Mofumbo

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Classificação científica
Reino: Plantae
Divisão: Magnoliophyta
Classe: Magnoliopsida
Ordem: Myrtales
Família: Combretaceae
Género: Combretum
Espécie: C. leprosum
Nome binomial
Combretum leprosum
Mart. 1841
Sinónimos
Combretum hassleranum Chodat

Combretum leptostachyum Mart.

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Mofumbo (Combretum leprosum) é uma árvore brasileira nativa da caatinga, no Nordeste, desde o Piauí até a Bahia, e no Pantanal Matogrossense (nos cerradões e matas semidecíduas).[1]

O nome mofumbo é comum no Nordeste. No Mato Grosso do Sul é conhecida como carne-de-vaca.

Características[editar | editar código-fonte]

A árvore chega a 15 m de altura, o tronco a 60 cm de diâmetro e sua copa é globosa. Na caatinga e no cerrado seco, seu tamanho é tão pequeno quanto um arbusto.

As folhas, simples, são opostas, com pontuações brancas - daí o nome da espécie - em ambas as faces, nervação levemente saliente.

As inflorescências, em panículas de rácemos terminais e axilares, têm flores ligeiramente amareladas.

O fruto é uma sâmara alada, de cor palha.

Ecologia[editar | editar código-fonte]

Semidecídua, heliófita, seletiva xerófita, é uma planta pioneira, exclusiva das matas secundárias secas. Sua dispersão é descontínua, mas sua freqüência é elevada. Prefere terrenos argilosos, calcários, bem drenados e férteis.

Floresce de outubro a dezembro e os frutos amadurecem a partir de agosto.

Tem a propriedade de inibir a germinação e o crescimento da vegetação ao seu redor.[2]

Usos[editar | editar código-fonte]

Suas flores, apícolas, são fonte de alimento para a jandaíra (Melipona subnitida).

Tem uso na medicina popular:

  • as raízes são usadas em xarope, infusão ou decocto contra tosse e coqueluche
  • as folhas e entrecasca são usadas em infusão como hemostáticas, sudoríficas e calmantes
  • suas folhas e frutos são anti-asmáticas
  • sua casca é afrodisíaca.

Seu extrato tem efeito vasodilatador[3] e é usado contra leishmaniose.[4]

Referências

  1. «Combretum leprosum». Sistema Global de Informação sobre Biodiversidade (em inglês). Consultado em 2 de maio de 2022 
  2. Mors, W.B.; Rizzini, C.T. & Pereira, N.A. 2000. Medicinal plants of Brazil. Reference Publications, Inc. Algonac, Michigan (citado em Lorenzi, H.: Plantas medicinais no Brasil)
  3. Francisco das Chagas Alves Filho. Caracterização do efeito vasodilatador do extrato etanólico de Combretum leprosum. 2008. Dissertação (Mestrado em Farmacologia) - Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto-USP
  4. Carolina Bioni Garcia Teles. Atividade leishmanicida do exrato etanólico, triterpeno lupano e seus derivados isolados de Combretum leprosum contra Leishmania amazonensis in vitro. 2007. Dissertação (Mestrado em Biologia Experimental) - Universidade Federal de Rondônia.

Fontes[editar | editar código-fonte]

  • Lorenzi, Harri: Árvores brasileiras: manual de identificação e cultivo de plantas arbóreas do Brasil, vol. 2. Instituto Plantarum, Nova Odessa, SP, 2002, 2a. edição. ISBN 85-86174-14-3
  • Lorenzi, Harri; Abreu Matos, Francisco José de: Plantas medicinais no Brasil: nativas e exóticas cultivadas. Instituto Plantarum, Nova Odessa, SP, 2002. ISBN 85-86714-18-6