Meda de Mouros

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Portugal Meda de Mouros 
  Freguesia portuguesa extinta  
Gentílico medademourenses
Localização
Mapa
Mapa de Meda de Mouros
Coordenadas 40° 16' 57" N 8° 01' 04" O
Município primitivo Tábua
História
Extinção 28 de janeiro de 2013
Características geográficas
Área total 7,77 km²
Outras informações
Orago São Sebastião

Meda de Mouros é uma antiga freguesia portuguesa do município de Tábua, com 7,77 km² de área e 213 habitantes (2011). A sua densidade populacional era 27,4 hab/km².

Pertenceu ao senhorio dos Bispos de Coimbra Condes de Arganil de juro e herdade, tendo sido desmembrada de Coja pelo fim do século XVI. No século XIX mudou duas vezes de concelho: de Coja até 1853, e de Arganil, em seguida; em 1855 ao de Tábua. O seu orago é São Sebastião.

Em 2013 extinguiram-se as Freguesias de Meda de Mouros e Pinheiro de Coja, ficando como União de Freguesias de Pinheiro de Coja e Meda de Mouros.

Localização no Município de Tábua

População[editar | editar código-fonte]

População da freguesia de Meda de Mouros [1]
1864 1878 1890 1900 1911 1920 1930 1940 1950 1960 1970 1981 1991 2001 2011
449 508 503 481 469 473 446 414 427 376 275 293 256 222 213
Evolução da População (1864 / 2011)
Grupos Etários (2001 e 2011)
Grupos Etários (2001 e 2011)

Toponímia[editar | editar código-fonte]

O aglomerado urbano correspondente ao atual era designado por Póvoa, posteriormente passou a designar-se Póvoa de Meda de mouros, depois foi designado por São Sebastião de Meda de Mouros e, finalmente, chamado Meda de Mouros.

Património[editar | editar código-fonte]

  • Monumento ao Padeiro;

Durante séculos, desde que o homem se tornou sedentário, isto é, desde que se fixou em determinado ponto da terra, o pão foi o alimento principal.

Embora Meda de Mouros seja a mais pequena  freguesia do Município de Tábua, foi dela que saíram mais jovens que, deixando as lides do campo, foram desenvolver a atividade de panificação nos centros urbanos do país e no estrangeiro.

  • Ponte "Romana"

A Ponte "Romana" é uma edificação em laje de xisto outrora destinada à passagem de bestas carregadas de cereais e farinha para um moinho movido pela força da corrente da água existente no local, do qual só restam pouco mais que as ruínas.

A referida ponte assume a forma de uma arco quase redondo, construído com grande lajes de xisto ou lousa abundante no local por baixo do qual passava água.

De geração em geração, tem a referida ponte sido designada por Ponte Romana, mas a sua estrutura pelo menos a atual não permite a conclusão de que tenha sido pelos romanos.

E configurável que esta ponte tenha resultado da reconstrução da anterior ponte, essa construída pelos romanos, a quando da permanência na zona de território em que se insere à aldeia.

É tal o relevo que medademourenses atribuem a esta velha ponte, que se integra na parte inferior do simbolo heráldico da aldeia, a preto e branco, sobre o fundo verde significativo da esperança.

  • Busto a José Borges de Carvalho
  • Celeiro

A existência de celeiros é contemporânea do início da própria produção de cereais. Era ali que os agricultores de Meda de Mouros e de outras freguesias entregavam o trigo, o centeio e o milho que produziam em excesso no confronto com as suas necessidades

  • Mina de ouro do Castelo

O Castelo é a designação dada ao cabeço, a norte do Rio Alva, a 1 000 metros dele, onde, segundo a memória ancestral dos medademourenses, os mouros exploravam uma mina de ouro.

A referida elevação é rodeada a Oeste por uma ribeira que corre pelo vale e a Este por uma linha de água, próximo da porta Maceira e do Rio Alva.

Na zona envolvente da referida elevação de terreno, amontoados de seixos em quartzo e quartzito de média dimensão.

Trata-se, na aparência, de penedos rolados, designados por burgau, na proximidade de um trilho escavado na rocha, revelador da passagem de água que se admite destinada a separação dos materiais auríferos de entre as substancias rochosas.

Imediatamente antes da mencionada plataforma, há um cabeço situado a cerca de 200 metros dos casebres implantados num lado esquerdo do caminho que, por seu turno, é ladeado à esquerda por um muro construído com blocos de quartzito.

Recentemente foram ali encontrados um fragmento de bordo de cozedura oxidante produzido a torno e um fragmento de escória de ferro bem como um pequeno fragmento de bojo incaracterístico de produção manual e cozedura oxidante.

  • Forno dos Mouros

No lado direito do Rio Alva, próximo do Porto Pedrinho, para o lado da Quinta da Maria da Luz, na escarpa da elevação do terreno, existe uma construção em pedra, aparentando um forno de cozedura do pão e uma gamela utilizada para amassar a farinha, utilizados por famílias de mouros, que ficou conhecida pelo Forno da Moura.

  • Cruzeiro do Adro da Igreja

Os cruzeiros, independente do material utilizado na sua construção, a madeira, a pedra ou o metal, ou do local da respetiva implantação, com consubstancia-se em símbolos significativos da crença no cristianismo.

Eram, por vezes, implantados junto dos templos cristãos, servindo de sinal religioso e espécie de guarda avançada.

Na frente da igreja, no Adro, numa base octogonal, está implantado um velho cruzeiro de pedra granítica trabalhada.

  • Cruzeiro das Almas

Em tempos remotos os habitantes da aldeia colocaram, nas encruzilhadas dos caminhos cruzeiros de madeira.

Referências

  1. Instituto Nacional de Estatística (Recenseamentos Gerais da População) – https://www.ine.pt/xportal/xmain?xpid=INE&xpgid=ine_publicacoes

Ligações externas[editar | editar código-fonte]

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