Nelsinho Trad

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Nelsinho Trad

Trad Filho em 2019
Senador pelo Mato Grosso do Sul
Período 1º de fevereiro de 2019
a atualidade
61.º Prefeito de Campo Grande
Período 1º de janeiro de 2005
a 1º de janeiro de 2013
(2 mandatos consecutivos)
Vice-prefeitos Marisa Serrano (2005–2006)
Edil Albuquerque (2009–2013)
Antecessor(a) André Puccinelli
Sucessor(a) Alcides Bernal
Deputado estadual de
Mato Grosso do Sul
Período 1º de fevereiro de 2003
a 1º de janeiro de 2005[a]
Vereador de Campo Grande
Período 1º de fevereiro de 1993
a 1º de fevereiro de 2003
(3 mandatos consecutivos)[b]
Dados pessoais
Nome completo Nelson Trad Filho
Nascimento 5 de setembro de 1961 (62 anos)
Campo Grande, MS
Alma mater Universidade Gama Filho
Prêmio(s)
Esposa Maria Antonieta Amorim Trad (div.)
Keilla Soares Trad
Filhos(as) Maria Cecília Trad
Maria Gabriela Trad
Parentesco Mãe: Therezinha Mandetta Trad
Pai: Nelson Trad
Partido PTB (1992–2003)
PMDB (2003–2015)
PTB (2015–2019)
PSD (2019–presente)
Profissão médico, político

Nelson Trad Filho OMM (Campo Grande, 5 de setembro de 1961), mais conhecido como Nelsinho Trad, é um médico e político brasileiro, filiado ao Partido Social Democrático (PSD). Foi prefeito de Campo Grande e é, atualmente, senador por Mato Grosso do Sul.

Biografia[editar | editar código-fonte]

Filho do político Nelson Trad, é formado em Medicina pela Universidade Gama Filho do Rio de Janeiro. Médico com especialização em Cirurgia Geral, Urologia, Medicina do Trabalho e Saúde Pública. Foi casado com Maria Antonieta Amorim, com quem tem dois filhos. Atualmente é casado com Keilla Soares, com quem é pai de uma menina.[3]

Começou sua carreira política como diretor-adjunto do Previsul (Instituto de Previdência do Estado de Mato Grosso do Sul) no governo de Pedro Pedrossian.

Filiado ao Partido Trabalhista Brasileiro (PTB), foi eleito vereador por Campo Grande em 1992 e reeleito sucessivamente em 1996 e em 2000. No biênio 2001/2002 presidiu a Câmara Municipal.

Em 2002, elegeu-se deputado estadual mais votado, com 36 283 votos. Em 2003, se transferiu do PTB para o Partido do Movimento Democrático Brasileiro (PMDB), onde se candidatou à prefeito da capital em 2004, vencendo a disputa em primeiro turno com 213 mil votos, que teve como vice-prefeita Marisa Serrano.[4] Como prefeito, foi agraciado em 2006 pelo então vice-presidente José Alencar com a admissão à Ordem do Mérito Militar no grau de Oficial especial.[1]

Em 2008 foi reeleito prefeito com 288 821 votos ou 71,41 por cento dos votos válidos, tendo como vice-prefeito Edil Albuquerque.[5]

Em 2014, disputou a eleição para o governo estadual do Mato Grosso do Sul com apoio do então governador André Puccinelli[6][7][8], posteriormente preso por acusação de desvio de recursos públicos na quinta fase da Operação Papiros de Lama[9] e na Operação Lama Asfáltica da Polícia Federal.[10][11][12] A campanha digital de Trad Filho, coordenada pela empresa Medialogue Digital,[13] foi uma das primeiras no Brasil a usar de forma ampla o WhatsApp, ferramenta que posteriormente tornou-se foco de divulgação de informações falsas e disparos em massa em eleições.[14]

Em 2018, de volta ao PTB, foi eleito senador pelo Mato Grosso do Sul com 424 085 votos ou 18,37 por cento dos votos válidos.[15] Em 2019, se transferiu novamente de partido, desta vez para o Democratas (DEM).[16]

Prefeitura de Campo Grande[editar | editar código-fonte]

