Sertralina

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
(Redirecionado de Novativ)
Sertralina
Alerta sobre risco à saúde
Nome IUPAC (1S)-cis-4-(3,4-diclorofenil)-
1,2,3,4-tetrahidro-N-metil-
1-naftalenamina
Identificadores
Número CAS 79617-96-2,79559-97-0 (Cloridrato de sertralina)
PubChem 68617
DrugBank APRD00175
ChemSpider 61881
Código ATC N06AB06
DCB n° 07963 (Sertralina)
07964 (Cloridrato de Sertralina)
Primeiro nome comercial ou de referência Tolrest (25 e 75 mg)
Zoloft (25, 50 e 100 mg)
Propriedades
Fórmula química C17H17Cl2N
Massa molar 306.23 g mol-1
Ponto de fusão

290–291 °C (Sertralina) [1]
243–245 °C (Cloridrato de sertralina) [2]

Farmacologia
Biodisponibilidade 44%
Via(s) de administração oral
Metabolismo hepático
Meia-vida biológica 22 a 36 horas
N-desmetilsertralina 62 a 104 horas[4]
Ligação plasmática 98 - 99%[3]
Excreção renal
(< 0,2%) inalterada[4]
Depuração 38 ± 14[3]
Concentrações máximas Após administração de unidoses diárias de 50 a 200 mg por 14 dias, via oral, atinge Cmáx4,5 a 8,4 h após a dose.[4]
Classificação legal

Lista de substâncias sujeitas a controle especial - Lista C1 (BR)



Riscos associados
Frases R -
Frases S S22 S24/25
LD50 336 mg·kg-1 (HCl, Camundongo, per os, LDLo) [5]
500 mg·kg-1 (HCl, Camundongo, per os, LD50) [2]
840 mg·kg-1 (HCl, Rato, per os, LDLo) [5]
2,857 mg·kg-1 (HCl, Homens, per os, TDLo)[6]
7 mg·kg-1 (HCl, Mulheres, per os, TDLo) [7]
Compostos relacionados
Compostos relacionados Tametraline (sem os dois Cl)
Indatralina (anel não-aromático pentagonal: (1R,3S)-3-(3,4-diclorofenil)-N-metil-2,3-diidro-1H-inden-1-amina)
Página de dados suplementares
Estrutura e propriedades n, εr, etc.
Dados termodinâmicos Phase behaviour
Solid, liquid, gas
Dados espectrais UV, IV, RMN, EM
Exceto onde denotado, os dados referem-se a
materiais sob condições normais de temperatura e pressão

Referências e avisos gerais sobre esta caixa.
Alerta sobre risco à saúde.

Sertralina (nomes comerciais: Zoloft, Tolrest, entre outros) é um antidepressivo da classe dos inibidores seletivos de recaptação de serotonina com ação menor como inibidor da recaptação de dopamina.

Indicações[editar | editar código-fonte]

A sertralina foi aprovada para as seguintes indicações: depressão maior, transtorno obsessivo-compulsivo, transtorno do stress pós-traumático, transtorno associado à tensão pré-menstrual, transtorno do pânico, distimia, fobia social, transtorno da ansiedade social e transtorno de ansiedade generalizada.[8]

Depressão[editar | editar código-fonte]

Os ensaios clínicos originais, antes da comercialização, demonstraram uma eficácia fraca a moderada da sertralina em relação à depressão.[9]

No entanto, um considerável corpo de pesquisa posterior estabeleceu-a como uma das drogas de escolha para o tratamento da depressão em pacientes de ambulatório. Apesar dos resultados negativos nos ensaios iniciais, a sertralina é muitas vezes usada também para tratar pacientes internados.[10] A sertralina é eficiente para a depressão severa[11] e para a distimia, uma condição menos severa e mais crônica de depressão. Em vários estudos duplo-cego, a sertralina foi, consistentemente, mais eficiente que o placebo, no que diz respeito à distimia[12][13][14][15] e comparável à imipramina.[13] A sertralina também trata a depressão em pacientes distímicos em um grau mais elevado em relação à terapia cognitivo-comportamental em grupo ou à psicoterapia interpessoal. Adicionando a psicoterapia à sertralina não se mostrou uma melhoria de resultados.[14][15] Estes resultados também foram confirmados num seguimento por dois anos de grupos tratados com sertralina e tratados com terapia interpessoal.[16] No tratamento da depressão acompanhada por transtorno obsessivo-compulsivo, a sertralina teve uma performance estatisticamente significativa em relação à desipramina, em relação a ambas as desordens.[17] A sertralina foi equivalente à imipramina para o tratamento da depressão com transtorno do pânico co-mórbido, mas foi melhor tolerado.[18] O tratamento com sertralina de pacientes depressivos com transtorno de personalidade co-mórbido, melhorou os seus traços de personalidade e a sua melhoria foi praticamente independente das melhorias da sua depressão.[19]

Comparação com antidepressivos tricíclicos[editar | editar código-fonte]

O efeito da sertralina nos sintomas principais da depressão é similar ao dos antidepressivos tricíclicos. Melhorias similares foram vistas em estudos comparativos com a clomipramina[11] e amitriptilina.[20][21] Ao mesmo tempo, a sertralina resultou numa taxa muito menor de efeitos colaterais em relação com a amitriptalina (49% contra 72% para a amitriptalina e 32% para o placebo), particularmente a boca seca, sonolência, prisão de ventre e aumento do apetite.[21] No entanto, houve mais casos de náuseas e disfunção sexual no grupo tratado com sertralina.[20][21] Os participantes que tomaram sertralina mostraram uma mais efectiva melhoria na qualidade de vida subjectiva, em medidas como satisfação no trabalho, sentimentos subjectivos, percepção da doença e funções cognitivas.[21]

Um grande estudo duplo-cego comparou a sertralina prescrita para depressão crónica (mais de dois anos) ou depressão com distimia, com o padrão para o tratamento da depressão, o tricíclico imipramina. A sertralina foi equivalente à imipramina para ambas as indicações durante as primeiras 12 semanas do estudo[22][23][24] e durante as 16 semanas da fase de continuação.[25] Apenas 11% dos pacientes que tomaram sertralina sofreram de efeitos secundários graves contra 24% da imipramina. Prisão de ventre, tonturas, tremores, boca seca, desordens urinárias e suores, foram observados com mais frequência com a imipramina, e diarreia e insónias com a sertralina.[23] Pacientes a tomar sertralina também reportaram melhor funcionamento social e físico. Os 30% dos pacientes tratados com sertralina ou imipramina que alcançaram uma remissão durante o ensaio, não diferiram da população saudável em medidas como o funcionamento marital, parental, físico e de trabalho, sendo próximos do normal em ajustamentos sociais e outras medidas de relacionamento interpessoal.[24]

Os antidepressivos tricíclicos são considerados terem melhores efeitos que os inibidores seletivos de recaptação de serotonina na depressão melancólica[26] e em pacientes internados,[27] mas não necessariamente para simples depressões mais severas.[28] Em linha com esta generalização, a sertralina não foi melhor que o placebo em doentes internados (ver História) e tão efectivo como a clomipramina na depressão severa.[11] A eficácia comparativa da sertralina e antidepressivos tricíclicos para a depressão melancólica não foi estudada. Uma revisão efectuada em 1998 sugeriu que, devido à sua farmacologia, a sertralina poderia ser mais eficaz que outros ISRS e igual aos tricíclicos para o tratamento da depressão melancólica.[29] Um posterior estudo com ensaio clínico aberto, com fundos da Pfizer, descobriu que a sertralina tinha eficácia igual em pacientes melancólicos em comparação com pacientes não-melancólicos, assim como em prévios pacientes não-respondentes aos tricíclicos em relação a todos os outros pacientes.[30]

Comparação com outros antidepressivos[editar | editar código-fonte]

De acordo com uma metanálise de 12 antidepresssivos de nova geração, a sertralina e o escitalopram são os melhores em termos de eficácia e aceitabilidade na fase aguda do tratamento em adultos com depressão major unipolar. reboxetina foi significantemente pior.[31]

Ensaios clínicos comparativos demonstraram que a eficácia da sertralina na depressão é similar à da moclobemida,[32] nefazodona,[33] escitalopram,[34] bupropiom,[35] citalopram, fluvoxamina, paroxetina e mirtazapina.[36] Comparada com pacientes a tomar bupropiom, os pacientes a tomar sertralina apresentaram taxas muito maiores de disfunção sexual (61% contra 10% nos homens e 41% contra 7% nas mulheres), náusea, diarreia, sonolência e suores, como também uma taxa maior de descontinuação devido a efeitos secundários (13% contra 3%).[35] Uma metanálise pela independente Colaboração Cochrane indicou que a sertralina é mais eficiente para o tratamento da depressão que a fluoxetina (Prozac), com uma probabilidade de resposta 1,4 vezes maior, e que é possivelmente melhor tolerada.[37] A maior vantagem da sertralina em relação à fluoxetina foi verificada entre os pacientes severamente deprimidos e os pacientes melancólicos com baixa ansiedade.[38] Estudos comparativos com sertralina e venlafaxina encontraram diferenças marginais a favor da venlafanina[39][40][41] ou mesmo sem diferenças.[42]

Depressão nos idosos[editar | editar código-fonte]

A sertralina usada no tratamento da depressão nos idosos (mais de 60 anos) foi tida como tendo uma eficácia superior à do placebo e comparável a outro inibidor seletivo de recaptação de serotonina, a fluoxetina, e aos tricíclicos amitriptilina, nortriptilina e imipramina. A sertralina mostrou ter taxas menores de efeitos adversos do que aqueles tricíclicos, com excepção das náuseas, que ocorreram com maior frequência com a sertralina. Em adição a estes factos, a sertralina pareceu ser mais eficaz que a fluoxetina ou a nortriptilina no subgrupo dos maiores de 70 anos.[43] Em ensaio realizados no ano de 2003, comparando a sertralina e um placebo, em pacientes idosos, mostrou uma melhoria estatisticamente significativa mas clinicamente muito modesta na depressão, e nenhuma melhoria na qualidade de vida.[44] Os autores foram muito criticados por Bernard Carroll, membro do FDA Psychopharmacological Drugs Advisory Committee,[45] por terem apresentado estes resultados como positivos.[46]

