Miguel Pais

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Miguel Pais
Miguel Pais
Nascimento Miguel Carlos Correia Pais
1825
Lisboa
Morte 17 de março de 1888
Cidadania Reino de Portugal
Ocupação engenheiro civil, oficial
Prêmios
  • Cavaleiro da Ordem de Avis

Miguel Carlos Correia Pais CvA (Lisboa, 1825 - 17 de Março de 1888) foi um engenheiro e militar português. Foi o primeiro engenheiro a planear uma ponte sobre o Rio Tejo em Lisboa.[1]

Biografia[editar | editar código-fonte]

Nascimento[editar | editar código-fonte]

Nasceu em 1825, em Lisboa.[2]

Carreira profissional e militar[editar | editar código-fonte]

Assentou praça em Caçadores em 1842, aos 17 anos de idade, tendo sido promovido a alferes em 1851, tenente em 1857, capitão em 1868, a major em 1880 e a tenente coronel em 1881.[2]

Miguel Pais exerceu principalmente como engenheiro, tendo-se esforçado principalmente no desenvolvimento da cidade de Lisboa, principalmente através de infraestruturas de transporte.[2] A sua maior aspiração era a construção de uma ponte sobre o Tejo, obra que não conseguiu iniciar devido à falta de apoio financeiro por parte do governo.[3] Escreveu duas obras sobre os melhoramentos da cidade de Lisboa e do seu porto, que foram publicadas em folhetins do Diário de Notícias.[4]

Miguel Pais realizou melhoramentos na rua que tem o seu nome (Rua Engenheiro Miguel Pais) e no Porto de Lisboa.[5]

Durante muitos anos, trabalhou como director na divisão estatal dos Caminhos de Ferro do Sul e Sueste, onde se destacou pela organização dos serviços oficinais, e pela construção da Estação Ferroviária do Barreiro, num local onde se considerava impossível fazer aquela obra.[2] Também foi responsável pelo desenvolvimento do material circulante.[4]

Também se dedicou à música, tendo sido o autor de algumas composições que se tornaram famosas nos salões portugueses.[4]

Falecimento[editar | editar código-fonte]

Miguel Pais faleceu em 17 de Março de 1888, estando casado nessa altura.[2]

Homenagens[editar | editar código-fonte]

Miguel Pais tinha o grau de Cavaleiro da Real Ordem Militar de São Bento de Avis.[4]

Após o seu falecimento, foi homenageado pela imprensa, nomeadamente no Diário Ilustrado,[3] Ilustração Portuguesa,[4] O Ocidente[2] e Pontos nos ii.[6]

Obras publicadas[editar | editar código-fonte]

  • Melhoramentos de Lisboa: 1880-1885 (1887)

Referências

  1. REIS, 2006:24
  2. a b c d e f «Resenha Noticiosa». Diario Illustrado. Ano 11 (333). Lisboa. 21 de Março de 1888. p. 71-72. Consultado em 29 de Maio de 2019 
  3. a b «Miguel Paes» (PDF). Diario Illustrado. Ano 17 (5366). Lisboa. 18 de Março de 1888. p. 3. Consultado em 29 de Maio de 2019 
  4. a b c d e «As nossas gravuras: Mortos illustres». A Illustração Portugueza. Ano 4 (37). Lisboa. 26 de Março de 1888. p. 7. Consultado em 29 de Maio de 2019 
  5. http://marcasdasciencias.fc.ul.pt/pagina/fichas/sujeitos/dominio?id=349[ligação inativa]
  6. «Miguel Carlos Correia Paes». Pontos nos ii. Ano IV (150). Lisboa. 22 de Março de 1888. p. 505. Consultado em 29 de Maio de 2019 
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Bibliografia[editar | editar código-fonte]

  • REIS, Francisco; GOMES, Rosa; GOMES, Gilberto; et al. (2006). Os Caminhos de Ferro Portugueses 1856-2006. Lisboa: CP-Comboios de Portugal e Público-Comunicação Social S. A. 238 páginas. ISBN 989-619-078-X 

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