Maror

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Rábano ralado misturado com beterraba cozida (conhecido como chrein), alface, rábano para ser ralado na hora

Maror (em hebraico: מָרוֹר mārôr) também Marror, refere-se às ervas amargas comidas no Seder da Páscoa, de acordo com o mandamento bíblico "com ervas amargosas a comerão." (Êxodo 12:8).

Fontes bíblicas[editar | editar código-fonte]

Em algumas listagens dos 613 mandamentos bíblicos, como o Minchat Chinuch, a obrigação bíblica de consumir maror está incluída no mandamento de consumir a carne da oferta pascal de sacrifício.[1] Desde que a oferta pascal deixou de existir com a destruição do Templo de Jerusalém em 70 dC, a obrigação de consumir o maror na primeira noite da Páscoa tem sido rabínica em natureza, porque a única referência bíblica ao maror é no versículo citado acima, em que é mencionado em referência à oferta[1]. Isto está em contraste com a obrigação de consumir matzo na primeira noite da Páscoa, que continua a ser um mandamento bíblico, mesmo na ausência do cordeiro pascal, porque há outros versículos bíblicos que mencionam matzo como uma obrigação autônoma (Êxodo 12:18, Deuteronômio 16:8).

A palavra deriva da palavra hebraica mar (מֵר ou מָרָה - "amargo") e, portanto, pode estar relacionada com a palavra em Português mirra (através do aramaico ܡܪܝܪܐ murr).

Simbolismo[editar | editar código-fonte]

De acordo com a Hagadá, o texto tradicional que é recitado no Seder e que define a forma e os costumes do Seder, o maror simboliza a amargura da escravidão no Egito. O versículo seguinte da Torá ressalta este simbolismo: "tornando-lhes a vida amarga (ve-yimareru וימררו) com o trabalho árduo - procurar argila, fazer tijolos, todos os tipos de trabalho do campo; e em todo esse trabalho duro não foram misericordiosos com eles."(Êxodo 1:14)

Referências

  1. a b Minchat Chinuch 6:14 u'v'mitzvah