Transtorno obsessivo-compulsivo[editar | editar código-fonte]

Estudos controlados por placebo demonstraram que a sertralina era eficaz para o tratamento do transtorno obsessivo-compulsivo em adultos e crianças.[47][48][49][50] Foi mais bem tolerada e, baseado numa análise por intenção-de-tratar, teve uma actuação melhor que o padrão ouro para o tratamento do transtorno obsessivo-compulsivo, a clomipramina[51] A sertralina foi também marginalmente mais eficaz que a fluoxetina (Prozac).[52] É geralmente aceite que as doses de sertralina necessárias para o tratamento efectivo do transtorno são maiores que a dose normal para a depressão.[53] O começo da sua acção é também mais lenta para o transtorno em relação à depressão. A recomendação de tratamento é começar com metade da dose máxima recomendada por pelo menos dois meses. Depois disso, a dose pode ser elevada para o máximo recomendado em casos de resposta insatisfatória.[54] Se o paciente não responde à dose máxima recomendada de sertralina (200 mg), um sucessivo aumento da dose não melhorou significativamente as taxas de resposta.[55]

Os pacientes que respondem à sertralina durante ensaio de curta duração, sustentaram a sua melhoria quando o tratamento continuou por um ano[56] ou mais.[57] Ao mesmo tempo, o tratamento prolongado pode não ser necessário para todos. Num estudo duplo-cego, metade dos sujeitos que foram tratados com sucesso por um ano, foram privados da sertralina. Apenas 48% dos pacientes no grupo que sofreu a privação foram capazes de completar o estudo; no entanto, estes que completaram saíram-se tão bem com os que continuaram a tomar sertralina.[58]

A terapia cognitivo-comportamental, por si só, foi superior à sertralina em ambos os adultos e crianças; no entanto, os melhores resultados foram conseguidos com uma combinação destes tratamentos.[59][60] Uma análise menciona que a sertralina pode ser usada para o tratamento do transtorno obsessivo-compulsivo co-móbido com a síndrome de Tourette;[61] no entanto, a sertralina pode causar o exacerbar dos tiques provocados pela síndrome.[62]

Transtorno do pânico[editar | editar código-fonte]

Zoloft 25 mg & 50 mg comprimidos (EUA)
Zoloft 100 mg comprimidos (Suécia)

Em quatro estudos duplo-cego, a sertralina mostrou ser superior ao placebo para o tratamento do transtorno do pânico. A taxa de resposta foi independente da dose aplicada (50–200 mg). Em adição ao decréscimo da frequência de ataques de pânico em cerca de 80% (contra 45% para o placebo) e o decréscimo na ansiedade geral, o uso da sertralina resultou num aumento da qualidade de vida na maioria dos parâmetros. Os pacientes classificados como "com melhorias" com a sertralina reportaram uma melhor qualidade de vida do que aqueles classificados como "com melhoria" através do placebo. Os autores do estudo argumentaram que a melhoria alcançada com a sertralina é diferente e de uma qualidade melhor do que a melhoria alcançada com o placebo.[63][64] A sertralina foi igualmente efectiva para os homens e para as mulheres[64] e para paciente com ou sem agorafobia.[65] Tratamento previamente mal sucedido com benzodiazepinas não diminuíram a sua eficácia.[66] No entanto, a taxa de resposta foi menor para os pacientes com sintomas mais severos de pânico.[65] Estudos duplo-cego comparativos mostraram que a sertralina tinha os mesmos efeitos no transtornos de pânico como a paroxetina[67] ou como o padrão ouro para o tratamento do transtorno do pânico, o alprazolam (Xanax).[68] Apesar de imprecisa, a comparação dos resultados de ensaios de sertralina com ensaios separados com outros agentes anti-pânico (clomipramina (Anafranil), imipramina (Tofranil), clonazepam (Klonopin), alprazolam, fluvoxamina (Luvox) e paroxetina) indica um equivalência aproximada destas medicações.[63] Apesar de o transtorno do pânico ser considerado como uma condição crónica, o tratamento contínuo pode não ser necessário para toda a gente. Num ensaio duplo-cego de descontinuação, a paragem abrupta de tomar sertralina após um ano de tratamento com sucesso resultou em recaída em 33% dos pacientes contra 13% dos pacientes que continuaram a tomar sertralina nas 28 semanas seguintes. Os pacientes experimentaram síndrome de abstinência distinto, expresso primariamente através de insónias e vertigens, e os autores notaram que uma parte significativa da taxa de recidiva entre os pacientes de interromperam o tratamento podem ser provavelmente imputados à síndrome de abstinência.[69] Confirmando estas hipóteses, num outro estudo, a interrupção gradual da sertralina após 12 semanas de tratamento não levou ao retorno dos sintomas de pânico. No mesmo estudo, a interrupção de toma de paroxetina causou a exacerbação do pânico em cerca de um quinto dos paciente que anteriormente respondiam. Os autores atribuíram esta diferença à síndrome de abstinência mais severa com a paroxetina, que nem mesmo com interrupção por três semanas pôde remediar.[67]

Fobia social[editar | editar código-fonte]

A sertralina tem sido usada com sucesso no tratamento da fobia social (transtorno da ansiedade social).[70] Num estudo com dosagem flexível, pareceu que um intervalo de dosagem maior era necessário para uma resposta adequada. Mas, a melhoria foi conseguida de maneira lenta, separando da resposta pelo placebo apenas na semana seis, e continuando a aumentar até à semana 12.[71] A resposta foi maior entre os pacientes com um início tardio, especialmente em início em adultos, da doença.[72] Entre as diferentes escalas de avaliação, a melhoria global classificada por clínicos demonstrou as maiores diferenças em relação ao placebo, enquanto que a qualidade de vida auto-avaliada pelos pacientes diferiu do placebo apenas moderadamente. A melhoria mais significativa de qualidade de vida foi observada entre os doentes mais enfraquecidos.[71] Em adição aos componentes psicológicos da fobia social, como o medo ou fuga, a sertralina também melhorou alguns componentes psicológicos, como o corar e as palpitações, mas não os suores e os tremores.[73] Num ensaio comparativo placebo-controlado para a sertralina e terapia de exposição, a sertralina actuou de maneira significantemente melhor que o placebo, enquanto que a terapia de exposição resultou em melhorias apenas marginais. A combinação de sertralina e terapia de exposição não foi significativamente melhor que o tratamento só com a sertralina; no entanto, pareceu que a resposta foi conseguida mais rapidamente com o tratamento combinado.[74]

Desordem disfórica pré-menstrual[editar | editar código-fonte]

De acordo com vários estudos duplo-cego, a sertralina é eficiente na melhoria dos sintomas da desordem disfórica pré-menstrual, uma forma severa de tensão pré-menstrual. Melhoria significativa foi observada em 50–60% dos casos tratados com setralina contra 20-30% de casos tratados com placebo. A melhoria começou durante a primeira semana de tratamento, e em adição ao humor, irritabilidade e ansiedade, a melhoria foi reflectida num melhor funcionamento familiar, actividade social e qualidade de vida geral. Alguns sintomas como a turgidez, inchaço abdominal e sensibilidade mamária, tiveram uma resposta menor à sertralina.[75][76][77] Apesar dos bem conhecidos efeitos secundários sexuais da sertralina, uma melhoria significativa da função sexual foi conseguida pelo grupo que tomou sertralina comparado com o grupo a tomar placebo.[78] Uma comparação em três vias, da sertralina, com um inibidor de recaptação de norepinefrina e antidepressivo tricíclico, a desipramina, e o placebo, demonstraram a superioridade da sertralina, enquanto que a desipramina não actuou melhor que o placebo.[79] Tomar unicamente a sertralina durante a fase luteal, isto é, 12 a 14 dias antes da menstruação, mostrou funcionar tão bem como o tratamento contínuo.[78][80][81] Apesar de o tratamento na fase luteal poder ser mais aceitável para os pacientes, existiram indicações de que pelo fim de um período de três meses se torna menos tolerado do que o tratamento contínuo. Os autores do estudo sugeriram que o tratamento contínuo pode permitir que a tolerância aos efeitos secundários se desenvolva mais rapidamente.[78] Descobertas a partir de ensaios mais recentes (2006) indicam que o tratamento contínuo com doses subterapêuticas de sertralina (25 mg contra os usuais 50–100 mg) poder ambos responder à maior eficácia e minimização de efeitos secundários.[82]

Transtorno por estresse pós-traumático[editar | editar código-fonte]

Dois estudos duplo-cego placebo-controlados confirmaram a eficácia da sertralina para o transtorno por estresse pós-traumático severo e crónico, em civis, com uma duração média da doença de mais de dez anos. Assaltos físicos ou sexuais foram os eventos traumáticos de mais de 60% dos sujeitos e 75% destes eram mulheres. Para além do período de 12 semanas, 53-60% dos pacientes tratados com sertralina melhoraram muito contra 32-38% dos pacientes a tomar placebo.[83][84] O tratamento foi continuado por mais um ano com alguns dos participantes em ambos os ensaios; alguns dos pacientes que não responderam ao período de ensaio de 12 semanas inicial, melhoraram de maneira lenta, pelo que metade destes foram classificados como tendo respondido por altura fim das seguintes 24 semanas. Os autores notaram que a medicação funcionou melhor para aqueles com sintomas mais severos.[85][86] A interrupção do tratamento bem-sucedido após seis meses resultou no regresso dos sintomas do transtorno por estresse pós-traumático em 52% dos pacientes contra 16% daqueles que continuaram a tomar sertralina.[87] Tratamento a longo termo tem sido advogado para esses casos.[86]

Ensaios comparativos de 3 vias (placebo-sertralina-terceiro antidepressivo) com sertralina para o transtorno por estresse pós-traumático, mostraram que era melhor que o placebo e equivalente à venlafaxina(Effexor)[88] ou citalopram (Celexa),[89] e uma comparação de duas vias mostrou a mesma eficácia que a nefazodona (Serzone).[90] A sertralina não foi eficiente em veteranos os pacientes com transtorno por estresse pós-traumático relacionado com combates.[91][92]

Outras indicações[editar | editar código-fonte]

Dois ensaios clínicos placebo-controlados, com uso da sertralina para o transtorno de ansiedade generalizada foram já conduzidos. Enquanto que um estudo demonstrou melhorias altamente significativas em sintomas de ansiedade e depressão,[93] o outro estudo mostrou apenas melhorias marginais na ansiedade e melhorias insignificantes na qualidade de vida.[94] Pequenos estudos duplo-cegos para disfunções alimentares, tais como a hiperfagia,[95][96] a síndrome de alimentação nocturna[97] e a bulimia nervosa[98] indicaram a sua eficácia.

