Mitologia hindu

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A suástica hindu simboliza harmonia. Ganexa possuía uma em sua mão direita.

A mitologia hindu é o conjunto de mitos encontrados em textos hindus, como a literatura védica,[1] os épicos do Mahabharata e do Ramayana,[2] os Puranas[3] e na literatura regional como o tâmil Periya Puranam e Naalayira Divya Prabandham, e o Mangal Kavya de Bengali.

É provavelmente uma das mais antigas mitologias do mundo. Seus primeiros mitos nasceram numa região conhecida como Vale do Indo (no atual Paquistão). O panteão hindu constitui uma tentativa formidável de criar máscaras pelas quais o ser humano tenta falar dos seus sonhos e medos.

A mitologia hindu inicia com o imanifestado (Adinatha), que se manifesta na trimúrti: Brahma, Vishnu e Shiva, unidade na pluralidade.

Na mitologia hindu, incluem-se todas as possibilidades: deuses, semideuses, seres celestiais, anjos, demônios e vampiros, cujas sagas e peripécias serviram desde a antiguidade para alimentar o imaginário e os ideais do ser humano.

Estatua de Shiva.

O Hinduísmo trata-se de uma religião politeísta, por ter a crença em mais de 33 deuses e deusas hindus, chamados de Devi e Deva. Muitos desses deuses são avatares, como a Trindade Hindu, formada por Brahma, Vishnu, Shiva.

O hinduísmo, tem uma base filosófica dividida em darsanas (pontos de vista), mas o ponto onde termina a lógica e começa o imaginário é de difícil determinação.

Armas não conseguem cortá-lo, fogo não pode queimá-lo, água não consegue molhá-lo, ventos não podem secá-lo... Ele é eterno e tudo permeia, sutil, imóvel e sempre o mesmo.
Bagavadguitá, II:23-24

A mitologia hindu nem sempre tem uma estrutura consistente e monolítica. O mesmo mito normalmente aparece em várias versões e pode ser representado de forma diferente nas tradições sociorreligiosas. Observou-se também que esses mitos foram modificados por várias escolas filosóficas ao longo do tempo, especialmente na tradição hindu. Esses mitos têm um significado mais profundo, muitas vezes simbólico, e receberam uma gama complexa de interpretações.[4]

Referências

  1. Macdonell 1978, p. 1–9.
  2. Washburn Hopkins 1986, pp. 1–3.
  3. Bonnefoy 1993, p. 90–101.
  4. Jacqueline Suthren Hirst, Myth and history, em Themes and Issues in Hinduism, editado Paul Bowen. Cassell, 1998.

Bibliografia[editar | editar código-fonte]