Museu Egípcio (Turim)

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Museu Egípcio
Museu Egípcio (Turim)
Tipo museu nacional, museu histórico, museu de arqueologia, egyptological museum, Q124830284
Inauguração 1824 (200 anos)
Visitantes 898 500 pessoa
Acervo 3 500
Área 5 500 metro quadrado
Administração
Diretor(a) Christian Greco
Página oficial (Website)
Geografia
Coordenadas 45° 4' 6" N 7° 41' 4" E
Mapa
Localização Turim - Itália
Patrimônio Herança nacional italiana

O Museu de Antiguidades Egípcias de Turim (Museo delle antichità egizie di Torino) possui uma das maiores coleções egiptológicas do mundo, o Museu possui um acervo de 36.000 achados, mas pouco mais de 4.000 antiguidades estão expostas no itinerário principal. Na realidade, atualmente, o Museu possui um acervo com 40.000 peças; dos quais 3.300 objetos estão expostos nas salas do museu e cerca de 12.000 nas Galerias de Cultura Material.

O museu foi fundado em 1824 por Carlos Félix da Sardenha, Rei pertencente a família Saboia da Casa de Saboia (brasão da família real no salão de escadaria do Museu Egípcio de Turim), que adquiriu a coleção Drovetti, resultante das escavações de Bernardino Drovetti, cônsul da França no Egito. As coleções do museu foram consideravelmente ampliadas pelas escavações do arqueólogo e egiptólogo italiano Ernesto Schiaparelli, nomeado diretor em 30 de setembro de 1894, permanecendo no posto até sua morte em 1928.

Museu Egípcio de Turim[editar | editar código-fonte]

O Museu Egípcio de Turim,  é o museu mais antigo do mundo dedicado inteiramente à cultura egípcia. Conheça as etapas fundamentais de sua formação, desde o nascimento da coleção até os dias atuais, e ao final do texto inicie uma visita virtual às principais salas do museu.[1]

O nascimento do edifício

Desde a sua fundação (1824), o Museu Egípcio está alojado no edifício denominado "Collegio dei Nobili", em Turim, na Itália, construído sobre um projeto de Michelangelo Garove de 1679, no qual foram expostas as primeiras antiguidades, da coleção Drovetti, adquirida pelo rei Carlo Felice. O edifício, graças às intervenções de Giuseppe Maria Taluchchi e Alessandro Mazzucchetti, foi ampliado e adaptado ao novo uso pretendido, na segunda metade do século XIX. Já em 1832, o Museu foi aberto ao público.

Além de antiguidades egípcias, também havia achados romanos, pré-romanos e pré-históricos, juntamente com uma seção de história natural. O prédio era (e ainda é) compartilhado com a Academia de Ciências. Após um arranjo inicial no lado oposto do edifício, a Galleria dei Re, ou Statuario, foi transferida para suas salas atuais. Além disso, durante o século XIX, o Museu Real da Antiguidade e do Egito também adquiriu algumas coleções menores de particulares ou por meio de trocas com outros museus.

As escavações de Schiaparelli e Farina

Entre 1903 e 1937, as escavações arqueológicas realizadas no Egito por Ernesto Schiaparelli e depois por Giulio Farina trouxeram cerca de 30.000 achados para Turim. O Museu passou por uma primeira reorganização das salas em 1908 e uma segunda, mais importante, em 1924, com a visita oficial do Rei. Nesse sentido, para suprir a falta de espaço, Schiaparelli reestruturou a nova ala do Museu (mais tarde chamado de "ala Schiaparelli"), no qual expôs achados da cidade de Assiut e Guebeleim, sítio do Alto Egito, 30 quilômetros ao sul de Tebas.

O Museu nos anos 80

A partir da década de 1980, também no seguimento do aumento de visitantes, tornou-se necessário planear um novo roteiro de visita que deu origem a novos espaços expositivos. Em particular, a recuperação e a sustentação da Ala Schiaparelli tornaram utilizáveis grandes salas subterrâneas dedicadas a atividades arqueológicas em Assiut, Qau el-Kebir e Gebelein. No rés-do-chão, foi recuperada uma ampla sala para albergar as antiguidades da Época Pré-dinástica e do Império Antigo.

A nova configuração

A última intervenção criou novas funcionalidades para os espaços, mudando o percurso museológico (distribuído por cinco pisos expositivos) e os equipamentos, tendo em vista a grande reabertura em 2015.