Apesar de a sertralina poder ser usada para o tratamento da ejaculação precoce[99] um estudo comparativo mostrou que era inferior a outro inibidor seletivo de recaptação de serotonina, a paroxetina.[100] Uma desvantagem geral dos inibidores seletivos de recaptação de serotonina é que requerem tratamento diário contínuo para que permitam um atraso significativo da ejaculação.[101] Para tratamento com uso ocasional, sob demanda, a clomipramina deu melhores resultados que a paroxetina num estudo,[102] enquanto que noutro estudo quer a setralina quer a clomipramina mostraram-se indistinguíveis em relação à técnica de "pause-squeeze" (pausa-apertar) e inferiores à paroxetina.[103] A pesquisa mais recente, conduzida em 2007, sugere que o tratamento sob demanda com sildenafila (Viagra) oferece uma melhoria dramática no atraso da ejaculação e na satisfação sexual comparada para a toma de paroxetina diária,[104] com a toma sob demanda de sertralina, paroxetina ou clomipramina,[103] e com a técnica de pausa-apertar.[103][104]

Um pequeno estudo sugere que a sertralina pode ajudar algumas crianças e adolescentes com síncope vasovagal refratária.[105] Relatórios de casos subsequentes indicaram que a sertralina pode ela própria causar síncope em adolescentes[106] e que o tratamento da síncope com sertralina pode torná-la mais frequente.[107][108]

Em 2015, pesquisadores que procuravam um novo tratamento contra o ebola encontraram 2.700 compostos promissores. Eles testaram cada um em culturas de células e descobriram que 171 pareceram ter alguma atividade antiviral contra o vírus Ebola. O time da pesquisadora, Lisa Johansen, infectou animais com Ebola e descobriu que de uma série de medicamentos, dois deles impediram os ratos de adoecerem.[109] Setenta por cento do grupo que recebeu o antidepressivo Sertralina, e 100 por cento do grupo que recebeu o bloqueador dos canais de cálcio, Vascor, sobreviveram.[110]

Efeitos adversos[editar | editar código-fonte]

De acordo com a Pfizer, a sertralina é contraindicado em indivíduos que estejam a tomar inibidores da monoamina oxidase ou o antipsicótico pimozida (Orap). O concentrado de sertralina contém álcool e é portanto contraindicado juntamente com dissulfiram. A informação de prescrição recomenda que o tratamento de pacientes mais idosos e de pacientes com deficiências hepáticas deve ser feita com cuidado. Devido à eliminação mais lenta da sertralina nestes grupos, a sua exposição à sertralina pode ser tão alta como três vezes a exposição média para a mesma dose.[111]

Entre os efeitos adversos mais comuns associados à toma de sertralina e listados na informação de prescrição, aqueles que possuem uma maior diferença em relação ao placebo são: a náusea (25% contra 11% para o placebo), falha na ejaculação (14% contra 1% para o placebo), diarreia (20% contra 10% para o placebo), boca seca (14% contra 8% para o placebo), sonolência (13% contra 7% para o placebo), vertigem (12% contra 7% para o placebo), tremor (8% contra 2% para o placebo) e líbido diminuída (6% contra 1% para o placebo).[111] Aqueles efeitos que mais frequentemente resultaram de interrupção do tratamento foram a náusea (3%), diarreia (2%) e insónia (2%).[111] A sertralina parece estar associada com a colite microscópica, uma condição rara de etiologia desconhecida.[112]

A acatisia causada pela sertralina foi observada em 16% dos pacientes numa série de estudos de casos clínicos.[113] Este facto e dados de outros relatórios[114][115][116] notam que a acatisia começa logo após o início do tratamento ou após um aumento de dosagem, muitas vezes várias horas após a toma do medicamento. A acatisia normalmente desaparece após vários dias da administração com sertralina ter finalizado ou da dose ser diminuída. Em alguns casos, médicos confundiram a acatisia com ansiedade e aumentaram a dose de sertralina, causando uma pioria dos sintomas dos doentes.[116] Especialistas fazem notar que devido à ligação da acatisia com o suicídio e ao desconforto que causa ao paciente,que "é de vital importância consciencializar os clínicos e pacientes dos sintomas desta condição relativamente comum".[117][118]

Para períodos de tratamento com sertralina superiores a seis meses, para a depressão, os doentes mostraram um insignificante aumento de peso (0,1%).[119] Similarmente, o longo tratamento, de 30 meses, com sertralina, para o tratamento de transtorno obsessivo-compulsivo, resultou num ganho médio de peso de 1,5% (1 kg).[120] Apesar de a diferença não ter atingido significância estatística, o ganho de peso foi menor no caso da fluoxetina (Prozac) (1%) mas maior no caso do citalopram, da fluvoxamina e paroxetina (2,5%). Apenas 4,5% do grupo tratado com sertralina ganhou uma grande quantidade de peso (definido com um aumento superior a 7%). Este resultado compara favoravelmente com o placebo, com o qual, de acordo com a literatura, 3% a 6% dos pacientes ganharam mais de 7% do seu peso inicial. O grande aumento de peso foi apenas observado entre membros do grupo tratado com sertralina do sexo feminino. A significância desta descoberta não é clara visto que o grupo ter um número de pacientes reduzido.[120]

Depois de um tratamento de duas semanas levado a cabo com voluntários saudáveis, a sertralina aumentou ligeiramente a fluência verbal mas não afectou a aprendizagem de palavras, a memória a curto prazo, o estado de alerta, o tempo de fusão de cintilização, o tempo de reação com dupla escolha, a memória operacional ou a coordenação psicomotora.[121][122] Apesar de uma classificação subjectiva menor, ou seja, a sensação de que a performance foi menor, não foram observadas diferenças clinicamente relevantes na performance cognitiva objectiva num grupo de pessoas tratadas à depressão com sertralina por 1,5 anos, comparado com controlos com pessoas saudáveis.[123] Em crianças e adolescentes a tomar sertralina por seis meses para combater desordens de ansiedade, 18 em 20 medidas de memória, atenção e de estado de alerta permaneceram inalterados. a atenção dividida foi melhorada e a memória verbal sob condições de interferência diminuíram marginalmente. Devido ao grande número de medidas utilizadas, é possível que estas mudanças pudessem ter sido derivadas de efeitos probabilísticos.[124]

Sobredosagem[editar | editar código-fonte]

A sobredosagem aguda é muitas vezes manifestada por vómitos, letargia, ataxia, taquicardia e convulsões. As concentrações de sertraline e norsertralina no plasma, soro ou sangue, podem ser medidas para confirmar um diagnóstico de intoxicação em doentes hospitalizados ou para ajudar em investigações medico-legais relacionadas com fatalidades.[125]

Defeitos congénitos e efeitos em lactentes[editar | editar código-fonte]

Os estudos que comparam os níveis de sertralina e do seu principal metabolito, a desmetilsertralina, no sangue materno, com a sua concentração no sangue do cordão umbilical na altura do parto, indicam que a exposição do feto à sertralina e ao seu metabolito é aproximadamente um terço da exposição materna.[126][127] O uso de sertralina durante o primeiro trimestre da gravidez foi associado com o aumento da probabilidade de ocorrerem das seguintes condições: onfalocele congénita, atresia anal e defeitos de redução dos membros e também defeitos septais.[128] Concentrações de sertralina e desmetilsertralina no leite materno é altamente variável e, em média, é da mesma ordem de magnitude da concentração no plasma sanguíneo da mãe. Como resultado, mais de metade dos bebés alimentados com leite materno recebem menos que 2 mg/dia de sertralina e desmetilsertralina combinadas e na maioria dos casos estas substâncias permanecem indetectáveis no seu sangue.[129] Não foram detectadas mudanças na captação de serotonina pelas plaqueta de bebés alimentados com leite materno, medidas pelos níveis de serotonina no seu sangue antes e depois das mães terem iniciado o tratamento com sertralina.[130]

Efeitos sexuais adversos[editar | editar código-fonte]

Tal como outros inibidores selectivos da recaptação de serotonina, a sertralina é associada com efeitos sexuais secundários, incluindo problemas de erecção e dificuldades em atingir o orgasmo. A frequência observada de efeitos sexuais secundários depende grandemente se estes são relatados espontaneamente pelos pacientes ou por solicitação médica. Têm havido vários estudos duplo-cego relativos a efeitos sexuais secundários que comparam a sertralina com placebo ou outros antidepressivos.[131] Enquanto que a nefazodona e a bupropiona não apresentaram efeitos negativos no funcionamento sexual, 67% dos homens a tomar sertralina experimentaram dificuldades na ejaculação contra 18% antes do tratamento[131] (ou 61% contra 0% noutro artigo[35]). De maneira similar, num grupo de mulheres que inicialmente não tinham dificuldades em atingir o orgasmo, 41% adquiriram esse problema durante o tratamento com sertralina.[35] Uma taxa de 40% de disfunção orgásmica (contra 9% para o placebo) foi observada num grupo misto num outro estudo[132] Problemas de excitação sexual, definidas como "lubrificação e tumefacção inadequadas nas mulheres e dificuldades de erecção nos homens", ocorreram em 12% dos pacientes tratados com sertralina, comparados com 1% para o placebo. O efeito de melhoramento de humor resultante do tratamento com sertralina contrabalançou estes efeitos secundários, de modo que o desejo sexual e satisfação geral com o sexo permaneceram inalterados quando comparados com o período antes do tratamento. No entanto, sob acção do placebo, o desejo e a satisfação aumentaram ligeiramente.[132]

Suicidalidade[editar | editar código-fonte]

