Maria de Baden

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Maria
Princesa de Baden

Retrato por Johann Heinrich Schröder.
Duquesa de Brunsvique-Volfembutel
Reinado 16 de outubro de 18061807
Antecessor(a) Augusta da Grã-Bretanha
Sucessor(a) Volfembutel anexado por Napoleão Bonaparte
 
Nascimento 7 de setembro de 1782
  Karlsruhe, Alemanha
Morte 8 de dezembro de 1808 (26 anos)
  Bruchsal, Alemanha
Cônjuge Frederico Guilherme, Duque de Brunsvique-Volfembutel
Descendência Carlos II de Brunsvique
Guilherme de Brunsvique
Casa Zähringen (por nascimento)
Brunsvique-Bevern (por casamento)
Pai Carlos Luís, Príncipe-Herdeiro de Baden
Mãe Amália de Hesse-Darmstadt

Maria Isabel Guilhermina de Baden (em alemão: Marie Elisabeth Wilhelmine; Karlsruhe, 7 de setembro de 1782Bruchsal, 8 de dezembro de 1808) foi uma duquesa-consorte de Brunsvique-Volfembutel e de Brunsvique-Oels.

Família[editar | editar código-fonte]

Maria foi a quinta filha de Carlos Luís, Príncipe-Herdeiro de Baden e da condessa Amália de Hesse-Darmstadt. Entre as suas irmãs estavam a princesa Luísa de Baden, esposa do czar Alexandre I da Rússia e a princesa Frederica de Baden, esposa do rei Gustavo IV Adolfo da Suécia. Os seus avós paternos eram o marquês Carlos Frederico de Baden e a condessa Carolina Luísa de Hesse-Darmstadt. Os seus avós maternos eram Luís VIII, Conde de Hesse-Darmstadt e a duquesa Carolina do Palatinado-Zweibrücken.[1]

Vida[editar | editar código-fonte]

Maria de Baden

Na altura das invasões francesas, Maria viveu em Prenzlau. Em 1806, o seu sogro fugiu das tropas de Napoleão Bonaparte em Altona onde acabaria por morrer dos ferimentos que recebeu em batalha. Maria e a sua sogra, a princesa Augusta da Grã-Bretanha visitaram os feridos nas tendas de campanha, mas quando o exército francês estava a avançar na direcção de Hamburgo foram aconselhadas pelo embaixador inglês a fugir e partiram pouco antes da sua morte. Ambas foram convidadas a ir para a Suécia pelo cunhado de Maria, o rei Gustavo IV Adolfo. Augusta preferiu ficar com a sua sobrinha, a princesa Luísa Augusta da Dinamarca em Augustenburg, mas Maria aceitou o convite e, juntamente com os seus filhos, ficou com a irmã em Malmö onde não tinha corte real.[2] O seu esposo teve permissão do imperador para ficar em Altona.

O seu irmão, o príncipe-herdeiro de Baden, era casado com Estefânia de Beauharnais e aliado de Napoleão, tendo-se juntado a ele em Berlim na mesma altura que a sua família estava exilada. Napoleão recusou encontrar-se com o marido de Maria, mas disse que gostava de a ver a ela, pelo que o seu irmão lhe escreveu a pedir-lhe que fosse à Alemanha para se encontrar com Napoleão em Berlim. Maria começou a viagem, mas foi parada em Stralsund por ordem do marido,[3] visto que havia rumores de que o imperador francês planeava casar Maria com o seu irmão Jerônimo Bonaparte.[4] O marido adorava-a e visitou-a anonimamente na Suécia duas vezes, apesar de este ser considerado território inimigo.[5]

Durante a sua estadia na Suécia, Maria viveu com a família em Malmö e não com a corte real em Estocolmo. Dizia-se que Maria estava habituada a tratar as suas damas-de-companhia informalmente e sentia-se aborrecida e presa na vida familiar simples, isolada da sociedade e achava o seu cunhado demasiado temperamental e difícil de entender.[6] Em Maio de 1807, a sua irmã Frederica deixou Malmö para dar à luz na corte sueca e pediu a Maria que a acompanhasse, mas o seu cunhado exigiu que ela regressasse à Alemanha, ao que ela obedeceu.

Casamento e descendência[editar | editar código-fonte]

No dia 1 de novembro de 1802, Maria casou-se em Karlsruhe com o duque Frederico Guilherme, Duque de Brunsvique-Volfembutel. O casal teve três filhos antes de Maria morrer de febre puerperal quatro dias depois de dar à luz uma filha que nasceu morta. Os seus filhos foram:

  • Carlos II de Brunsvique (30 de outubro de 1804 - 19 de agosto de 1873), morreu solteiro e sem descendência.
  • Guilherme de Brunsvique (25 de abril de 1806 - 18 de outubro de 1884), morreu solteiro e sem descendência legitima.
  • Filha sem nome (16 de abril de 1808)

Referências

  1. C. Arnold McNaughton, The Book of Kings: A Royal Genealogy, in 3 volumes (London, U.K.: Garnstone Press, 1973), volume 1, page 40
  2. Cecilia af Klercker (1936) (in Swedish). Hedvig Elisabeth Charlottas dagbok VII 1800-1806 (The diaries of Hedvig Elizabeth Charlotte VIII 1800-1806). P.A. Norstedt & Söners förlag Stockholm. p. 471. ISBN 362103.
  3. Cecilia af Klercker (1936) (in Swedish). Hedvig Elisabeth Charlottas dagbok VII 1800-1806 (The diaries of Hedvig Elizabeth Charlotte VIII 1800-1806). P.A. Norstedt & Söners förlag Stockholm. p. 473. ISBN 362103.
  4. Cecilia af Klercker (1936) (in Swedish). Hedvig Elisabeth Charlottas dagbok VII 1800-1806 (The diaries of Hedvig Elizabeth Charlotte VIII 1800-1806). P.A. Norstedt & Söners förlag Stockholm. pp. 483–484. ISBN 362103.
  5. Cecilia af Klercker (1939) (in Swedish). Hedvig Elisabeth Charlottas dagbok IX 1807-1811 (The diaries of Hedvig Elizabeth Charlotte IX 1807-1811). P.A. Norstedt & Söners förlag. p. 25. ISBN 412070.
  6. Cecilia af Klercker (1939) (in Swedish). Hedvig Elisabeth Charlottas dagbok IX 1807-1811 (The diaries of Hedvig Elizabeth Charlotte IX 1807-1811). P.A. Norstedt & Söners förlag. pp. 38–39. ISBN 412070.
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