Mandato Britânico da Palestina
British Mandate for Palestine Mandato Britânico da Palestina | ||||
Mandato da Liga das Nações | ||||
| ||||
Bandeira | ||||
Mapa do território sob o Mandato Britânico da Palestina antes da criação do reino da Transjordânia | ||||
Continente | Ásia | |||
Região | Médio Oriente | |||
Capital | Jerusalém | |||
Governo | Mandato | |||
História | ||||
• 25 de Abril de 1920 | Atribuição do mandato | |||
• 29 de Setembro de 1923 | Grã-Bretanha obtém o controle | |||
• 25 de Maio de 1946 | Independência da Transjordânia | |||
• 14 de Maio de 1948 | Fundação de Israel |
O Mandato Britânico da Palestina[1] foi uma comissão legal para a administração da Palestina, cujo projeto foi formalmente confirmado pelo Conselho da Liga das Nações em 24 de julho de 1922 e entrou em vigor em 26 de setembro de 1923.[2]
O documento foi baseado nos princípios contidos no artigo 22 do Pacto da Liga das Nações e da Conferência de San Remo de 25 de abril de 1920 pelos principais Aliados e poderes associados após a Primeira Guerra Mundial, quando a Tríplice Aliança, da qual participava o Império Otomano, foi derrotada.[2]
O objetivo formal do Sistema de Mandato da Liga das Nações foi justamente o de administrar os territórios integrantes do extinto Império Otomano, que dominara o Oriente Médio desde o Século XVI, "até que fossem capazes de se tornar independentes".[3]
O mandato formalizou o domínio Britânico na parte sul da Síria Otomana de 1923 a 1948. Em 16 de setembro de 1922, com o consentimento da Liga das Nações, o Reino Unido dividiu o território em duas áreas administrativas:
- Palestina, a oeste do Rio Jordão, que ficaria sob domínio britânico direto até 1948;
- Transjordânia, a leste do Jordão, que seria uma região semi-autônoma, governada pela família hachemita do Hejaz, na atual Arábia Saudita, de acordo com a Correspondência Hussein-McMahon de 1915. Na sequência do Memorando da Transjordânia de 1922, a área a leste do Jordão ficou isenta das disposições previstas no mandato em relação ao estado judeu e ganhou sua independência em 1946.[2][4]
O preâmbulo do mandato foi redigido nos seguintes termos :
Considerando que as principais potências Aliadas também concordaram que o Mandatário deve ser responsável por colocar em prática a declaração, feita originalmente em 2 de novembro de 1917 pelo Governo de Sua Majestade Britânica e adotada pelas ditas potências, em favor do estabelecimento na Palestina de um lar nacional para o povo judeu, sendo claramente entendido que nada deve ser feito que possa prejudicar os direitos civis e religiosos das atuais comunidades não-judaicas na Palestina, ou os direitos e status político gozados pelos judeus em qualquer outro país...[5]
Altos comissários britânicos da Palestina
Nome | Mandato |
---|---|
Sir Herbert Louis Samuel | 1920–1925 |
Herbert Onslow Plumer | 1925–1928 |
Sir Harry Charles Luke (em funções) | 1928 |
Sir John Chancellor | 1928–1931 |
Arthur Grenfell Wauchope | 1931–1938 |
Sir Harold MacMichael | 1938–1941 |
John Vereker, 6º Visconde de Gort | 1944–1945 |
Sir Alan G. Cunningham | 1945–1948 |
Ver também
- Império Otomano
- Declaração de Balfour
- Plano de partição da Palestina
- Declaração de independência do Estado de Israel
- Israel
- Guerra árabe-israelita de 1948
- Amin al-Husayni
- Jordânia
- Palestina
- Irgun
- Conflito árabe-israelita
- Livro Branco de 1939
- Revolta árabe de 1936-1939
Ligações externas
Referências
- ↑ [1] League of Nations Mandate for Palestine
- ↑ a b c Palestine Royal Commission Report Presented by the Secretary of State for the Colonies to Parliament by Command of His Majesty, July 1937, Cmd. 5479. His Majesty’s Stationery Office., London, 1937. 404 pages + maps.
- ↑ Article 22, The Covenant of the League of Nations and "Mandate for Palestine," Encyclopedia Judaica, Vol. 11, p. 862, Keter Publishing House, Jerusalem, 1972
- ↑ Marjorie M. Whiteman, Digest of International Law, vol. 1, US State Department (Washington, DC: U.S. Government Printing Office, 1963) pp 650–652
- ↑ The Palestine Mandate, The Avalon Project