Miriam Dutra

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Mirian Dutra
Miriam Dutra
Mirian Dutra em 2016
Nome completo Mirian Dutra Schmidt
Nacionalidade brasileira
Ocupação Jornalista

Mirian Dutra Schmidt (Florianópolis, 1960[1][2]) é uma jornalista brasileira, ex-funcionária da Rede Globo, atuando em Brasília e tornando-se, mais tarde, correspondente em Portugal e na Espanha. Até agosto de 2008, Dutra trabalhava em Barcelona (Espanha), onde passara a residir em 1996.[3][4]

Mirian Dutra é formada em jornalismo pela Universidade Federal de Santa Catarina.[1]

Polêmica envolvendo ex-presidente FHC[editar | editar código-fonte]

Em abril de 2000 a revista Caros Amigos publicou uma reportagem que questionava o silêncio da imprensa brasileira sobre a suposição de Miriam ter um filho com o então Presidente do Brasil, Fernando Henrique Cardoso. Em 2009, a jornalista da Folha de S.Paulo, Mônica Bergamo fez uma reportagem afirmando que FHC estaria na Espanha para reconhecer o filho[5] - um fato que foi confirmado pelo jornalista Ricardo Noblat.[6] O ex-presidente afirma ter reconhecido a paternidade da criança (Tomás) em um cartório de Madri, embora dois exames de DNA tenham negado o vínculo biológico entre os dois.[7]

Em 2016, pouco depois de ter sido demitida da TV Globo, Mirian Dutra deu uma entrevista, na Espanha, à Revista BrazilcomZ, em fevereiro de 2016, depois de 30 anos de silêncio. A imprensa brasileira reproduziu a entrevista concedida à jornalista Fernanda Sampaio Carneiro contando sobre o seu "exílio" na Europa, o trabalho na Globo, sobre o seu relacionamento com FHC e o filho que teve com ele. No Brasil, a Folha de S.Paulo, por meio de Mônica Bergamo, ampliou a notícia com uns documentos que tinha em sua posse desde 2004. E publicou que Mirian Dutra foi mantida na Europa pela Rede Globo, mesmo sem ter acesso ao telejornalismo. Quando a emissora reduziu seu salário, passou a receber uma mesada de três mil dólares da empresa Brasif, que, no governo FHC, obteve o direito de administrar todos os free shops de aeroportos brasileiros. Miriam contou que o próprio Fernando Henrique lhe disse que o dinheiro entregue a ela no exterior era dele próprio.[8] A jornalista ainda afirmou que a Rede Globo e Fernando Henrique Cardoso tinham um acordo para que ela se mantivesse longe do país a fim de não atrapalhar o projeto de reeleição do sociólogo.[9]

Referências

  1. a b Mírian Dutra diz que Globo foi beneficiada com dinheiro do BNDES ao ‘exilá-la’. Por Joaquim de Carvalho. DCM, 20 de fevereiro de 2016.
  2. Dória, Palmério. O Príncipe da Privataria Arquivado em 25 de março de 2017, no Wayback Machine.. São Paulo : Geração Editorial, 2013. ISBN 978-85-8130-202-7, p. 25.
  3. ISTOÉ: A volta de Miriam Dutra
  4. Folha de S.Paulo. «Coluna de Mônica Bergamo». Consultado em 17 de outubro de 2007 
  5. Paulo Lopes. «FHC vai reconhecer filho que teve com jornalista da Globo». Consultado em 23 de fevereiro de 2016 
  6. Ricardo Noblat (15 de novembro de 2009). «Bomba! FHC vai reconhecer filho que teve com jornalista». O Globo. Consultado em 28 de fevereiro de 2016 
  7. Mônica Bergamo (Folha de S.Paulo). «Filho de repórter da Globo não é de FHC, revela DNA». Consultado em 23 de fevereiro de 2016 
  8. Mônica Bergamo (Folha de S.Paulo). «Não quero morrer e isso ficar na tumba, diz jornalista sobre FHC». Consultado em 23 de fevereiro de 2016 
  9. Redação (Portal Fórum). «Mirian Dutra revela mais detalhes do escândalo Globo-FHC». Consultado em 23 de fevereiro de 2016 
Ícone de esboço Este artigo sobre um(a) jornalista é um esboço. Você pode ajudar a Wikipédia expandindo-o.