Atualmente, o Museu possui um acervo de cerca de 40.000 peças; dos quais 3.300 objetos estão expostos nas salas do museu e cerca de 12.000 nas Galerias de Cultura Material. As descobertas estão localizadas em um espaço visitável de 12.000 metros quadrados, distribuídos em 4 andares. As salas agora estão equipadas com um sofisticado sistema de controle higrotérmico. Este sistema, alimentado por queimadores combinados de energia geotérmica faz uso de três bombas de calor que distribuem os fluidos para 14 unidades de tratamento de ar, fan coils e painéis radiantes, todos interligados e geridos remotamente por um programa de controle, por sua vez suportado por feedback de sensores localizado na sala. O Museu dispõe ainda de vários sistemas complementares de monitorização, destinados ao controlo de fluxos públicos, acessibilidades e vigilância 24 horas por dia, 7 dias por semana, de forma a garantir o maior grau de segurança possível e gerir eventuais problemas críticos ou sobrecargas.

O Museu, investigação e restauro

A investigação e a internacionalização são as áreas em que o Museo Egizio continua a apostar para continuar o caminho de crescimento e afirmação: uma escolha que não se dirige apenas à comunidade científica, mas a todos aqueles que reconhecem no dinamismo da instituição a capacidade de se abrir a um público cada vez mais amplo e heterogêneo. Os restauros, estudos e análises arqueométricas, realizados com métodos não invasivos, permitem um crescimento cultural que não se dirige exclusivamente ao meio científico, mas também ao público em geral. Expressão disso é a Área de Restauração, atualmente instalada no segundo piso, que permite aos visitantes assistir ao vivo ao restauro das peças do Museu.

Galeria da Cultura Material

Todo o acervo do Museu Egípcio tem mais de 36.000 achados, mas pouco mais de 4.000 antiguidades estão expostas no itinerário principal. As Galerias da Cultura Material foram assim criadas para dar visibilidade a parte do tesouro dos seus armazéns. "Cultura material" designa o conjunto de produtos do trabalho humano, como os artefatos urbanos, os instrumentos da vida quotidiana e das atividades produtivas característicos de um povo, de um determinado sistema de produção ou de uma determinada época.

As Galerias da Cultura Material acolhem vitrines repletas de objetos, ordenados por materiais (pedra, madeira, terracota, metais), ou por tipologia (estatuetas de barro, mesas de oferendas, esculturas, canopos) onde é possível mergulhar na cultura material do antigo Egito e ter uma visão mais ampla das coleções do Museu. Por exemplo, nos gabinetes 17 e 18 são exibidos numerosos canopos que se distinguem com base em diferentes estilos e épocas; nos gabinetes 19, 20, 21 e 22, muitos pequenos ushebty são exibidos, ou seja, pequenas esculturas funerárias que, segundo os antigos egípcios, ganhavam vida magicamente para ajudar o falecido na vida após a morte. Uma pequena viagem no tempo útil para compreender a evolução da civilização egípcia através da sua cultura material.

Coleção de Papiros do Museu Egípcio

O Museu Egípcio abriga uma das mais importantes coleções de papiros do mundo. Compreende aproximadamente 700 manuscritos, inteiros ou remontados, e mais de 17.000 fragmentos de papiros, documentando mais de 3.000 anos de cultura material escrita em sete scripts e oito idiomas.

Tour virtual pelo Museu Egípcio

Visite remotamente as salas que compõem o verdadeiro carro-chefe da coleção de Turim: as dedicadas à vila de Deir el-Medina e ao túmulo de Kha. Além de poder se movimentar entre as janelas, o usuário tem à sua disposição múltiplas ferramentas que ampliam a experiência da visita: uma série de maquetes 3D das exposições; 18 vídeos detalhados; fotografias históricas e acesso a conteúdo adicional por meio dos bancos de dados do Museu. O conteúdo do vídeo está disponível em italiano, inglês, francês e alemão, assim como a navegação, também disponível em árabe.

https://virtualtour.museoegizio.it/

Museu Egípcio

Via Accademia delle Scienze 6, 10123 Torino, Itália.

O Museu Egípcio está aberto de terça a domingo, das 9h às 18h30. Segunda-feira das 9h00 às 14h00. O acesso é garantido apenas para quem possui um ingresso online. Para visitas aos sábados e domingos é aconselhável reservar com antecedência.

BIGLIETTO Intero 18,00 - Senior (Over 70) 15 €

VISITA GUIDATA + 7 € - 90 min

Per accedere al Museo Egizio è raccomandato indossare la mascherina.

https://egizio.museitorino.it/



Acervo do museu[editar | editar código-fonte]

Entre as peças mais conhecidas do museu encontram-se

Bibliografia[editar | editar código-fonte]

  • Wolfgang Kosack: Schenute von Atripe De judicio finale. Papyruskodex 63000.IV im Museo Egizio di Torino. Einleitung, Textbearbeitung und Übersetzung herausgegeben von Wolfgang Kosack. Berlin 2013, Verlag Brunner Christoph, ISBN 978-3-9524018-5-9


Ligações externas[editar | editar código-fonte]

  1. «Museu Egípcio de Turim oferece visita virtual». ORIUNDI - Giornalismo fatto con passione. Consultado em 4 de abril de 2024