Mangues da Ilha Grande

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Mangues da Ilha Grande
Manguezal em Bertioga, litoral de São Paulo.
Manguezal em Bertioga, litoral de São Paulo.

Manguezal em Bertioga, litoral de São Paulo.
Bioma Mata Atlântica, Manguezal
Países  Brasil
Rios Rio Ribeira do Iguape, Rio Paraíba do Sul
Imagem de satélite do litoral do Rio de Janeiro até o norte de Santa Catarina mostrando a localização da ecorregião dos Mangues da Ilha Grande segundo o WWF (linha amarela).
Imagem de satélite do litoral do Rio de Janeiro até o norte de Santa Catarina mostrando a localização da ecorregião dos Mangues da Ilha Grande segundo o WWF (linha amarela).

Imagem de satélite do litoral do Rio de Janeiro até o norte de Santa Catarina mostrando a localização da ecorregião dos Mangues da Ilha Grande segundo o WWF (linha amarela).


Os Mangues da Ilha Grande fazem parte de uma ecorregião definida pelo WWF no domínio da Mata Atlântica brasileira. Se localizam no litoral sudeste do Brasil, desde os estuários do rio Paraíba do Sul até a ilha de Florianópolis, em Santa Catarina.

Características[editar | editar código-fonte]

Encontrados nos estuários de rios do litoral sudeste, os "mangues da Ilha Grande" ocorrem desde a foz do rio Paraíba do Sul no Rio de Janeiro, até a ilha de Florianópolis. Existem importantes trechos de manguezais por todo o litoral de São Paulo e na baía de Paranaguá. É região de clima muito úmido, com precipitação anual de até 2.500 mm.[1] As espécies são típicas, sendo encontradas os três gêneros de manguezais: Rhizophora, Avicennia e Laguncularia.[1] Entretanto, a abundância de cada um desses gênero varia, com algumas espécies predominando em determinadas regiões.[1]

Biodiversidade[editar | editar código-fonte]

O guará é uma ave típica que havia sido extinta localmente e recolonizou os mangues do litoral sudeste do Brasil.

É um ambiente extremamente diverso, principalmente por ser "posto de passagem" de muitas aves migratórias. Os mangues do litoral sul de São Paulo existe o guará, que já havia sido extinto da região e foi constatada sua presença novamente em Cubatão, a partir de 1982.[1][2] Várias espécies de papagaios encontram-se nas áreas protegidas entre São Paulo e Paraná, como o papagaio-do-mangue.

Conservação[editar | editar código-fonte]

Essa ecorregião é uma das mais densamente povoadas no Brasil, e por conta disso, grande parte da vegetação original foi modificada. Os remanescentes estão sob forte pressão antrópica, principalmente por conta da urbanização e especulação imobiliária.[1] Entretanto, é feito grande esforço na conservação e recuperação de muitas áreas, com praticamente todo o litoral sul de São Paulo e do Paraná constituindo áreas de proteção ambiental.

Referências

  1. a b c d e World Wildlife Fund (Lead Author);Mark McGinley (Topic Editor) (2012). «"Ilha Grande mangroves". In: Encyclopedia of Earth. Eds. Cutler J. Cleveland (Washington, D.C.: Environmental Information Coalition, National Council for Science and the Environment)». Encyclopedia of Earth. Consultado em 17 de agosto de 2012 
  2. BirdLife International 2012 (2012). «Eudocimus ruber». IUCN Red List of Threatened Species. Version 2012.1. <www.iucnredlist.org>. Consultado em 17 de agosto de 2012