A Food and Drug Administration (FDA) impõe que todos os antidepressivos, incluindo a sertralina, possuam um aviso "caixa negra" que refira que os antidepressivos aumentam o risco de suicídio em pessoas menores de 25 anos de idade. Este aviso é baseado em análises estatísticas conduzidas por dois grupos independentes de especialista da FDA, que encontraram um aumento de 2 vezes no comportamento e ideação suicida em crianças e adolescentes e um aumento de 1,5 vezes na suicidalidade no grupo etário dos 18-24 anos.[133][134][135]

O comportamento e a ideação suicida, em ensaios clínicos, são raros. Para a análise referida acima, a FDA combinou os resultados de 295 ensaios de 11 antidepressivos para indicações psiquiátricas, com vista a obter resultados estatisticamente significantes. Considerado de maneira separada, o uso de sertralina em adultos diminui as hipóteses de suicídio, com uma significância estatística marginal de 37%[135] ou 50%[134] dependendo da análise estatística usada. Os autores da análise efectuada pela FDA notam que "dado o grande número de comparações feitas nesta revisão, efeitos aleatórios são uma explicação plausível para esta diferença"[134] The more complete data submitted later by the sertraline manufacturer Pfizer indicated increased suicidality.[136] De maneira similar, a análise conduzida pela agência britânica Medicines and Healthcare products Regulatory Agency encontrou um aumento de 50% na hipótese de eventos relacionados com suicídio, não alcançando significância estatística nos pacientes que tomaram sertralina quando comparados com os que tomaram um placebo.[137][138]

Síndrome de descontinuação[editar | editar código-fonte]

A interrupção abrupta da toma de sertralina pode resultar em síndrome de interrupção ou descontinuação. Esta síndrome ocorreu em 60% dos pacientes com remissão de depressão que foram dispensados de usar sertralina, num estudo de descontinuação cego, quando comparado com 14% dos pacientes a tomar fluoxetina e 66% dos pacientes a tomar paroxetina.[139] Durante o período de 5 a 8 dias em que a sertralina foi temporariamente substituída por placebo, os sintomas mais frequentes (relatados por mais de uma quarto dos pacientes) foram a irritabilidade, agitação, vertigens, dores de cabeça, nervosismo, choro, labilidade emocional, sonhos incómodos e ira. Cerca de um terço mostraram pioria no estado de humor a nível geralmente associado a um episódio depressivo maior.[139] Num estudo duplo-cego com pacientes com remissão de transtorno de pânico, a interrupção abrupta de sertralina aumentou os níveis de insónia e vertigens (ambos a 16-17% contra 4% para o caso da continuação de tratamento), apesar de a dor de cabeça, depressão e mal estar não terem aumentado de maneira significativa.[69] Noutro estudo duplo-cego com pacientes recuperados de transtorno do pânico, a síndrome de descontinuação foi completamente evitado quando a sertralina foi gradualmente descontinuada por um período de três semanas, enquanto que os pacientes a tomar paroxetina continuaram a sofrer da síndrome.[67]

Mecanismo de acção[editar | editar código-fonte]

A sertralina é em primeiro lugar um inibidor seletivo da recaptação de serotonina (ISRS). Doses terapêuticas de sertralina (50–200 mg/dia) tomadas por pacientes num período de quatro semanas resultaram numa inibição de 80-90% do transportador de serotonina no corpo estriado medida por tomografia por emissão de positrões. uma dose diária de 9 mg foi suficiente para inibir 50% do transportador.[140] A sertralina é também um inibidor da recaptação de dopamina, com 1% da sua potência como IRS,[141] um antagonista do receptor σ1 (sigma 1), com 5% da sua potência como IRS,[142] o antagonismo ao receptor Sigma1 pode ser a causa da sertralina estar mais relacionada a diarréia. É um antagonista do adrenoreceptor-α1, com 1-10% da sua potência IRS.[141][143]

Farmacocinética[editar | editar código-fonte]

A sertralina é absorvida lentamente quando tomada por via oral, atingindo a sua máxima concentração plasmática 4 a 6 horas após a ingestão. No sangue, tem 98,5% de Ligação a proteínas plasmáticas. A sua meia-vida no corpo é de 13 a 45 horas e, em média, é 1,5 vezes maior no sexo feminino (32 horas) do que no sexo masculino (22 horas), levando a uma exposição 1,5 vezes maior nas mulheres.[144] De acordo com estudos in vitro, a sertralina é metabolizada por múltiplas isoformas do citocromo 450: CYP2D6, CYP2C9, CYP2B6, CYP2C19 e CYP3A4. Transpareceu ser improvável que a inibição de qualquer isoforma isoladamente poder causar mudanças clinicamente significativas na farmacocinética da sertralina.[145][146] Nenhuma diferença na farmacocinética da sertralina foi observada entre pessoas com altas ou baixas actividades de CYP2D6;[147] no entanto, metabolizadores de CYP2C19 pouco eficazes possuem níveis de sertralina 1,5 vezes superior ao normal.[148] Dados de estudos in vitro também indicam que a inibição da CYP2B6 pode ter ainda efeitos maiores que a inibição de CYP2C19, enquanto que a contribuição da CYP2C9 e CYP3A4 para o metabolismo da sertralina seria menor. Estas conclusões não foram verificadas em estudos com humanos.[146] A sertralina pode ser desaminada in vitro por monoamina oxidases; no entanto, esta via metabólica nunca foi estudada in vivo.[146] O metabolito principal da sertralina, a desmetilsertralina, é cerca de 50 vezes mais fraca como inibidor do transportador de serotonina que a sertralina e o seu efeito clínico é negligenciável.[143]

Interacções[editar | editar código-fonte]

A sertralina é um moderado inibidor de CYP2D6 e CYP2B6, in vitro.[149] De acordo com esses factos, em ensaios em humanos provocou um aumento dos níveis de substratos de CYP2D6 como o metoprolol, o dextrometorfano, a desipramina, a imipramina e a nortriptilina, assim como o substrato de CYP3A4/CYP2D6, o haloperidol.[150][151][152] Este efeito é dependente da dose administrada; por exemplo, co-administração com 50 mg de sertralina resultou numa exposição 20% maior à desipramina, enquanto que 150 mg de sertralina levou a um aumento de 70%.[144][153] Num estudo placebo-controlado, a administração concomitante de sertralina e metadona causou um aumento de 40% nos níveis sanguíneos desta última, que é primariamente metabolizada pela CYP2B6.[154]

A sertralina mostrou ter um pequeno efeito inibidor no metabolismo do diazepam, da tolbutamina e da varfarina, que são substratos da CYP2C9 ou da CYP2C19; este efeito não foi considerado como clinicamente relevante.[144] Como esperado de dados obtidos de estudos in vitro, a sertralina não alterou o metabolismo humano dos substratos da CYP3A4, a eritromicina, o alprazolam, a carbamazepina, o clonazepam e a terfenadina; também não afectou o metabolismo do substrato da CYP1A2, a clozapine.

A sertralina não teve efeitos nas acções da digoxina e do atenolol, que não são metabolizados no fígado.[111][144][149][155] Relatos de casos sugerem que a toma de sertralina com fenitoína e zolpidem pode induzir o metabolismo da sertralina e reduzir a sua eficácia,[156][157] e que a toma de sertralina com lamotrigina pode aumentar o nível sanguíneo de lamotrigina, possivelmente através da inibição da glucuronidação.[158]

Relatos clínicos indicam que a interação entre a sertralina e o inibidor da monoamina oxidase, isocarboxazida, e a tranilcipromina, pode resultar em síndrome da serotonina. Num estudo placebo-controlado no qual a sertralina foi co-administrado com lítio, 35% das pessoas experimentaram tremores, enquanto que nenhuma das que tomava placebo experimentou tal efeito.[144]

Sertralina não potencializa os efeitos do álcool, mas o uso concomitante deve ser evitado, esta associação é classificada como moderada.[159] Apresentaa, de acordo com o site Drugs.com com 802 fármacos e com 7 tipos de doenças.[160]

Dosagem usual[editar | editar código-fonte]

O cloridrato de sertralina está disponível em apresentações de comprimidos de 25 mg, 50 mg, 75 mg e 100 mg. A dose máxima diária é de 200 mg, ingerida uma vez ao dia ou em doses fracionadas.[161][162]

História[editar | editar código-fonte]

No início dos anos 1970, os químicos farmacêuticos da Pfizer produziram uma nova série de compostos psicoativos, dos quais a Tametralina a mais promissora. No entanto, o desenvolvimento de tametralina foi interrompido em breve devido às suas propriedades Estimulante.

Vários anos depois, em 1977, o cientista Kenneth Koe (bioquímico) e Willard Welch (químico) foram capazes de sintetizar e testar alguns derivados da tametralina anteriormente inexplorados. Em seguida, Willard Welch produziu estereoisômeros do candidato mais provável, e eles testaram In vivo pelo cientista de comportamento animal Albert Weissman. O isômero cis (+) - seletivo mais potente e seletivo foi desenvolvido e eventualmente se tornou sertralina.

