Miguel Graça Moura

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Miguel Graça Moura
Nascimento 1947 (77 anos)
Porto
Cidadania Portugal
Ocupação maestro

Miguel da Graça Moura[1] (Porto, 1947) é um maestro português

Biografia[editar | editar código-fonte]

Na sua juventude fez parte de grupos como os Pop Five Music Incorporated e Smoog. Depois edita a solo vários discos da série "Pianorama".

Foi director musical do Grupo Música Viva, entre 1975 e 1980.

Em 1986 fundou e dirigiu a Orquestra Portuguesa da Juventude e a Orquestra de Câmara "La Folia". Entre 1992 e 2003 dirigiu a Orquestra Metropolitana de Lisboa[2] de que saiu em situações de divergência com a tutela [3].

Em 2009 lançou o livro "O Prazer - Memórias Desarrumadas". Traduziu e prefaciou a obra "Livros de mais" de Gabriel Zaid.

Condenação por peculato[editar | editar código-fonte]

Em Janeiro de 2011 foi acusado pelo Ministério Público de se ter apropriado indevidamente de 720 mil euros de dinheiros públicos para fins pessoais quando estava à frente da Orquestra Metropolitana de Lisboa.[4]

Entre os registos analisados pelo tribunal no processo estão viagens e estadias em resorts turísticos de luxo na Tailândia, Quénia, ilhas Maurícias, compras de joias, roupas, bebidas, livros, CDs, lingerie feminina e masculina e uma aliança em ouro, consideradas "despesas pessoais vergonhosas e inacreditáveis", apresentadas pelo maestro e pagas com dinheiros públicos pela AMEC.

Era a orquestra que lhe pagava também não apenas a água, a luz, o telefone e as desbaratizações da residência - na qual mandou construir uma piscina, igualmente à conta do erário público -, como também parte da indumentária, incluindo um vestido com padrões felinos.

O Ministério Público considerou que o maestro apresentou "justificações caricatas e até infantis" para as despesas, e pediu ao coletivo de juízes uma condenação "com uma pena adequada".

Entre 1992 e 2003, o maestro acumulou salários mensais dos vários cargos que ocupava, nomeadamente como presidente da entidade, com 7.800 euros, e de diretor artístico, com mais 6.600 euros, trabalhando ainda como maestro titular da OML e responsável pelas escolas de música.[5] Além de remunerações que chegavam aos 15 mil euros mensais, Graça Moura beneficiava de regalias como casa e carro de função.

Em 29 de Janeiro de 2013, o maestro foi condenado a uma pena de cinco anos de prisão suspensa por igual período de tempo e a pagar 690 mil euros à entidade gestora da Orquestra Metropolitana de Lisboa e outros 30 mil à Câmara de Lisboa. O acórdão determina que se parte desta verba (210 mil euros) não for paga no prazo de um ano, o maestro será obrigado a cumprir pena de prisão. O colectivo de juízes deu como provados os crimes de peculato e falsificação de documentos.[6]

O maestro recorreu ao Tribunal da Relação de Lisboa, que manteve a condenação[7].

O seu lema é[8]:

Referências

Ligações externas[editar | editar código-fonte]

Referências

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