Marina Ferreira

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Marina Ferreira

Marina João da Fonseca Lopes Ferreira (Lisboa, 1959) é uma jurista, gestora pública e política portuguesa, antiga militante do PSD (desfiliada desde 2022)[1], primeira (e, até à data, única) mulher a liderar o executivo municipal de Lisboa, ainda que apenas interinamente, após a queda do executivo de António Carmona Rodrigues em 2007.

Biografia[editar | editar código-fonte]

Licenciada em Direito (Ciências Jurídico-Económicas) pela Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa, em 1982, fez uma pós-graduação em Assuntos Europeus pela Universidade Lusíada de Lisboa, em 1999/2000.

Foi diretora de recursos humanos da empresa de transportes públicos urbanos Carris em 1988-1991. Foi assessora jurídica no gabinete do Ministro das Obras Públicas, Transportes e Comunicações, João Maria de Oliveira Martins, entre 1987 e 1988, depois de ter sido advogada na Carris entre 1983 e 1987.

Foi directora-geral das pescas na negociação da revisão do tratado de adesão de Portugal à Comunidade Económica Europeia, em 1992-1994 no último governo de Aníbal Cavaco Silva. Foi chefe de gabinete do ministro do Mar, Eduardo Azevedo Soares, entre 1991 e 1992.

Foi secretária-geral adjunta do PSD em 1995-1997, sendo presidente do PSD Fernando Nogueira, e presidente do Conselho Fiscal da Administração dos Portos de Setúbal e Sesimbra entre 1994 e 1996.

Foi a primeira presidente da Autoridade Metropolitana de Transportes de Lisboa em 2003-2005.

Foi vereadora e vice-presidente da Câmara Municipal de Lisboa responsável pelos pelouros do trânsito, recursos humanos, património e proteção civil, em 2005-2007, tendo sido presidente da Empresa Municipal de Estacionamento de Lisboa (EMEL) entre 2006 e 2008. Enquanto vereadora, foi a responsável pela introdução do sistema de radares de controlo da velocidade automóvel em Lisboa. A introdução do sistema de radares levantou polémica, sendo alvo de críticas devido à forma "arbitrária e sem critério" como foram selecionados os locais onde foram instalados os radares e também devido à falta de cumprimento do objetivo a que os radares de propunham, a redução da sinistralidade, que apenas se verificou durante o primeiro ano de funcionamento dos radares, verificando-se um aumento da sinistralidade rodoviária nos anos seguintes.[2][3]

Foi presidente da Comissão Administrativa da Câmara Municipal de Lisboa nomeada pelo Governo Civil do Distrito de Lisboa, após a queda do executivo liderado por António Carmona Rodrigues, em 18 de Maio de 2007.

Foi presidente da Administração do Porto de Lisboa entre Fevereiro de 2013 e Junho de 2016.

Foi presidente do Conselho de Administração da Transtejo/Soflusa entre Janeiro de 2017 e março de 2023, tendo apresentado a demissão na sequência da recusa de visto prévio, pelo Tribunal de Contas, ao contrato de compra de baterias para os novos navios da Transtejo, pelo que o relatório do Tribunal de Contas foi também enviado ao Ministério Público para averiguação de eventual responsabilidade financeira ou criminal do conselho de administração da Transtejo.[4] Manteve, no entanto, a posição de que o contrato promoveu o interesse público e que as considerações do Tribunal de Contas eram "ofensivas e ultrajantes".[5]

Referências

  1. «Antiga vereadora de Lisboa desfiliou-se do PSD». O Novo. 26 de maio de 2022. Consultado em 14 de setembro de 2023 
  2. «ACP: radares em Lisboa "foram colocados arbitrariamente e sem critério"». Lusa. 17 de julho de 2007. Consultado em 14 de setembro de 2023 
  3. «Radares falham em Lisboa». Sol. 1 de agosto de 2011. Consultado em 14 de setembro de 2023 
  4. «Conselho de administração da Transtejo demite-se após chumbo do Tribunal de Contas». ECO. 16 de março de 2023. Consultado em 14 de setembro de 2023 
  5. «Conselho de administração da Transtejo apresenta a demissão». Dinheiro Vivo. 16 de março de 2023. Consultado em 14 de setembro de 2023 

Precedido por
António Carmona Rodrigues
Presidente da Câmara Municipal de Lisboa
(Presidente da Comissão Administrativa)

2007
Sucedido por
António Costa