A descoberta da molécula da sertralina foi uma fortuna. Naquela época, durante o desenvolvimento da sertralina, a Pfizer estava considerando o licenciamento de um candidato antidepressivo de outra empresa. E os cientistas tiveram que superar as intenções iniciais da Pfizer de parar o desenvolvimento da sertralina.[163]

Referências

  1. Hermann Hager, Franz von Bruchhausen: Hagers Handbuch der pharmazeutischen Praxis. Folgeband 5: Stoffe L–Z. Springer, 1999, ISBN 9783540626466, S. 563–565
  2. a b Thieme Chemistry, ed. (2009). RÖMPP Online - Version 3.3. Stuttgart: Georg Thieme Verlag KG 
  3. a b Goodman & Gilman. As bases farmacológicas da terapêutica. [tradução da 10. ed. original, Carla de Melo Vorsatz. et al] Rio de Janeiro: McGraw-Hill, 2005.
  4. a b c Pfizer. «Bula do Zoloft® (cloridrato de sertralina)» (PDF). Consultado em 4 de junho de 2010 [ligação inativa]
  5. a b Drug and Chemical Toxicology. Vol. 21, Pg. 163, 1998.
  6. Shinkei Seishin Yakuri. Neuropsychopharmacology. Vol. 19, Pg. 395, 1997.
  7. Journal of Clinical Psychiatry. Vol. 54, Pg. 432, 1993.
  8. «CLORIDRATO DE SERTRALINA». Consultado em 4 de fevereiro de 2018 
  9. Turner EH, Matthews AM, Linardatos E, Tell RA, Rosenthal R (janeiro de 2008). «Selective publication of antidepressant trials and its influence on apparent efficacy». N. Engl. J. Med. 358 (3): 252–60. PMID 18199864. doi:10.1056/NEJMsa065779 
  10. Por exemplo, neste estudo dois terços dos pacientes internados deprimidos foram tratados com sertralina e apenas um terço com amitriptilina. Schramm E, van Calker D, Dykierek P, Lieb K, Kech S, Zobel I, Leonhart R, Berger M (2007). «An intensive treatment program of interpersonal psychotherapy plus pharmacotherapy for depressed inpatients: acute and long-term results». Am J Psychiatry. 164 (5): 768–77. PMID 17475736. doi:10.1176/appi.ajp.164.5.768 
  11. a b c Lépine JP, Goger J, Blashko C, Probst C, Moles MF, Kosolowski J, Scharfetter B, Lane RM (2000). «A double-blind study of the efficacy and safety of sertraline and clomipramine in outpatients with severe major depression». International Clinical Psychopharmacology. 15 (5): 263–71. PMID 10993128. doi:10.1097/00004850-200015050-00003 
  12. Ravindran AV, Guelfi JD, Lane RM, Cassano GB (2000). «Treatment of dysthymia with sertraline: a double-blind, placebo-controlled trial in dysthymic patients without major depression». The Journal of Clinical Psychiatry. 61 (11): 821–7. PMID 11105734 
  13. a b Thase ME, Fava M, Halbreich U, Kocsis JH, Koran L, Davidson J, Rosenbaum J, Harrison W (1996). «A placebo-controlled, randomized clinical trial comparing sertraline and imipramine for the treatment of dysthymia». Arch. Gen. Psychiatry. 53 (9): 777–84. PMID 8792754 
  14. a b Ravindran AV, Anisman H, Merali Z, Charbonneau Y, Telner J, Bialik RJ, Wiens A, Ellis J, Griffiths J (1999). «Treatment of primary dysthymia with group cognitive therapy and pharmacotherapy: clinical symptoms and functional impairments». Am J Psychiatry. 156 (10): 1608–17. PMID 10518174 
  15. a b Markowitz JC, Kocsis JH, Bleiberg KL, Christos PJ, Sacks M (2005). «A comparative trial of psychotherapy and pharmacotherapy for "pure" dysthymic patients». J Affect Disord. 89 (1–3): 167–75. PMID 16263177. doi:10.1016/j.jad.2005.10.001 
  16. Browne G, Steiner M, Roberts J, Gafni A, Byrne C, Dunn E, Bell B, Mills M, Chalklin L, Wallik D, Kraemer J (2002). «Sertraline and/or interpersonal psychotherapy for patients with dysthymic disorder in primary care: 6-month comparison with longitudinal 2-year follow-up of effectiveness and costs». J Affect Disord. 68 (2-3): 317–30. PMID 12063159. doi:10.1016/S0165-0327(01)00343-3 
  17. Hoehn-Saric R, Ninan P, Black DW, Stahl S, Greist JH, Lydiard B, McElroy S, Zajecka J, Chapman D, Clary C, Harrison W (2000). «Multicenter double-blind comparison of sertraline and desipramine for concurrent obsessive-compulsive and major depressive disorders». Arch. Gen. Psychiatry. 57 (1): 76–82. PMID 10632236. doi:10.1001/archpsyc.57.1.76 
  18. Lepola U, Arató M, Zhu Y, Austin C (2003). «Sertraline versus imipramine treatment of comorbid panic disorder and major depressive disorder». J Clin Psychiatry. 64 (6): 654–62. PMID 12823079 
  19. Ekselius L, von Knorring L (1998). «Personality disorder comorbidity with major depression and response to treatment with sertraline or citalopram». Int Clin Psychopharmacol. 13 (5): 205–11. PMID 9817625. doi:10.1097/00004850-199809000-00003 
  20. a b Reimherr FW, Chouinard G, Cohn CK, Cole JO, Itil TM, LaPierre YD, Masco HL, Mendels J (1990). «Antidepressant efficacy of sertraline: a double-blind, placebo- and amitriptyline-controlled, multicenter comparison study in outpatients with major depression». J Clin Psychiatry. 51 Suppl B: 18–27. PMID 2258378 
  21. a b c d Lydiard RB, Stahl SM, Hertzman M, Harrison WM (1997). «A double-blind, placebo-controlled study comparing the effects of sertraline versus amitriptyline in the treatment of major depression». The Journal of Clinical Psychiatry. 58 (11): 484–91. PMID 9413414 
  22. Rush AJ, Koran LM, Keller MB, Markowitz JC, Harrison WM, Miceli RJ, Fawcett JA, Gelenberg AJ, Hirschfeld RM, Klein DN, Kocsis JH, McCullough JP, Schatzberg AF, Thase ME (1998). «The treatment of chronic depression, part 1: study design and rationale for evaluating the comparative efficacy of sertraline and imipramine as acute, crossover, continuation, and maintenance phase therapies». J Clin Psychiatry. 59 (11): 589–97. PMID 9862605 
  23. a b Keller MB, Gelenberg AJ, Hirschfeld RM, Rush AJ, Thase ME, Kocsis JH, Markowitz JC, Fawcett JA, Koran LM, Klein DN, Russell JM, Kornstein SG, McCullough JP, Davis SM, Harrison WM (1998). «The treatment of chronic depression, part 2: a double-blind, randomized trial of sertraline and imipramine». The Journal of Clinical Psychiatry. 59 (11): 598–607. PMID 9862606 
  24. a b Miller IW, Keitner GI, Schatzberg AF, Klein DN, Thase ME, Rush AJ, Markowitz JC, Schlager DS, Kornstein SG, Davis SM, Harrison WM, Keller MB (1998). «The treatment of chronic depression, part 3: psychosocial functioning before and after treatment with sertraline or imipramine». The Journal of Clinical Psychiatry. 59 (11): 608–19. PMID 9862607 
  25. Koran LM, Gelenberg AJ, Kornstein SG, Howland RH, Friedman RA, DeBattista C, Klein D, Kocsis JH, Schatzberg AF, Thase ME, Rush AJ, Hirschfeld RM, LaVange LM, Keller MB (2001). «Sertraline versus imipramine to prevent relapse in chronic depression». Journal of Affective Disorders. 65 (1): 27–36. PMID 11426506. doi:10.1016/S0165-0327(00)00272-X 
  26. Parker G, Roy K, Wilhelm K, Mitchell P (2001). «Assessing the comparative effectiveness of antidepressant therapies: a prospective clinical practice study». J Clin Psychiatry. 62 (2): 117–25. PMID 11247097 
  27. Anderson IM (1998). «SSRIS versus tricyclic antidepressants in depressed inpatients: a meta-analysis of efficacy and tolerability». Depress Anxiety. 7 Suppl 1: 11–7. PMID 9597346. doi:10.1002/(SICI)1520-6394(1998)7:1+<11::AID-DA4>3.0.CO;2-I 
  28. Hirschfeld RM (1999). «Efficacy of SSRIs and newer antidepressants in severe depression: comparison with TCAs». J Clin Psychiatry. 60 (5): 326–35. PMID 10362442 
  29. Amsterdam JD (1998). «Selective serotonin reuptake inhibitor efficacy in severe and melancholic depression». J. Psychopharmacol. (Oxford). 12 (3 Suppl B): S99–111. PMID 9808081 
  30. Lydiard RB, Perera P, Batzar E, Clary CM (1999). «From the Bench to the Trench: A Comparison of Sertraline Treatment of Major Depression in Clinical and Research Patient Samples». Prim Care Companion J Clin Psychiatry. 1 (5): 154–162. PMID 15014677 
  31. Cipriani, A; Toshiaki A Furukawa, Georgia Salanti, John R Geddes, et al. (janeiro de 2009). ElsevierThe Lancet. 373 (9665): 746-758. PMID 19185342. doi:10.1016/S0140-6736(09)60046-5. Resumo divulgativoThe Washington Post (29 de janeiro de 2009) 
  32. Papakostas GI, Fava M (2006). «A metaanalysis of clinical trials comparing moclobemide with selective serotonin reuptake inhibitors for the treatment of major depressive disorder». Canadian Journal of Psychiatry. Revue Canadienne de Psychiatrie. 51 (12): 783–90. PMID 17168253 
  33. Feiger A, Kiev A, Shrivastava RK, Wisselink PG, Wilcox CS (1996). «Nefazodone versus sertraline in outpatients with major depression: focus on efficacy, tolerability, and effects on sexual function and satisfaction». The Journal of Clinical Psychiatry. 57 Suppl 2: 53–62. PMID 8626364 
  34. Ventura D, Armstrong EP, Skrepnek GH, Haim Erder M (2007). «Escitalopram versus sertraline in the treatment of major depressive disorder: a randomized clinical trial». Current Medical Research and Opinion. 23 (2): 245–50. PMID 17288677. doi:10.1185/030079906X167273 
