Monumento Nacional aos Mortos da Segunda Guerra Mundial

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Monumento Nacional aos Mortos da Segunda Guerra Mundial
Monumento Nacional aos Mortos da Segunda Guerra Mundial
Tipo monumento de guerra
Inauguração 1960 (64 anos)
Geografia
Coordenadas 22° 55' S 43° 10' 25" O
Mapa
Localização Rio de Janeiro, Glória - Brasil
Patrimônio bem tombado pelo IPHAN, patrimônio registrado pelo Inventário de Monumentos RJ
Criador/Fabricante Alfredo Ceschiatti, Anísio Medeiros

O Monumento Nacional aos Mortos da Segunda Guerra Mundial,[1] popularmente conhecido como Monumento aos Pracinhas, localiza-se no parque Eduardo Gomes, na cidade do Rio de Janeiro, no Brasil.

História[editar | editar código-fonte]

Idealizado pelo marechal João Baptista Mascarenhas de Moraes, comandante da Força Expedicionária Brasileira (FEB), para receber os restos mortais dos soldados brasileiros mortos na Itália, foi concebido pelos arquitetos Marcos Konder Netto e Hélio Ribas Marinho, vencedores de um concurso público nacional.[2][3] O projeto estrutural coube ao engenheiro Joaquim Cardozo.[4]

As obras iniciaram-se a 24 de junho de 1957 e, embora inaugurado oficialmente a 7 de abril do mesmo ano, apenas foram concluídas em 24 de junho de 1959, sendo reinauguradas em 5 de agosto do mesmo ano.

Em 20 de junho de 1960, partiu para a Itália uma comissão presidida pelo marechal Oswaldo Cordeiro de Farias (que integrara a FEB como Comandante da Artilharia Divisionária), com a incumbência de proceder à exumação dos 462 corpos sepultados no cemitério brasileiro na cidade de Pistoia, e prepará-los para o translado para o Brasil. A comissão chegou ao Rio de Janeiro em 15 de dezembro de 1960, trazendo os corpos em caixas individuais de zinco, encerradas em urnas de madeira.

Em solenidade uma semana depois, as urnas foram transportadas para o Monumento e depositadas nos respectivos jazigos no Mausoléu. Uma das urnas de mortos não identificados passou a simbolizar o "Soldado Desconhecido" e foi entregue pelo marechal Mascarenhas de Moraes, ao então presidente da República, Juscelino Kubitschek, que a depositou na base do Pórtico Monumental, onde se encontra até hoje.

Características[editar | editar código-fonte]

O Monumento foi concebido em três planos, que são:

  • A plataforma elevada, que atinge 31 metros de altura, e onde foi empregue, pela primeira vez no país, o concreto aparente;
  • O Mausoléu; e
  • O Museu, com peças utilizadas pelos combatentes naquele conflito.

O conjunto é integrado por três obras:

Eventos e solenidades[editar | editar código-fonte]

O monumento é palco de diversos eventos e solenidades:

  • Troca da Guarda, pelas 10h00 do primeiro domingo dos meses de junho, agosto e outubro; nos demais meses, ocorre na primeira sexta-feira. Nessa oportunidade a Força Armada que durante um mês guardou o monumento, é substituída por outra, num rodízio entre o Exército, a Marinha e a Aeronáutica.
  • Homenagem ao Soldado Desconhecido, prestada por instituições e entidades brasileiras e estrangeiras, em datas estabelecidas ou não, e que consiste na colocação de uma coroa de flores junto ao túmulo.
  • Dia da Vitória, anualmente, no dia 8 de maio, recordando o dia da vitória dos Aliados na Europa. Na ocasião, personalidades civis e militares são condecoradas com medalha da Vitória, outorgada pelo Ministério da Defesa.
  • Homenagem aos mortos das Marinhas de Guerra e Mercante, anualmente, no dia 21 de julho.
  • Vigília da Saudade, anualmente, no dia 2 de novembro, em memória dos soldados mortos no cumprimento do dever. Obedece a um programa estabelecido pela Associação Nacional dos Veteranos da Força Expedicionária Brasileira (ANVFEB).

Ver também[editar | editar código-fonte]

Referências

  1. Monumento Nacional aos Mortos da Segunda Guerra Mundial
  2. Entrevista com Marcos Konder no Portal Vitruvius Arquivado em 22 de novembro de 2008, no Wayback Machine., consultada em 26 de outubro de 2008
  3. ROCHA, Ricardo (2007). «A arquitetura moderna diante da esfinge ou a nova monumentalidade: uma análise do Monumento Nacional aos Mortos na Segunda Guerra Mundial, Rio de Janeiro.». ANAIS DO MUSEU PAULISTA: HISTÓRIA, CULTURA E MATERIAL (IMPRESSO) 
  4. «Joaquim Cardozo». Fundação Joaquim Nabuco. Consultado em 17 de janeiro de 2016 

Ligações externas[editar | editar código-fonte]

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