Nerdanel

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Nerdanel
Personagem de O Silmarillion
Informações gerais
Criado por J. R. R. Tolkien
Características físicas
Espécie Elfo (Noldor)
Cor do cabelo Castanho
Família e relacionamentos
Família Filha de Mahtan;

Esposa de Fëanor; Mãe de Maedhros, Maglor, Celegorm, Caranthir, Curufin, Amrod e Amras; Avó de Celebrimbor

Nerdanel é um personagem fictício de O Silmarillion, de J. R. R. Tolkien. Também conhecida como Nerdanel, a Sábia, era a filha do ferreiro noldorin Mahtan e a esposa de Fëanor.

Biografia[editar | editar código-fonte]

Primeiros anos

Nerdanel era uma escultora habilidosa — criava estátuas tão realistas que à primeira impressão as pessoas julgavam-nas reais e, se não conhecessem a sua arte, tentavam falar com elas. Ela também esculpiu coisas da sua própria imaginação, que eram «fortes e estranhas, mas belas». Na sua juventude, Nerdanel adorava deambular pelas costas ou colinas de Aman. Numa dessas ocasiões conheceu Fëanor, e eles «foram companheiros em muitas viagens».

Muitos estranharam quando Nerdanel se casou com Fëanor, porque ela não era considerada d' «as mais belas do seu povo»[1]. Durante algum tempo, Fëanor não procurava o conselho de ninguém para além do dela, e ela conseguiu influenciar e conter o seu orgulhoso marido.[2]

Casamento e filhos

Nerdanel teve com Fëanor sete filhos — Maedhros, Maglor, Celegorm, Caranthir, Curufin, Amrod e Amras. Normalmente, os Elfos têm quatro filhos ou menos, e por tal o tamanho da sua família era particularmente notável.[1] Alguns dos seus filhos herdaram as suas cores, outros o seu caráter e paciência.

Quando Fëanor foi exilado para Formenos por ter desembainhado a espada contra o seu irmão, Nerdanel pediu permissão para ficar com Indis durante esse tempo. No entanto, os atos posteriores de Fëanor magoaram-na profundamente e eles acabaram por se afastar um do outro.[2]

Quando Nerdanel, que entretanto regressara à casa do pai, soube que o marido e os filhos planeavam partir para o exílio na Terra-média, implorou a Fëanor que deixasse com ela os filhos mais novos, Amrod e Amras, ou pelo menos um deles. A resposta de Fëanor foi que, se ela não o seguisse, seria uma esposa desleal por abandonar o seu marido e os seus filhos. Independentemente da resposta, Nerdanel recusou-se a segui-lo porque ouviu o aviso de Aulë de que «ela [a rebelião] no final só levará Fëanor e todos os seus filhos à morte». Como predito, ela perdeu todos os seus filhos na Terra-média.

Características[editar | editar código-fonte]

Apesar do seu pai (cujo nome significava "raposa") ser especificamente conhecido por ter uma cor de cabelo invulgar para um Noldo — cabelo ruivo ou castanho acobreado — ela tinha cabelo castanho. Através dela, esta cor vermelho-cobre foi passada para o seu filho mais velho, Maedhros, e para os seus filhos mais novos, Amrod e Amras. Não a consideravam a mais bonita do seu povo.

Com o epíteto de Sábia, ela era forte, livre de espírito e cheia de sede por conhecer. Apesar de ter uma vontade forte, era mais paciente do que o seu marido. Procurava compreender as mentes dos outros em vez de as dominar.

Etimologia[editar | editar código-fonte]

O nome Nerdanel é quenya, mas não lhe é dado nenhum significado claro nos escritos publicados de Tolkien. A versão original (e rejeitada) do seu nome era Istarnië.

O editor e linguista Patrick H. Wynne sugeriu que o elemento nerd- em Nerdanel derive talvez de nerdo ("homem grande e forte"), afirmando que o nome «pode referir-se à sua força de corpo e mente, e às suas buscas por ofícios mais comumente praticados por homens». Wynne também sugere que Istarnië deriva de quenya ista- ("saber"), aparentemente referindo-se ao seu "desejo de conhecimento".

Referências[editar | editar código-fonte]

[1] «The Morgoth's Ring.pdf». Google Docs. Consultado em 12 de novembro de 2023

[2] Tolkien, J. R. R: (2009). The Silmarillion. Mem Martins: Publicações Europa-América. pp. 67–69

  1. a b c «The Morgoth's Ring.pdf». Google Docs. Consultado em 12 de novembro de 2023 
  2. a b c Tolkien, J. R. R: (2009). The Silmarillion. Mem Martins: Publicações Europa-América. pp. 67–69