  35. a b c d Kavoussi RJ, Segraves RT, Hughes AR, Ascher JA, Johnston JA (1997). «Double-blind comparison of bupropion sustained release and sertraline in depressed outpatients». The Journal of Clinical Psychiatry. 58 (12): 532–7. PMID 9448656 
  36. For the review, see:Hansen RA, Gartlehner G, Lohr KN, Gaynes BN, Carey TS (2005). «Efficacy and safety of second-generation antidepressants in the treatment of major depressive disorder». Ann. Intern. Med. 143 (6): 415–26. PMID 16172440 
  37. Cipriani A, Brambilla P, Furukawa T, Geddes J, Gregis M, Hotopf M, Malvini L, Barbui C (2005). «Fluoxetine versus other types of pharmacotherapy for depression». Cochrane Database of Systematic Reviews (Online) (4): CD004185. PMID 16235353. doi:10.1002/14651858.CD004185.pub2 
  38. Flament MF, Lane RM, Zhu R, Ying Z (1999). «Predictors of an acute antidepressant response to fluoxetine and sertraline». Int Clin Psychopharmacol. 14 (5): 259–75. PMID 10529069. doi:10.1097/00004850-199914050-00001 
  39. Mehtonen OP, Søgaard J, Roponen P, Behnke K (2000). «Randomized, double-blind comparison of venlafaxine and sertraline in outpatients with major depressive disorder. Venlafaxine 631 Study Group». The Journal of Clinical Psychiatry. 61 (2): 95–100. PMID 10732656 
  40. Shelton RC, Haman KL, Rapaport MH, Kiev A, Smith WT, Hirschfeld RM, Lydiard RB, Zajecka JM, Dunner DL (2006). «A randomized, double-blind, active-control study of sertraline versus venlafaxine XR in major depressive disorder». The Journal of Clinical Psychiatry. 67 (11): 1674–81. PMID 17196045 
  41. Wise TN, Sheridan MJ (2000). «Venlafaxine versus sertraline for major depressive disorder». The Journal of Clinical Psychiatry. 61 (11): 873–4. PMID 11105744 
  42. Sir A, D'Souza RF, Uguz S, George T, Vahip S, Hopwood M, Martin AJ, Lam W, Burt T (2005). «Randomized trial of sertraline versus venlafaxine XR in major depression: efficacy and discontinuation symptoms». The Journal of Clinical Psychiatry. 66 (10): 1312–20. PMID 16259546 
  43. Muijsers RB, Plosker GL, Noble S (2002). «Sertraline: a review of its use in the management of major depressive disorder in elderly patients». Drugs & Aging. 19 (5): 377–92. PMID 12093324 
  44. Schneider LS, Nelson JC, Clary CM, Newhouse P, Krishnan KR, Shiovitz T, Weihs K (2003). «An 8-week multicenter, parallel-group, double-blind, placebo-controlled study of sertraline in elderly outpatients with major depression». Am J Psychiatry. 160 (7): 1277–85. PMID 12832242. doi:10.1176/appi.ajp.160.7.1277 
  45. «Bernard J. Caroll». Vanderbilt University Medical Center. Consultado em 11 de julho de 2008. Cópia arquivada em 7 de Setembro de 2006 
  46. Carroll BJ (2004). «Sertraline and the Cheshire cat in geriatric depression». Am J Psychiatry. 161 (4): 759; author reply 759–61. PMID 15056533. doi:10.1176/appi.ajp.161.4.759 
  47. Kronig MH, Apter J, Asnis G, Bystritsky A, Curtis G, Ferguson J, Landbloom R, Munjack D, Riesenberg R, Robinson D, Roy-Byrne P, Phillips K, Du Pont IJ. (1999). «Placebo-controlled, multicenter study of sertraline treatment for obsessive-compulsive disorder». Journal of Clinical Psychopharmacology. 19 (2): 172–176. PMID 10211919. doi:10.1097/00004714-199904000-00013 
  48. Chouinard G, Goodman W, Greist J, Jenike M, Rasmussen S, White K, Hackett E, Gaffney M, Bick PA (1990). «Results of a double-blind placebo controlled trial of a new serotonin uptake inhibitor, sertraline, in the treatment of obsessive-compulsive disorder». Psychopharmacology Bulletin. 26 (3): 279–84. PMID 2274626 
  49. Greist J, Chouinard G, DuBoff E, Halaris A, Kim SW, Koran L, Liebowitz M, Lydiard RB, Rasmussen S, White K (1995). «Double-blind parallel comparison of three dosages of sertraline and placebo in outpatients with obsessive-compulsive disorder». Arch. Gen. Psychiatry. 52 (4): 289–95. PMID 7702445 
  50. Geller DA, Biederman J, Stewart SE, Mullin B, Martin A, Spencer T, Faraone SV (2003). «Which SSRI? A meta-analysis of pharmacotherapy trials in pediatric obsessive-compulsive disorder». The American Journal of Psychiatry. 160 (11): 1919–28. PMID 14594734. doi:10.1176/appi.ajp.160.11.1919 
  51. Flament MF, Bisserbe JC (1997). «Pharmacologic treatment of obsessive-compulsive disorder: comparative studies». The Journal of Clinical Psychiatry. 58 Suppl 12: 18–22. PMID 9393392 
  52. Bergeron R, Ravindran AV, Chaput Y, Goldner E, Swinson R, van Ameringen MA, Austin C, Hadrava V (2002). «Sertraline and fluoxetine treatment of obsessive-compulsive disorder: results of a double-blind, 6-month treatment study». Journal of Clinical Psychopharmacology. 22 (2): 148–54. PMID 11910259. doi:10.1097/00004714-200204000-00007 
  53. Math SB, Janardhan Reddy YC (19 de julho de 2007). «Issues In The Pharmacological Treatment of Obsessive-Compulsive Disorder: First-Line Treatment Options for OCD». medscape.com. Consultado em 28 de julho de 2009 
  54. Blier P, Habib R, Flament MF (junho de 2006). «Pharmacotherapies in the management of obsessive-compulsive disorder» (PDF). Can J Psychiatry. 51 (7): 417–30. PMID 16838823. Consultado em 17 de Setembro de 2009. Arquivado do original (PDF) em 4 de Fevereiro de 2010 
  55. Ninan PT, Koran LM, Kiev A, Davidson JR, Rasmussen SA, Zajecka JM, Robinson DG, Crits-Christoph P, Mandel FS, Austin C (2006). «High-dose sertraline strategy for nonresponders to acute treatment for obsessive-compulsive disorder: a multicenter double-blind trial». The Journal of Clinical Psychiatry. 67 (1): 15–22. PMID 16426083 
  56. Greist JH, Jefferson JW, Kobak KA, Chouinard G, DuBoff E, Halaris A, Kim SW, Koran L, Liebowitz MR, Lydiard B (1995). «A 1 year double-blind placebo-controlled fixed dose study of sertraline in the treatment of obsessive-compulsive disorder». International Clinical Psychopharmacology. 10 (2): 57–65. PMID 7673657. doi:10.1097/00004850-199506000-00001 
  57. Rasmussen S, Hackett E, DuBoff E, Greist J, Halaris A, Koran LM, Liebowitz M, Lydiard RB, McElroy S, Mendels J, O'Connor K (1997). «A 2-year study of sertraline in the treatment of obsessive-compulsive disorder». International Clinical Psychopharmacology. 12 (6): 309–16. PMID 9547132. doi:10.1097/00004850-199711000-00003 
  58. Koran LM, Hackett E, Rubin A, Wolkow R, Robinson D (2002). «Efficacy of sertraline in the long-term treatment of obsessive-compulsive disorder». The American Journal of Psychiatry. 159 (1): 88–95. PMID 11772695. doi:10.1176/appi.ajp.159.1.88 
  59. «Cognitive-behavior therapy, sertraline, and their combination for children and adolescents with obsessive-compulsive disorder: the Pediatric OCD Treatment Study (POTS) randomized controlled trial». JAMA. 292 (16): 1969–76. 2004. PMID 15507582. doi:10.1001/jama.292.16.1969 
  60. Sousa MB, Isolan LR, Oliveira RR, Manfro GG, Cordioli AV (2006). «A randomized clinical trial of cognitive-behavioral group therapy and sertraline in the treatment of obsessive-compulsive disorder». The Journal of Clinical Psychiatry. 67 (7): 1133–9. PMID 16889458 
  61. Jiménez-Jiménez FJ, García-Ruiz PJ (2001). «Pharmacological options for the treatment of Tourette's disorder». Drugs. 61 (15): 2207–20. PMID 11772131. doi:10.2165/00003495-200161150-00005 
  62. Hauser RA, Zesiewicz TA (setembro de 1995). «Sertraline-induced exacerbation of tics in Tourette's syndrome». Mov. Disord. 10 (5): 682–4. PMID 8552129. doi:10.1002/mds.870100529 
  63. a b Review: Hirschfeld RM (2000). «Sertraline in the treatment of anxiety disorders». Depress Anxiety. 11 (4): 139–57. PMID 10945134. doi:10.1002/1520-6394(2000)11:4<139::AID-DA1>3.0.CO;2-C 
  64. a b Meta-analysis: Clayton AH, Stewart RS, Fayyad R, Clary CM (2006). «Sex differences in clinical presentation and response in panic disorder: pooled data from sertraline treatment studies». Arch Womens Ment Health. 9 (3): 151–7. PMID 16292466. doi:10.1007/s00737-005-0111-y 
  65. a b Pollack MH, Rapaport MH, Clary CM, Mardekian J, Wolkow R (2000). «Sertraline treatment of panic disorder: response in patients at risk for poor outcome». J Clin Psychiatry. 61 (12): 922–7. PMID 11206597 
  66. Rapaport MH, Pollack MH, Clary CM, Mardekian J, Wolkow R (2001). «Panic disorder and response to sertraline: the effect of previous treatment with benzodiazepines». J Clin Psychopharmacol. 21 (1): 104–7. PMID 11199932. doi:10.1097/00004714-200102000-00019 
  67. a b c Bandelow B, Behnke K, Lenoir S, Hendriks GJ, Alkin T, Goebel C, Clary CM (2004). «Sertraline versus paroxetine in the treatment of panic disorder: an acute, double-blind noninferiority comparison». J Clin Psychiatry. 65 (3): 405–13. PMID 15096081 
