Mosquito
Mosquitos são um grupo insectos da subordem Nematocera, normalmente dando ênfase para a família Culicidae. Por constituírem vernáculos, não obedecendo às regras da nomenclatura científica, abarcam diversos táxons, como é o caso dos mosquitos-palha.
Regionalismos
Em várias partes do Brasil, faz-se distinção entre mosquito e pernilongo: o primeiro refere-se a pequenas moscas, como as drosófilas, enquanto que o segundo, além dessa denominação, é também referido como "muriçoca"[2]. Na maioria dos estados da Região Norte do Brasil, este pernilongo chama-se "carapanã".[3]. As fêmeas do pernilongo são também conhecidas como "melgas" ou "trompeteiros".
Etimologia
"Mosquito" vem do latim musca[4]. "Pernilongo" é uma referência às longas pernas do inseto[5]. "Mosquito-prego" é uma referência a sua picada que se assemelha à perfuração de um prego. "Muriçoca", "meruçoca" e "muruçoca" são oriundos do tupi muri'soka[6]. "Carapanã" vem do tupi karapa'nã[7]. "Carapanã-pinima" vem da junção dos termos tupis karapa'nã ("mosquito") e pi'nima ("pintado)[7]. "Fincão" e "fincudo" vem de "fincar"[8] e são uma referência a sua picada. "Sovela" é uma referência ao instrumento cortante homônimo utilizado pelos sapateiros e correeiros[9], numa alusão à picada dos insetos. "Perereca" vem do gerúndio do tupi pere'reg, "ir aos saltos"[10] e é uma alusão ao hábito do inseto de pular de um lugar para outro para fugir de seus inimigos. "Bicuda" é uma alusão à sua picada.
Biologia
Como os outros membros da ordem Diptera, os mosquitos têm um par de asas e um par de halteres, que são modificações das asas posteriores usadas como órgãos de equilíbrio. Nos chamados mosquitos a probóscide (tromba) está adaptada para a sucção de líquidos como néctar, seiva ou sangue. Muitas espécies, como os Anopheles e o Aedes aegypti são vetores de parasitas, como, nestes casos e respetivamente, a malária e a dengue.
Em geral, apresentam dimorfismo sexual acentuado: os machos apresentam antenas plumosas (como pequenas árvores de natal), e as fêmeas apresentam antenas pilosas e são muito mais corpulentas; em quase todas as espécies elas alimentam-se de sangue de vertebrados (incluindo o homem) para maturar seus ovários antes de pôr os ovos.
O tamanho varia, mas é raramente maior que 15 mm. O peso dos mosquitos é apenas de 2 a 2,5 miligramas. Eles conseguem voar de 1,5 a 2,5 km/h. Os mosquitos existem há 170 milhões de anos (Jurássico médio).
Referências
- ↑ Mech, L.D. & Boitani, L. (IUCN SSC Wolf Specialist Group) (2008). Canis lupus (em inglês). IUCN 2009. Lista Vermelha de Espécies Ameaçadas da IUCN. 2009. Página visitada em 22 de Fevereiro de 2010.
- ↑ Dicionário Aurélio de Língua Portuguesa, ed. Nova Fronteira
- ↑ Dicionário Online de Português, http://www.dicio.com.br/carapana_2/ 10 de Janeiro de 2010
- ↑ FERREIRA, A. B. H. Novo Dicionário da Língua Portuguesa. Segunda edição. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1986. pp.1 163,1 162
- ↑ FERREIRA, A. B. H. Novo Dicionário da Língua Portuguesa. Segunda edição. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1986. p.1 314
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- ↑ a b FERREIRA, A. B. H. Novo Dicionário da Língua Portuguesa. Segunda edição. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1986. p.348
- ↑ FERREIRA, A. B. H. Novo Dicionário da Língua Portuguesa. Segunda edição. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1986. p.781
- ↑ FERREIRA, A. B. H. Novo Dicionário da Língua Portuguesa. Segunda edição. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1986. p.1 616
- ↑ FERREIRA, A. B. H. Novo Dicionário da Língua Portuguesa. Segunda edição. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1986. p.1 308
- Consoli RAGB, Lourenço-de-Oliveira R. (1994). "Principais mosquitos de importância sanitária no Brasil" (PDF) . Editora Fundação Instituto Oswaldo Cruz, Rio de Janeiro, Brasil.