Maria Cristina de Bourbon (1833–1902)

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Maria Cristina
Infanta da Espanha
Infanta de Portugal
Maria Cristina de Bourbon (1833–1902)
Nascimento 5 de junho de 1833
  Madri, Espanha
Morte 19 de janeiro de 1902 (68 anos)
  Madri, Espanha
Sepultado em Panteão dos Infantes, Mosteiro do Escorial, Espanha
Nome completo  
Maria Cristina Isabel Blasia Bona Vita Lutgarda Romana Judas Tadea Alberta Josefa Ana Joaquina Los Dolce Apostoles Bonifacia Dominica Bibiana Veronica[1]
Marido Sebastião da Espanha e Portugal
Descendência Francisco, Duque de Marchena
Pedro de Alcântara, Duque de Dúrcal
Luís, Duque de Ansola
Afonso da Espanha e Portugal
Gabriel da Espanha e Portugal
Casa Bourbon
Pai Francisco de Paula da Espanha
Mãe Luísa Carlota das Duas Sicílias
Religião Catolicismo
Brasão

Maria Cristina de Bourbon (Madri, 5 de junho de 183319 de janeiro de 1902) foi uma Infanta de Espanha, popularmente apelidada "La Infanta Boba", devido à sua falta de inteligência intelectual e físico pouco atraente. Era a esposa do Infante Sebastião de Espanha e Portugal.

Família[editar | editar código-fonte]

Maria Cristina era a décima primeira filha do infante Francisco de Paula de Bourbon e de sua primeira esposa, a princesa Luísa Carlota de Bourbon-Duas Sicílias. Seu pai era filho do rei Carlos IV de Espanha e sua mãe era filha do rei Francisco I das Duas Sicílias. Entre seus irmãos estavam Francisco, Duque de Cádis, rei consorte de Espanha por seu casamento com a rainha Isabel II.

Casamento e filhos[editar | editar código-fonte]

A infanta casou-se em 19 de novembro de 1860 com Sebastião de Bourbon e Bragança, infante de Portugal e Espanha, neto do rei João VI de Portugal e bisneto do rei Carlos III de Espanha.[2] Como Sebastião e seus familiares mais próximos eram opositores do reinado de Isabel II, ele foi despojado de todos os seus títulos e excluído da linha sucessória da Espanha em 1837 pela rainha-mãe regente Maria Cristina. Ele só teve seus títulos restituídos após casar-se em segundas núpcias com a infanta, que era prima e cunhada de Isabel II.

Os esponsais ocorreram no Palácio Real de Madri. Num espírito de reconciliação, a rainha e o rei-consorte, bem como outros membros da família real, compareceram à cerimônia e às celebrações.

O casal teve cinco filhos:[2]

  • Francisco Maria (1861-1923), criado duque de Marchena em 1885. Casado com María del Pilar de Muguiro y Beruete, com descendência;
  • Pedro de Alcântara (1862-1892), criado duque de Dúrcal em 1885. Casado com María de la Caridad Madan y Uriondo, com descendência;
  • Luís de Jesus (1864-1889), criado duque de Ansola em 1887. Casado com Maria Anna Bernaldo de Quiros, marquesa de Atarfe, com descendência;
  • Afonso Maria (1866-1934), recusou o título oferecido a ele e passou a viver afastado do círculo familiar. Casado com Julia Mendez y Morales;
  • Gabriel de Jesus (1869-1889). Não se casou.

Apesar de ser próxima ao trono e de ter um estreito vínculo com os reis, nenhum dos filhos de Maria Cristina foi nomeado infante de Espanha.

Após a Revolução de 1868, toda a família refugiou-se na França, onde Sebastião morreu, em 1875. Maria Cristina regressou posteriormente à Espanha, onde viveu até sua morte, em 1902. Encontra-se sepultada no Panteão dos Infantes do Mosteiro do Escorial.

Honrarias[editar | editar código-fonte]

Ancestrais[editar | editar código-fonte]

Referências

  1. «Spain». Angelfire. Consultado em 16 de Maio de 2015 
  2. a b Lundy, Darryl. «Maria Cristina de Borbón, Infanta de España». The Peerage. Consultado em 16 de Maio de 2015