Neurotípico

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O cérebro de cada pessoa funciona de forma diferente

Neurotípico, ou neurologicamente típico (comumente abreviado para NT) é um neologismo amplamente utilizado na comunidade neurodivergente como um rótulo para pessoas que não possuem nenhuma neurodivergência. Em seu uso original, referia-se a qualquer um que não fosse autista ou "primo" com um cérebro "autista";[1] o termo foi posteriormente reduzido para se referir àqueles com neurologia estritamente típica, isto é, sem uma definição de distúrbio neurológico.

Em outras palavras, isso se refere a qualquer pessoa que não tenha nenhum transtorno no funcionamento psíquico, como autismo, transtorno de coordenação do desenvolvimento ou transtorno do déficit de atenção e hiperatividade. O termo foi posteriormente adotado tanto pelo movimento da neurodiversidade quanto pela comunidade científica.[2][3][4]

É um conceito um tanto impreciso, visto que não é possível determinar um padrão normal de funcionamento psíquico do qual os desvios fossem considerados doenças ou transtornos mentais.

Por outro lado, é consenso entre os especialistas que todas as pessoas apresentam problemas emocionais, comportamentais, sentimentais etc., em graus e durações variáveis, não sendo isto, portanto, critério suficiente para diagnóstico de qualquer distúrbio. Daí que entram na análise alguns fatores bastantes subjetivos, como adequação ao convívio social (depende de como família, amigos, professores, colegas de escola ou de trabalho relatam a interação com o indivíduo em questão e das normas, sempre questionáveis, impostas em cada situação) e, principalmente, do sofrimento relatado pela pessoa em decorrência do problema.

Ainda assim, é um conceito útil, servindo de referência como resultado aceitável para o tratamento do paciente.

Referências

  1. Sinclair, Jim (1998). «A note about language and abbreviations». Consultado em 31 de janeiro de 2015. Cópia arquivada em 6 de junho de 2008 
  2. Hare, D. J.; Jones, S.; Evershed, K. (novembro de 2006). «A comparative study of circadian rhythm functioning and sleep in people with Asperger syndrome». Autism. 10 (6): 565–575. PMID 17088273. doi:10.1177/1362361306068509 
  3. O'Connor, K.; Hamm, J. P.; Kirk, I. J. (outubro de 2005). «The neurophysiological correlates of face processing in adults and children with Asperger's syndrome». Brain and Cognition. 59 (1): 82–95. PMID 16009478. doi:10.1016/j.bandc.2005.05.004 
  4. Myles, Brenda Smith; Huggins, Abigail; Rome-Lake, Maleia; Hagiwara, Taku; Barnhill, Gena P.; Griswold, Deborah E. (dezembro de 2003). «Written language profile of children and youth with Asperger syndrome: From research to practice» (PDF). Education and Training in Developmental Disabilities. 38 (4): 362–369 
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