Noel Nutels
| Noel Nutels | |
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| Nascimento | 1913 Ananiv |
| Morte | 10 de fevereiro de 1973 (59–60 anos) Rio de Janeiro |
| Cidadania | Brasil |
| Ocupação | médico, cirurgião |
Noel Nutels (Ananiev, 1913 — Rio de Janeiro, 10 de fevereiro de 1973) foi um médico e indigenista judeu brasileiro, nascido na atual Ucrânia. Ainda menino, veio para o Brasil com os pais para morar em Recife, no estado de Pernambuco.[1]
Biografia[editar | editar código-fonte]
Sua família veio para o Brasil depois da I Guerra Mundial com o objetivo de escaparem da perseguição aos judeus, se instalando em São José da Laje.[2]
Em 1938, formou-se pela Faculdade de Medicina do Recife e, no mesmo ano, naturalizou-se brasileiro.[3] Em 1941, mudou-se para Botucatu, São Paulo, para trabalhar no Instituto Experimental de Agricultura. Foi o médico da primeira Expedição Roncador-Xingu, em 1943.
A partir desse primeiro contato com os índios, resolveu se dedicar à defesa das populações indígenas e à erradicação das doenças oriundas do contato com o homem branco. Em 1931, passou a ser médico do Serviço de Proteção ao Índio[4] (precursor da atual Fundação Nacional do Índio) e, em 1952, do Serviço Nacional de Tuberculose.
Noel Nutels idealizou e dirigiu o Serviço de Unidades Sanitárias Aéreas,[4] SUSA, criado em 1957 pelo Ministério da Saúde, que levou os serviços de saúde pública ao interior da selva amazônica. De 1963 a 1964 Nutels dirigiu o Serviço de Proteção ao Índio. Além de 50 trabalhos científicos publicados no Brasil e no exterior, lecionou em cursos e seminários, no Serviço de Proteção aos Índios, na Universidade de Brasília e em diversas universidades nacionais e estrangeiras.
Sua biografia serviu como pano de fundo para o livro A Majestade do Xingu de Moacyr Scliar.
Seu nome foi dado ao "Laboratório Noel Nutels".[4]
Ver também[editar | editar código-fonte]
- SPI
- Saúde pública
- Medicina indígena
- Darcy Ribeiro
- irmãos Villas Bôas
- Parque Indígena do Xingu
- Lista de brasileiros naturalizados
Referências
- ↑ Centenário de Noel Nutels, o médico dos índios, é esquecido
- ↑ Bastos 2003, pp. 28-29.
- ↑ Bastos 2003, p. 29.
- ↑ a b c Bastos 2003, p. 31.
Bibliografia[editar | editar código-fonte]
- Houaiss, Antônio, comp. 1974. Noel Nutels: Memórias e depoimentos. Rio de Janeiro: José Olympio.
- Lessa, Orígenes. 1978. O índio cor-de-rosa: Evocação de Noel Nutels. Rio de Janeiro: Codecri. 159 p.
- Bastos, Comandante Paulo de Mello (2003). Salvo Conduto (PDF) 2 ed. [S.l.]: Família Bastos. 212 páginas. ISBN 85-89853-02-0. OL 30752756M
