Manuel de Simas

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Manuel de Simas
Manuel de Simas
Nascimento 22 de dezembro de 1827
Santa Cruz da Graciosa
Morte 12 de outubro de 1906
Santa Cruz da Graciosa
Cidadania Reino de Portugal
Ocupação latifundiário, político

Manuel da Cunha Simas (Santa Cruz da Graciosa, 22 de Dezembro de 1827 — Santa Cruz da Graciosa, 12 de Outubro de 1906), mais conhecido por Manuel de Simas, primeiro e único conde de Simas, título criado por decreto de 14 de Novembro de 1901, de D. Carlos I de Portugal, foi um dos maiores terratenentes da ilha Graciosa e um influente político ligado ao Partido Regenerador, que liderou na ilha Graciosa durante muitos anos, afirmando-se como grande benemérito para os graciosenses.[1]

Após a implementação da República e o fim do sistema nobiliárquico, tornou-se pretendente ao direito de representação histórica, José Soares de Albergaria, 2º Conde de Simas, de seu nome: José Miguel Rodrigues Severino Soares de Albergaria, nascido em Nossa Senhora de Fátima , Lisboa, 26-6-1966, por alvará do Gabinete de Estudos Nobiliárquico do Instituto Duque de Loulé, registado no livro 1, a 15 de Dezembro de 2010, sob o número 1 002, fls. 2, condicionado pela superveniência de melhor direito.

Biografia[editar | editar código-fonte]

Nasceu em Santa Cruz da Graciosa, ilha Graciosa, filho de Manuel da Cunha Simas e de Francisca Clara de Bettencourt.

Viveu alguns anos no Arquipélago de São Tomé e Príncipe onde fez uma grande fortuna explorando a roça André Velho, produtora de cacau.

Regressado aos Açores, com a riqueza adquirida, comprou vastas propriedades na ilha Graciosa e construiu uma magnífica residência na praça central da vila de Santa Cruz. Também se dedicou ao comércio, particularmente de vinhos, aguardentes e andaia.

Foi o líder do Partido Regenerador na Graciosa, exercendo grande influência na vida pública graciosense.

Reconhecendo os seu méritos e riqueza, foi condecorado com o grau de comendador da Ordem de Nossa Senhora da Conceição de Vila Viçosa, por decreto de 13 de março de 1873. Após a visita régia aos Açores de julho de 1901, foi elevado a primeiro e único conde de Simas, título criado por decreto de 14 de novembro de 1901 do rei D. Carlos I de Portugal.

A Casa do Conde de Simas é hoje uma das melhores casas senhoriais existentes na zona classificada de Santa Cruz da Graciosa, um bom exemplo da sobriedade e equilíbrio da arquitectura da vila.

Faleceu em Santa Cruz da Graciosa a 12 de Outubro de 1906 e como não tinha descendentes, a viúva legou a sua residência à Câmara Municipal de Santa Cruz da Graciosa, de que o seu sobrinho por afinidade Francisco de Mendonça Pacheco de Melo foi presidente (1893-1899). Este edifício é usado desde 21 de Fevereiro de 1940, como paços do concelho. Na doação havia a condição de nunca funcionar naquele edifício a cadeia, prática habitual à época nos edifícios camarários.

Em reconhecimento do legado, a edilidade atribuiu o seu nome ao largo fronteiro aos paços do concelho e nas suas principais salas podem ser vistos os retratos do conde e da condessa de Simas.

Casou com Isabel Maria Forjaz da Silveira Brum, de quem não teve filhos. Após o seu falecimento, D. Isabel Maria voltou a casar, desta feita com Francisco de Paula de Barcelos Machado de Bettencourt, também natural da ilha Graciosa e filho de Diogo de Barcelos Machado de Bettencourt.

Notas

Referência[editar | editar código-fonte]

Ver também[editar | editar código-fonte]

Ligações externas[editar | editar código-fonte]