Luxemburgo Leaks

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

Luxemburgo Leaks é um escândalo financeiro que revelou, em novembro de 2014, os detalhes das operações secretas de 343 grandes empresas transnacionais[1] para evitar o pagamento de tributos. As operações utilizaram manobras legais desenvolvidas por tributaristas e conhecidas como elisão fiscal e planejamento tributário.

O escândalo foi revelado por 80 jornalistas de 36 países, que analisaram documentos obtidos pelo Consórcio Internacional de Jornalistas Investigativos (ICIJ), mostrando que as empresas economizaram bilhões de dólares que deveriam ser pagos em tributos.[1][2]

As operações contaram com o apoio do governo de Luxemburgo e estão causando indignação na Europa porque causaram grandes prejuízos econômicos aos demais membros da União Europeia em favor das grandes empresas transnacionais em um momento de crise da economia mundial:

Os acordos secretos entre as empresas e as autoridades de Luxemburgo foram intermediados pelas "4 Grandes" empresas de auditoria internacional. Pricewaterhousecoopers, KPMG, Ernst & Young e Deloitte são os principais artífices de um grande sistema que oculta o desvio de recursos usando paraísos fiscais como Luxemburgo.[4]

Dentre as companhias mencionadas destacam-se grandes corporações transnacionais como Cargill, Citigroup, GlaxoSmithKline, Volkswagen, McGrawHill, British American Tobacco, Reckitt Benckiser, Timberland, General Electric, Credit Suisse, Pepsi, Ikea, Accenture, Burberry, Procter & Gamble, Heinz, JP Morgan, FedEx, Abbott Laboratories, Amazon, Deutsche Bank, Apple, Verizon, Vodafone, Gazprom, HSBC e Macquarie Bank.[1][2][5]

Várias grandes empresas que fazem negócios no Brasil estão envolvidas. Os dois maiores bancos privados brasileiros, o Bradesco e o Itaú Unibanco, têm sido os mais mencionados devido aos seus grandes lucros. Juntos, evitaram o pagamento de 200 milhões de reais de tributos em 2009.[6]

Outras empresas transnacionais mencionadas e que atuam no Brasil são: Companhia Brasileira de Distribuição, Cliffs Natural Resources, DDR Corp., Intelsat, Navistar International, Caterpillar Inc. e Tyco International.[1]

Ver também[editar | editar código-fonte]

Referências

  1. a b c d ICIJ. «Explore the Documents: Luxembourg Leaks Database». www.icij.org International Consortium of Investigative Journalists. Consultado em 7 de novembro de 2014 
  2. a b «Luxemburgo Leaks. E ao 5º dia, Juncker tem primeira prova de fogo». Consultado em 9 de novembro de 2014 
  3. ICIJ (5 de novembro de 2014). «Pepsi, IKEA e FedEx também usaram Luxemburgo para pagar menos impostos». Folha de S.Paulo. Consultado em 7 de novembro de 2014 
  4. Michael Hudson, Sasha Chavkin e Bart Mos (5 de novembro de 2014). «Big 4 Audit Firms Play Big Role in Offshore Murk». www.icij.org/ The International Consortium of Investigative Journalists. Consultado em 9 de novembro de 2014 
  5. Bower, Simon (5 de novembro de 2014). «Luxembourg tax files: how tiny state rubber-stamped tax avoidance on an industrial scale». The Guardian. Consultado em 7 de novembro de 2014 
  6. Rodrigues, Fernando (6 de novembro de 2014). «Luxemburgo mostra falência do sistema tributário mundial.». Uol. Consultado em 7 de novembro de 2014 

Ligações externas[editar | editar código-fonte]

Ícone de esboço Este artigo sobre política ou um(a) cientista político(a) é um esboço. Você pode ajudar a Wikipédia expandindo-o.
Ícone de esboço Este artigo sobre Luxemburgo é um esboço. Você pode ajudar a Wikipédia expandindo-o.
Ícone de esboço Este artigo sobre economia é um esboço. Você pode ajudar a Wikipédia expandindo-o.