Megabalanus

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Como ler uma infocaixa de taxonomiaMegabalanus
Ocorrência: Mioceno–Recente
Classificação científica
Reino: Animalia
Filo: Arthropoda
Subfilo: Crustacea
Classe: Maxillopoda
Subclasse: Thecostraca
Infraclasse: Cirripedia
Ordem: Sessilia
Família: Balanidae
Género: Megabalanus
Hoek, 1913 [1]
Espécies
Ver texto
Fósseis de M. tintinnabulum.

Megabalanus é um género de cracas pertencente à família Balanidae. Os membros do género crescem até aos 7 cm de comprimento e habitam a baixa zona intertidal.

Morfologia[editar | editar código-fonte]

Megabalanus é um géneros de cracas caracterizadas por um exoesqueleto de carbonato de cálcio constituído por 5 placas, podendo atingir os 7 cm de comprimento.[2][3][4]

Ecologia[editar | editar código-fonte]

Como as restantes cracas, as espécies do género Megabalanus alimentam-se de materiais orgânicos em suspensão na coluna de água que recolhem por filtração.

M. tintinnabulum tem uma distribuição cosmopolita, ocorrendo nas costas de todos os oceanos, sendo comum em áreas de costa rochosa sujeita a forte hidrodinamismo, preferindo a parte mais baixa da zona intertidal.[4] Os espécimes tendem a crescer em aglomerados de cerca de uma dúzia indivíduos. Outras espécies, como M. californicus, são mais exigentes na escolha de habitat, ocorrendo apenas em habitats da zona entremarés da Califórnia e da costa norte-americana do Pacífico.

Enquanto a maioria das espécies de cracas responde à competição por espaço com organismos como as lapas e mexilhões com a formação de densas colónias, Megabalanus reage crescendo rapidamente até atingir um tamanho que efectivamente elimina a competição.[4] As suas grandes dimensões reduzem a predação, embora em contrapartida torne o género atractivo para consumo humano.

Etimologia[editar | editar código-fonte]

O nome genérico Megabalanus significa literalmente "grande craca".[5]

Espécies[editar | editar código-fonte]

O World Register of Marine Species (WoRMS) inclui no género Megabalanus as seguintes espécies:[6]

Notas

  1. «Megabalanus» (em inglês). ITIS (www.itis.gov) 
  2. B. A. Foster (1987). «Barnacle ecology and adaptation». In: A. J. Southward. Crustacean Issues V. Barnacle Biology. [S.l.]: Balkema, Rotterdam. pp. 113–133. ISBN 90-6191-628-3 
  3. B. A. Foster & J. S. Buckeridge (1987). «Barnacle palaeontology». In: A. J. Southward. Crustacean Issues V. Barnacle Biology. [S.l.]: Balkema, Rotterdam. pp. 43–62. ISBN 90-6191-628-3 
  4. a b c P. Doyle; A. E. Mather, M. R. Bennett & A. Bussell (1997). «Miocene barnacle assemblages from southern Spain and their palaeoenvironmental significance». Lethaia. 29 (3): 267–274. doi:10.1111/j.1502-3931.1996.tb01659.x 
  5. D. P. Henry & P. A. McLaughlin (1986). «The Recent species of Megabalanus (Cirripedia: Balanomorpha) with special emphasis on Balanus tintinnabulum (Linnaeus) sensu lato». Zoologische Verhandelingen. 235: 1–69 
  6. Chan, Benny K.K. (2010). «Megabalanus Hoek, 1913». World Register of Marine Species. Consultado em 1 de fevereiro de 2012