  68. Fiseković S, Loga-Zec S (2005). «Sertraline and alprazolam in the treatment of panic desorder [sic]». Bosn J Basic Med Sci. 5 (2): 78–81. PMID 16053461 
  69. a b Rapaport MH, Wolkow R, Rubin A, Hackett E, Pollack M, Ota KY (2001). «Sertraline treatment of panic disorder: results of a long-term study». Acta Psychiatr Scand. 104 (4): 289–98. PMID 11722304. doi:10.1034/j.1600-0447.2001.00263.x 
  70. Review: Davidson JR (2006). «Pharmacotherapy of social anxiety disorder: what does the evidence tell us?». J Clin Psychiatry. 67 Suppl 12: 20–6. PMID 17092192 
  71. a b Liebowitz MR, DeMartinis NA, Weihs K, Londborg PD, Smith WT, Chung H, Fayyad R, Clary CM (2003). «Efficacy of sertraline in severe generalized social anxiety disorder: results of a double-blind, placebo-controlled study». J Clin Psychiatry. 64 (7): 785–92. PMID 12934979 
  72. Van Ameringen M, Oakman J, Mancini C, Pipe B, Chung H (2004). «Predictors of response in generalized social phobia: effect of age of onset». J Clin Psychopharmacol. 24 (1): 42–8. PMID 14709946. doi:10.1097/01.jcp.0000104909.75206.6f 
  73. Connor KM, Davidson JR, Chung H, Yang R, Clary CM (2006). «Multidimensional effects of sertraline in social anxiety disorder». Depress Anxiety. 23 (1): 6–10. PMID 16216019. doi:10.1002/da.20086 
  74. Blomhoff S, Haug TT, Hellström K, Holme I, Humble M, Madsbu HP, Wold JE (2001). «Randomised controlled general practice trial of sertraline, exposure therapy and combined treatment in generalised social phobia». Br J Psychiatry. 179: 23–30. PMID 11435264. doi:10.1192/bjp.179.1.23 
  75. Yonkers KA, Halbreich U, Freeman E, Brown C, Endicott J, Frank E, Parry B, Pearlstein T, Severino S, Stout A, Stone A, Harrison W. (1997). «Symptomatic improvement of premenstrual dysphoric disorder with sertraline treatment. A randomized controlled trial. Sertraline Premenstrual Dysphoric Collaborative Study Group». The Journal of the American Medical Association. 278 (12): 983–988. PMID 9307345. doi:10.1001/jama.278.12.983 
  76. Review: Pearlstein T (2002). «Selective serotonin reuptake inhibitors for premenstrual dysphoric disorder: the emerging gold standard?». Drugs. 62 (13): 1869–85. PMID 12215058. doi:10.2165/00003495-200262130-00004 
  77. Review: Ackermann RT, Williams JW (2002). «Rational treatment choices for non-major depressions in primary care: an evidence-based review». J Gen Intern Med. 17 (4): 293–301. PMID 11972726. doi:10.1046/j.1525-1497.2002.10350.x 
  78. a b c Freeman EW, Rickels K, Sondheimer SJ, Polansky M, Xiao S (2004). «Continuous or intermittent dosing with sertraline for patients with severe premenstrual syndrome or premenstrual dysphoric disorder». Am J Psychiatry. 161 (2): 343–51. PMID 14754784. doi:10.1176/appi.ajp.161.2.343 
  79. Freeman EW, Rickels K, Sondheimer SJ, Polansky M (1999). «Differential response to antidepressants in women with premenstrual syndrome/premenstrual dysphoric disorder: a randomized controlled trial». Arch. Gen. Psychiatry. 56 (10): 932–9. PMID 10530636. doi:10.1001/archpsyc.56.10.932 
  80. Jermain DM, Preece CK, Sykes RL, Kuehl TJ, Sulak PJ (1999). «Luteal phase sertraline treatment for premenstrual dysphoric disorder. Results of a double-blind, placebo-controlled, crossover study». Arch Fam Med. 8 (4): 328–32. PMID 10418540. doi:10.1001/archfami.8.4.328 
  81. Halbreich U, Bergeron R, Yonkers KA, Freeman E, Stout AL, Cohen L (2002). «Efficacy of intermittent, luteal phase sertraline treatment of premenstrual dysphoric disorder». Obstet Gynecol. 100 (6): 1219–29. PMID 12468166. doi:10.1016/S0029-7844(02)02326-8 
  82. Kornstein SG, Pearlstein TB, Fayyad R, Farfel GM, Gillespie JA (2006). «Low-dose sertraline in the treatment of moderate-to-severe premenstrual syndrome: efficacy of 3 dosing strategies». J Clin Psychiatry. 67 (10): 1624–32. PMID 17107257 
  83. Davidson JR, Rothbaum BO, van der Kolk BA, Sikes CR, Farfel GM (2001). «Multicenter, double-blind comparison of sertraline and placebo in the treatment of posttraumatic stress disorder». Arch. Gen. Psychiatry. 58 (5): 485–92. PMID 11343529. doi:10.1001/archpsyc.58.5.485 
  84. Brady K, Pearlstein T, Asnis GM, Baker D, Rothbaum B, Sikes CR, Farfel GM (2000). «Efficacy and safety of sertraline treatment of posttraumatic stress disorder: a randomized controlled trial». JAMA. 283 (14): 1837–44. PMID 10770145. doi:10.1001/jama.283.14.1837 
  85. Londborg PD, Hegel MT, Goldstein S, Goldstein D, Himmelhoch JM, Maddock R, Patterson WM, Rausch J, Farfel GM (2001). «Sertraline treatment of posttraumatic stress disorder: results of 24 weeks of open-label continuation treatment». The Journal of Clinical Psychiatry. 62 (5): 325–31. PMID 11411812 
  86. a b Davis LL, Frazier EC, Williford RB, Newell JM (2006). «Long-term pharmacotherapy for post-traumatic stress disorder». CNS Drugs. 20 (6): 465–76. PMID 16734498. doi:10.2165/00023210-200620060-00003 
  87. Davidson J, Pearlstein T, Londborg P, Brady KT, Rothbaum B, Bell J, Maddock R, Hegel MT, Farfel G (2001). «Efficacy of sertraline in preventing relapse of posttraumatic stress disorder: results of a 28-week double-blind, placebo-controlled study». The American Journal of Psychiatry. 158 (12): 1974–81. PMID 11729012. doi:10.1176/appi.ajp.158.12.1974 
  88. Davidson J, Rothbaum BO, Tucker P, Asnis G, Benattia I, Musgnung JJ (2006). «Venlafaxine extended release in posttraumatic stress disorder: a sertraline- and placebo-controlled study». Journal of Clinical Psychopharmacology. 26 (3): 259–67. PMID 16702890. doi:10.1097/01.jcp.0000222514.71390.c1 
  89. Tucker P, Potter-Kimball R, Wyatt DB, Parker DE, Burgin C, Jones DE, Masters BK (2003). «Can physiologic assessment and side effects tease out differences in PTSD trials? A double-blind comparison of citalopram, sertraline, and placebo». Psychopharmacology Bulletin. 37 (3): 135–49. PMID 14608246 
  90. McRae AL, Brady KT, Mellman TA, Sonne SC, Killeen TK, Timmerman MA, Bayles-Dazet W (2004). «Comparison of nefazodone and sertraline for the treatment of posttraumatic stress disorder». Depression and Anxiety. 19 (3): 190–6. PMID 15129422. doi:10.1002/da.20008 
  91. Zohar J, Amital D, Miodownik C, Kotler M, Bleich A, Lane RM, Austin C (2002). «Double-blind placebo-controlled pilot study of sertraline in military veterans with posttraumatic stress disorder». Journal of Clinical Psychopharmacology. 22 (2): 190–5. PMID 11910265. doi:10.1097/00004714-200204000-00013 
  92. Friedman MJ, Marmar CR, Baker DG, Sikes CR, Farfel GM (2007). «Randomized, double-blind comparison of sertraline and placebo for posttraumatic stress disorder in a Department of Veterans Affairs setting». The Journal of Clinical Psychiatry. 68 (5): 711–20. PMID 17503980 
  93. Allgulander C, Dahl AA, Austin C, Morris PL, Sogaard JA, Fayyad R, Kutcher SP, Clary CM. (2004). «Efficacy of sertraline in a 12-week trial for generalized anxiety disorder». The American Journal of Psychiatry. 161 (9): 1642–1649. PMID 15337655. doi:10.1176/appi.ajp.161.9.1642 
  94. Brawman-Mintzer O, Knapp RG, Rynn M, Carter RE, Rickels K (2006). «Sertraline treatment for generalized anxiety disorder: a randomized, double-blind, placebo-controlled study». J Clin Psychiatry. 67 (6): 874–81. PMID 16848646. doi:10.4088/JCP.v67n0603 
  95. McElroy SL, Casuto LS, Nelson EB, Lake KA, Soutullo CA, Keck PE Jr, Hudson JI. (2000). «Placebo-controlled trial of sertraline in the treatment of binge eating disorder». The American Journal of Psychiatry. 157 (6): 1004–1006. PMID 10831483. doi:10.1176/appi.ajp.157.6.1004 
  96. Leombruni P, Pierò A, Lavagnino L, Brustolin A, Campisi S, Fassino S (junho de 2008). «A randomized, double-blind trial comparing sertraline and fluoxetine 6-month treatment in obese patients with Binge Eating Disorder». Prog. Neuropsychopharmacol. Biol. Psychiatry. 32 (6). 1599 páginas. PMID 18598735. doi:10.1016/j.pnpbp.2008.06.005 
  97. O'Reardon JP, Allison KC, Martino NS, Lundgren JD, Heo M, Stunkard AJ (2006). «A randomized, placebo-controlled trial of sertraline in the treatment of night eating syndrome». Am J Psychiatry. 163 (5): 893–8. PMID 16648332. doi:10.1176/appi.ajp.163.5.893 
  98. Milano W, Petrella C, Sabatino C, Capasso A (2004). «Treatment of bulimia nervosa with sertraline: a randomized controlled trial». Adv Ther. 21 (4): 232–7. PMID 15605617. doi:10.1007/BF02850155 
  99. McMahon CG. (1998). «Treatment of premature ejaculation with sertraline hydrochloride: a single-blind placebo controlled crossover study». The Journal of Urology. 159 (6): 1935–1938. PMID 9598491. doi:10.1016/S0022-5347(01)63201-4 
  100. Waldinger MD, Hengeveld MW, Zwinderman AH, Olivier B (1998). «Effect of SSRI antidepressants on ejaculation: a double-blind, randomized, placebo-controlled study with fluoxetine, fluvoxamine, paroxetine, and sertraline». J Clin Psychopharmacol. 18 (4): 274–81. PMID 9690692. doi:10.1097/00004714-199808000-00004 
