em 28 de maio de 1648, foi nomeado vice-rei da Nova Espanha, pelo Rei Filipe IV de Espanha. Chegou em Chapultepec, próximo a Cidade do México, em 27 de junho de 1650 e, no dia seguinte, passou a exercer sua função na Real Audiência. Seu governo, no entanto, começou em 3 de julho, quando fez a entrada formal na Cidade do México.

Entre suas principais realizações como vice-rei está a reforma da tesouraria da colônia. Ele formou dois órgãos para fiscalizar a cobrança de taxas e impostos. Essas ações levaram a um aumento significativo nas receitas da colônia, a maioria das quais foram enviadas para a Espanha para aliviar a difícil situação financeira do rei Filipe IV.

Uma grande disputa eclodiu entre Juan de Palafox y Mendoza, bispo de Puebla, e a Audiencia, em razão da possibilidade do bispo exibir um emblema de seu cargo na fachada da catedral de Puebla. Um grande incêndio irrompeu no Palácio de Cortés. E a lendária Catalina de Erauso (Monja Alférez) morreu em Veracruz.

Os índios tarahumaras, habitantes de Chihuahua, revoltaram-se durante vários anos. Mataram muitos monges franciscanos, um jesuíta, e alguns soldados. Saquearam e destruíram vários povoados espanhóis. O vice-rei ordenou que o governador de Durango construísse um presídio em Papigóchic, e enviou tropas para lidar com a insurreição. No entanto, os rebeldes destruíram o forte e os saques continuaram. Os espanhóis finalmente capturaram o líder dos rebeldes, Teporaca, que foi enforcado em uma árvore. Morreu "amaldiçoando os espanhóis e os covardes, seus companheiros, que se renderam". Posteriormente, a revolta foi esmagada.[1]

Nos anos de 1651 e 1652, houve fome em Iucatã. Os índios esconderam as suas sementes dos espanhóis, mas sem sucesso. Eles também sofreram uma terrível fome.

No Peru[editar | editar código-fonte]

Como recompensa pela grande quantidade de dinheiro enviado para a Espanha, em 22 de fevereiro de 1653, ele foi nomeado vice-rei do Peru.[2] Para fechar acordos na Nova Espanha, ele adiou sua saída até agosto daquele ano. Assumiu o governo do Peru em 24 de fevereiro de 1655, e permaneceu no cargo até 31 de dezembro de 1661.

Em 1657 fundou a Academia Naval da colônia e o Hospital do Espirito Santo em Lima.

Com a permissão do rei, em 1565 foi fundada uma Casa da Moeda em Lima, mas esta logo foi fechada. Devido à escassez de moedas, Enríquez de Guzmán ordenou a sua reabertura, mas sem a autoridade real para fazê-lo. Foram cunhadas moedas de 1/4, 1/2, 1, 2, 4 e 8 reales e 8 escudos de 11 de dezembro de 1658 até abril de 1660. Essas moedas ficaram conhecidas como Estrellas de Lima (Estrelas de Lima).[3] Apenas alguns poucos exemplares chegaram aos nossos dias.

Referências

  1. «Biografia de Luis Enríquez de Guzmán». biografiasyvidas.com. Consultado em 21 de dezembro de 2010 
  2. «LUIS ENRÍQUEZ DE GUZMÁN». bicentenario.gob.mx. Consultado em 21 de dezembro de 2010 
  3. «Fundación de la Casa de Moneda». museobcr.perucultural.org.pe. Consultado em 21 de dezembro de 2010. Arquivado do original em 1 de julho de 2007 

Bibliografia[editar | editar código-fonte]

  • Manuel García Puron, México y sus gobernantes, v. 1, Città del Messico, Joaquín Porrua, 1984.
  • Fernando Orozco Linares, Gobernantes de México, Città del Messico, Panorama Editorial, 1985, ISBN 968-38-0260-5.
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Precedido por
Marcos de Torres y Rueda
Vice-rei da Nova Espanha
16501653
Sucedido por
Francisco Fernández de la Cueva y Enríquez de Cabrera

Precedido por
García Sarmiento de Sotomayor
Vice-rei do Peru
16551661
Sucedido por
Diego de Benavides y de la Cueva
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