Nabucodonosor II

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Nabucodonosor II / Nebucadrezar
Rei da Babilônia

Moeda com a face de Nabucodonossor.
Reinado 604 a.C. - 562 a.C.
Antecessor(a) Nabopolasar
Sucessor(a) Evil-Merodaque
Nascimento 632 a.C.
Morte 562 a.C. (70 anos)
Nome completo Nabu-cudurri-utsur
Amitis da Média

Nabucodonosor II, Nebucadrezar ou Nebucadnezar (na ortografia babilônia Nabu - kudur - uzur, Nebo, proteja a coroa! ou Nebo, proteja as fronteiras!) foi o filho e sucessor de Nabopolassar, rei da Babilônia que libertou o reino da Assíria e destruiu Nínive.[1]

Em uma inscrição, ele se chamava de o favorito de Nebo. Foi o mais poderoso rei da Babilônia.[1]

Ele se casou com uma filha de Ciáxares, unificando as dinastias da Babilônia e da Media.[1]

Após Neco II, faraó do Egito, haver derrotado os Assírios em Carquêmis, as províncias da Síria que estavam sob controle dos assírios passaram ao controle egípcio, enquanto que as demais províncias assírias foram divididas entre os medos e os babilônios; Nabopolassar, porém, pretendia conquistar a Síria, e lutou contra Neco, em Carquêmis, derrotou os egípcios, e conquistou a Síria e a Israel.

Nabucodonosor também conquistou a Israel (este território ainda não tinha recebido o nome de Palestina), tomou Jerusalém, e levou judeus cativos para a Babilônia, inclusive o profeta Daniel. Em 598 a.C., após a revolta de Joaquim de Judá, que tinha o apoio do faraó Neco, Nabucodonosor o derrota. Nabucodonosor derrota os judeus uma terceira vez, e leva cativo o rei Jeconias de Judá em 597 a.C. Na última revolta, de Zedequias, Nabucodonosor arrasa Jerusalém (586 a.C.), fura os olhos de Zedequias e o deixa prisioneiro por toda a vida.[1]

Nabucodonosor também lutou, no trigésimo ano de seu reinado, contra Amósis II, faraó do Egito.[1]

Ele reconstruiu e adornou a Babilônia com canais, aquedutos e reservatórios. De acordo com o Easton's Bible Dictionary, 9/10 dos tijolos das ruínas da Babilônia, e 19/20 das demais ruínas, contém o nome de Nabucodonosor inscrito nelas. Ele provavelmente construiu ou reformou toda cidade ou templo no seu país. [1]

Ele reinou sobre o maior reino jamais visto na Terra, e tinha o título de "reis dos reis".[1]

No final de sua vida, após haver punido os judeus, jogando-os na fornalha ardente, Nabucodonosor sofreu de uma doença mental, com sintomas parecidos com a licantropia. Ele sobreviveu à loucura, e morreu em c. 562 a.C., aos oitenta e três ou oitenta e quatro anos de idade, após haver reinado por quarenta e três anos, e foi sucedido por seu filho Evil-Merodaque.[1]

Seus sucessores tiveram reinados breves. Evil-Merodaque reinou por dois anos, foi sucedido por Neriglissar (559 - 555), este por Nabonido (555 - 538) em cujo reinado a Babilônia foi conquistada por Ciro, o Grande.[1]

Daniel interpreta o sonho do rei Nabucodonosor.

Nabuco, a ópera

Nabucco é uma ópera em quatro atos de Giuseppe Verdi, com libreto de Temistocle Solera, escrita em 1842. A ação da ópera conta a história do rei Nabucodonosor da Babilônia. Foi escrita durante a época da ocupação austríaca no norte da Itália e, por meio da várias analogias, suscitou o sentimento nacionalista italiano. O Coro dos Escravos Hebreus, no terceiro ato da ópera (Va, pensiero, sull'ali dorate, "Vai, pensamento, sobre asas douradas") tornou-se uma música-símbolo do nacionalismo italiano da época.

Notas e referências

Notas

Referências

  1. a b c d e f g h i Easton's Bible Dictionary (1897), Nebuchadnezzar [em linha]

Precedido por
Nabopolassar
Rei da Babilónia
604 a.C. — 562 a.C.
Sucedido por
Evil-Merodaque