Em janeiro de 2021 a Justiça de Mato Grosso do Sul determinou o bloqueio de bens de Nelson Trad Filho no valor de cerca de R$ 655 milhões em razão de investigação referente a suspeita de fraude em licitações da época em que foi prefeito de Campo Grande, entre 2005 e 2012.[17]

O caso remonta a 2015, quando quatro ações de improbidade administrativa foram ajuizadas pelo Ministério Público Federal por supostas fraudes em licitações na prefeitura de Campo Grande nas gestões de Trad Filho e seu sucessor, Alcides Bernal.[18]

Em 2018, outros R$ 16 milhões foram bloqueados pelo Justiça em ação civil envolvendo Trad, Bernal e também Gilmar Olarte, vice-prefeito da gestão Bernal que assumiu a prefeitura de Campo Grande por pouco mais de um ano após a cassação do mandato do prefeito. A ação investiga os ex-prefeitos por suspeita de contratação de funcionários “fantasmas” entre 2012 e 2016.[19]

Notas

  1. Renúncia em 1º de janeiro de 2005 para assumir a Prefeitura de Campo Grande.
  2. Renúncia em 1º de fevereiro de 2003 para iniciar mandato na Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul.

Referências

  1. a b BRASIL, Decreto de 20 de março de 2006.
  2. «DIÁRIO OFICIAL DA UNIÃO - Seção 1 | Nº 197, quarta-feira, 14 de outubro de 2020». Imprensa Nacional. 14 de outubro de 2020. p. 9. Consultado em 13 de fevereiro de 2024 
  3. Tainá Jara (5 de setembro de 2013). «Ex-prefeito Nelsinho Trad comemora nascimento da filha caçula no Facebook». Jornal Midiamax. Consultado em 19 de julho de 2020 
  4. «Trad é eleito no primeiro turno em Campo Grande». Terra. 3 de outubro de 2004 
  5. «Nelson Trad Filho é reeleito em Campo Grande (MS)». G1. 5 de outubro de 2008 
  6. «PMDB confirma Nelson Trad Filho como candidato ao governo de MS». G1. 29 de junho de 2014 
  7. «Em MS, Nelsinho Trad confirma apoio a Reinaldo Azambuja no 2º turno». G1. 8 de outubro de 2014 
  8. «PMDB anuncia oficialmente candidatura de Nelsinho Trad a governador em 2014». A Crítica. 30 de junho de 2014 
  9. «Ex-governador de MS e filho são presos na 5ª fase da operação Lama Asfáltica». G1 MS. 14 de novembro de 2017 
  10. «Ex-governador André Puccinelli e filho são presos pela PF em Campo Grande». G1. 20 de julho de 2018 
  11. «Após 5 meses presos, Justiça libera ex-governador André Puccinelli e o filho». Campo Grande News. 19 de dezembro de 2018 
  12. «PF prende ex-governador de Mato Grosso do Sul André Puccinelli». Agência Brasil. 20 de julho de 2018 
  13. «"Marketeiros" já começam a trabalhar para os candidatos a governador de MS». Campo Grande News. 4 de junho de 2014 
  14. «TSE assina parceria com Facebook Brasil e WhatsApp Inc. para combate à desinformação nas Eleições 2020». Site do TSE. 30 de setembro de 2020 
  15. «Nelsinho Trad (PTB) e Soraya Thronicke (PSL) são eleitos senadores por Mato Grosso do Sul». G1. 7 de outubro de 2018 
  16. «Nelson Trad se filia ao PSD e amplia a sigla no Senado Federal». A Crítica. 30 de janeiro de 2019 
  17. «Justiça manda bloquear bens do senador Nelsinho Trad por suspeita de fraude quando era prefeito». G1. 22 de janeiro de 2021. Consultado em 28 de junho de 2021 
  18. «Ex-prefeitos de Campo Grande são denunciados por fraude em licitações». G1. 3 de fevereiro de 2015. Consultado em 28 de junho de 2021 
  19. «Justiça determina bloqueio de até R$ 16 milhões dos três últimos ex-prefeitos de Campo Grande». G1. 12 de janeiro de 2018. Consultado em 28 de junho de 2021 

Precedido por
André Puccinelli
Prefeito de Campo Grande
2005 - 2012
Sucedido por
Alcides Bernal