Mitragyna speciosa

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Kratom
Kratom
Classificação científica
Como ler uma infocaixa de taxonomiakratom em pó
kratom em pó
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Como ler uma infocaixa de taxonomiaFolhas desidratadas do kratom
Folhas de kratom
Folhas de kratom
Classificação científica
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Árvore de kratom
Árvore de kratom
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Mitragyna speciosa ou Kratom - (Thai: กระท่อม), é uma planta da família Rubiaceae cujas folhas possuem propriedades medicinais e são utilizadas na Malásia e na Tailândia com propriedades relaxantes e psicoativas. As folhas são extraídas de uma árvore nativa do sudeste da Ásia, e pertence a mesma família do café (Rubiaceae).

O kratom pode ser encontrado nas seguintes formas:

  • Resina
  • Folhas desidratadas
  • Extratos líquidos
  • Extratos fortificados em pó
  • Folhas desidratadas em pó

Uso tradicional[editar | editar código-fonte]

As folhas da Kratom tem sido usada desde tempos mais remotos por povos da Ásia. Outros nomes dessa planta são kakuam, ithang, thom ou krathom (Tailândia), biak-biak ou ketum (Malásia), e mambog (Filipinas).

O Kratom nessa região é utilizado na medicina popular como estimulante, sedativo, analgésico, no tratamento de diarréia, mais raramente para aumentar a duração do coito e desde finais do século XIX tem sido utilizado no tratamento de dependentes de ópio, uma vez que a planta possui alcalóides que amenizam a dependência dessa droga.[1][2][3]

Componentes ativos[editar | editar código-fonte]

Nas folhas da Kratom estão presentes muitos alcalóides indólicos com potente atividade agonística com opióides, entre eles os mais importantes são a mitragynine e 7-hydroxymitragynine que são os responsáveis pelos efeitos analgésicos, sedativos e estimulantes. Esses alcalóides ativos possuem ambos os efeitos estimulantes e sedativos.[4][5]

Legalidade[editar | editar código-fonte]

Em Portugal, segundo Legislação Farmacêutica Portuguesa, o Kratom é uma das novas substâncias psicoativas, incluindo-se na classe das “PLANTAS E RESPETIVOS CONSTITUINTES ATIVOS”: Mitragyna speciosa (Kratom e respetivos constituintes psicoativos: mitraginina e 7-hidroximitraginina).[6]

Efeitos[editar | editar código-fonte]

Os efeitos de Mitragyna speciosa são descritos como sendo uma combinação de estimulação e sedação. Os efeitos estimulatórios podem ter duração mais curta que o efeito de sedação, chegando mais rápido e desaparecendo mais cedo.

Positivos

  • Estimulação e sedação simultâneas
  • Sentimentos de empatia
  • Sentimentos de euforia
  • Qualidades afrodisíacas para algumas pessoas
  • Sonhos vívidos de vigília
  • Útil com trabalho físico
  • Doses baixas podem resultar em um "brilho" duradouro em algumas pessoas, sentindo-se melhor do que o normal no dia seguinte
  • Aumenta a sociabilidade e a capacidade de falar

Neutros

  • Duração relativamente curta
  • Mudança na capacidade de focar os olhos
  • Analgesia

Negativos

  • Sabor muito amargo
  • Tonturas, náuseas e / ou vômitos em doses mais altas
  • Depressão leve durante e / ou após
  • Aumento da temperatura corporal (percebida). (sinta-se quente e suado)
  • Ressaca semelhante ao álcool, incluindo dores de cabeça e às vezes náusea (em doses mais altas)
  • O desejo de repetir a experiência com mais frequência do que o pretendido pode levar ao vício
  • A tolerância aumenta rapidamente após alguns dias seguidos de uso repetido, a tolerância aos efeitos reduz com um a três dias de abstinência
  • Psicose
  • Convulsões
  • Alucinações
  • Confusão (rara)
  • Perda de apetite e perda de peso (uso crônico)
  • Prisão de ventre (uso crônico)
  • Escurecimento da cor da pele do rosto (uso crônico)

Usuários crônicos também relataram sintomas de abstinência, incluindo irritabilidade, coriza e diarréia. A retirada é geralmente de curta duração e leve, e pode ser efetivamente tratada com di-hidrocodeína e lofexidina.

Ver também[editar | editar código-fonte]

Referências

  1. Suwanlert, Sangun (1975). «A Study of Kratom Eaters in Thailand». Bulletin on Narcotics. 27 (3): 21-27 
  2. Jansen, Karl L.R.; Colin J. Prast (4 de janeiro de 1988). «Ethnopharmacology of Kratom and the Mitragyna Alkaloids». Journal of Ethnophamacology. 23 (1): 115-119. ISSN 0378-8741. PMID 3419199 
  3. JANSEN, Karl L.R.; PRAST Colin J. E thnopharmacology of kratom and the mitragyna alkaloids (Letter to the Editors). Journal of Ethnopharmacology, 23 (1988) 115-119. PDF - Out. 2012[ligação inativa]
  4. TAKAYAMA, Hiromitsu. Chemistry and Pharmacology of Analgesic Indole Alkaloids from the Rubiaceous Plant, Mitragyna speciosa. Chem. Pharm. Bull. 52(8) 916—928 (2004) Vol. 52, No. 8 PDF - Out. 2012
  5. WATANABE, Kazuo; YANO, Shingo; HORIE, Syunji; YAMAMOTO, Leonardo T.. Inhibitory effect of mitragynine, an alkaloid with analgesic effect from thai medicinal plant Mitrugyna speciosu, on electrically stimuiated contraction of isolated guinea-pig leum through the opioid receptor. Life Sciences, Vol. 60, No. 12, pp. 933442, 1997. PDF - Out. 2012
  6. PORTUGAL, Decreto nº 154/2013, de 17 de Abril 2013, Anexo, alínea 141º. Aprovação da lista de Novas Substâncias Psicoativas previamente detalhadas no artigo 3º do Decreto- Lei n.º 54/2013. Diário da República.

Ligações externas[editar | editar código-fonte]

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