  101. Waldinger MD (2007). «Premature ejaculation: state of the art». Urol. Clin. North Am. 34 (4): 591–9, vii–viii. PMID 17983899. doi:10.1016/j.ucl.2007.08.011 
  102. Waldinger MD, Zwinderman AH, Olivier B (2004). «On-demand treatment of premature ejaculation with clomipramine and paroxetine: a randomized, double-blind fixed-dose study with stopwatch assessment». Eur. Urol. 46 (4): 510–5; discussion 516. PMID 15363569. doi:10.1016/j.eururo.2004.05.005 
  103. a b c Abdel-Hamid IA, El Naggar EA, El Gilany AH (2001). «Assessment of as needed use of pharmacotherapy and the pause-squeeze technique in premature ejaculation». Int. J. Impot. Res. 13 (1): 41–5. PMID 11313839. doi:10.1038/sj.ijir.3900630 
  104. a b Wang WF, Wang Y, Minhas S, Ralph DJ (2007). «Can sildenafil treat primary premature ejaculation? A prospective clinical study». Int. J. Urol. 14 (4): 331–5. PMID 17470165. doi:10.1111/j.1442-2042.2007.01606.x 
  105. Grubb BP, Samoil D, Kosinski D, Kip K, Brewster P. (1994). «Use of sertraline hydrochloride in the treatment of refractory neurocardiogenic syncope in children and adolescents». Journal of the American College of Cardiology. 24 (2): 490–494. PMID 8034887 
  106. Lenk MK, Alehan D, Ozme S, Celiker A, Ozer S (1997). «Vasovagal syncope: asystole provoked by head-up tilt testing under sertraline therapy». Turk. J. Pediatr. 39 (4): 573–7. PMID 9433163 
  107. Lenk M, Alehan D, Ozme S, Celiker A, Ozer S (1997). «The role of serotonin re-uptake inhibitors in preventing recurrent unexplained childhood syncope -- a preliminary report». Eur. J. Pediatr. 156 (10): 747–50. PMID 9365060. doi:10.1007/s004310050704 
  108. Tandan T, Giuffre M, Sheldon R (1997). «Exacerbations of neurally mediated syncope associated with sertraline». Lancet. 349 (9059): 1145–6. PMID 9113018. doi:10.1016/S0140-6736(05)63021-8 
  109. «A screen of approved drugs and molecular probes identifies therapeutics with anti–Ebola virus activity» por Lisa M. Johansen et al (Sci Transl Med 3 Junho 2015: Vol. 7, Issue 290, p. 290ra89 Sci. Transl. Med. DOI: 10.1126/scitranslmed.aaa5597
  110. «Zoloft as Ebola cure? Antidepressant is one of a number of promising drugs being looked at by scientists.» por Ariana Eunjung Cha em 3 de junho de 2015 no jornal "The Washington Post"
  111. a b c d «Zoloft Prescribing Information for the U.S.». Pfizer. Consultado em 26 de abril de 2008 
  112. Fernández-Bañares F, Esteve M, Espinós JC, Rosinach M, Forné M, Salas A, Viver JM (2007). «Drug consumption and the risk of microscopic colitis». Am. J. Gastroenterol. 102 (2): 324–30. PMID 17100977. doi:10.1111/j.1572-0241.2006.00902.x 
  113. Olivera AO (1997). «Sertraline and akathisia: spontaneous resolution». Biol. Psychiatry. 41 (2): 241–2. PMID 9018398. doi:10.1016/S0006-3223(96)00384-8 
  114. Review:Leo RJ (1996). «Movement disorders associated with the serotonin selective reuptake inhibitors». The Journal of Clinical Psychiatry. 57 (10): 449–54. PMID 8909330 
  115. Lauterbach EC, Meyer JM, Simpson GM (1997). «Clinical manifestations of dystonia and dyskinesia after SSRI administration». The Journal of Clinical Psychiatry. 58 (9): 403–4. PMID 9378692 
  116. a b Walker L (2002). «Sertraline-induced akathisia and dystonia misinterpreted as a panic attack». Psychiatric Services (Washington, D.C.). 53 (11): 1477–8. PMID 12407283 
  117. Hansen L (outubro de 2001). «A critical review of akathisia, and its possible association with suicidal behaviour». Hum Psychopharmacol. 16 (7): 495–505. PMID 12404546. doi:10.1002/hup.325 
  118. Hansen L, Kingdom D (2006). «Akathisia as a risk factor for suicide». The British Journal of Psychiatry : the journal of mental science. 188. 192 páginas. PMID 16449715. doi:10.1192/bjp.188.2.192 
  119. Fava M, Judge R, Hoog SL, Nilsson ME, Koke SC (2000). «Fluoxetine versus sertraline and paroxetine in major depressive disorder: changes in weight with long-term treatment». The Journal of Clinical Psychiatry. 61 (11): 863–7. PMID 11105740 
  120. a b Maina G, Albert U, Salvi V, Bogetto F (2004). «Weight gain during long-term treatment of obsessive-compulsive disorder: a prospective comparison between serotonin reuptake inhibitors». The Journal of Clinical Psychiatry. 65 (10): 1365–71. PMID 15491240. doi:10.4088/JCP.v65n1011 
  121. Schmitt JA, Kruizinga MJ, Riedel WJ (2001). «Non-serotonergic pharmacological profiles and associated cognitive effects of serotonin reuptake inhibitors». J. Psychopharmacol. (Oxford). 15 (3): 173–9. PMID 11565624. doi:10.1177/026988110101500304 
  122. Siepmann M, Grossmann J, Mück-Weymann M, Kirch W (2003). «Effects of sertraline on autonomic and cognitive functions in healthy volunteers». Psychopharmacology (Berl.). 168 (3): 293–8. PMID 12692706. doi:10.1007/s00213-003-1448-4 
  123. Gorenstein C, de Carvalho SC, Artes R, Moreno RA, Marcourakis T (2006). «Cognitive performance in depressed patients after chronic use of antidepressants». Psychopharmacology (Berl.). 185 (1): 84–92. PMID 16485140. doi:10.1007/s00213-005-0274-2 
  124. Günther T, Holtkamp K, Jolles J, Herpertz-Dahlmann B, Konrad K (2005). «The influence of sertraline on attention and verbal memory in children and adolescents with anxiety disorders». J Child Adolesc Psychopharmacol. 15 (4): 608–18. PMID 16190792. doi:10.1089/cap.2005.15.608 
  125. R. Baselt, Disposition of Toxic Drugs and Chemicals in Man, 8th edition, Biomedical Publications, Foster City, CA, 2008, pp. 1399-1400.
  126. Hostetter A, Ritchie JC, Stowe ZN (2000). «Amniotic fluid and umbilical cord blood concentrations of antidepressants in three women». Biol. Psychiatry. 48 (10): 1032–4. PMID 11082480. doi:10.1016/S0006-3223(00)00958-6 
  127. Hendrick V, Stowe ZN, Altshuler LL, Hwang S, Lee E, Haynes D (2003). «Placental passage of antidepressant medications». The American Journal of Psychiatry. 160 (5): 993–6. PMID 12727706. doi:10.1176/appi.ajp.160.5.993 
  128. Louik C, Lin AE, Werler MM, Hernández-Díaz S, Mitchell AA (2007). «First-trimester use of selective serotonin-reuptake inhibitors and the risk of birth defects». N. Engl. J. Med. 356 (26): 2675–83. PMID 17596601. doi:10.1056/NEJMoa067407 
  129. Stowe ZN, Hostetter AL, Owens MJ, Ritchie JC, Sternberg K, Cohen LS, Nemeroff CB (2003). «The pharmacokinetics of sertraline excretion into human breast milk: determinants of infant serum concentrations». The Journal of Clinical Psychiatry. 64 (1): 73–80. PMID 12590627 
  130. Epperson N, Czarkowski KA, Ward-O'Brien D, Weiss E, Gueorguieva R, Jatlow P, Anderson GM (2001). «Maternal sertraline treatment and serotonin transport in breast-feeding mother-infant pairs». The American Journal of Psychiatry. 158 (10): 1631–7. PMID 11578995. doi:10.1176/appi.ajp.158.10.1631 
  131. a b Ferguson JM (2001). «The effects of antidepressants on sexual functioning in depressed patients: a review». The Journal of Clinical Psychiatry. 62 Suppl 3: 22–34. PMID 11229450 
  132. a b Croft H, Settle E, Houser T, Batey SR, Donahue RM, Ascher JA (1999). «A placebo-controlled comparison of the antidepressant efficacy and effects on sexual functioning of sustained-release bupropion and sertraline». Clinical Therapeutics. 21 (4): 643–58. PMID 10363731. doi:10.1016/S0149-2918(00)88317-4 
  133. Levenson M, Holland C. «Antidepressants and Suicidality in Adults: Statistical Evaluation. (Presentation at Psychopharmacologic Drugs Advisory Committee; December 13, 2006)». FDA. Consultado em 11 de julho de 2008 
  134. a b c Stone MB, Jones ML (17 de novembro de 2006). «Clinical review: relationship between antidepressant drugs and suicidality in adults» (PDF). Overview for December 13 Meeting of Psychopharmacologic Drugs Advisory Committee (PDAC). FDA. pp. 11–74. Consultado em 11 de julho de 2008 
  135. a b Levenson M, Holland C (17 de novembro de 2006). «Statistical Evaluation of Suicidality in Adults Treated with Antidepressants» (PDF). Overview for December 13 Meeting of Psychopharmacologic Drugs Advisory Committee (PDAC). FDA. pp. 75–140. Consultado em 11 de julho de 2008 
  136. Pfizer Inc. (30 de novembro de 2006). «Memorandum from Pfizer Global Pharmaceuticals Re: DOCKET: 2006N-0414 –"Suicidality data from adult antidepressant trials" Background package for December 13 Advisory Committee» (PDF). FDA DOCKET 2006N-0414. FDA. Consultado em 11 de julho de 2008 
  137. «Report of the CSM expert working group on the safety of selective serotonin reuptake inhibitor antidepressants» (PDF). MHRA. Dezembro de 2004. Consultado em 11 de julho de 2008 
  138. Gunnell D, Saperia J, Ashby D (2005). «Selective serotonin reuptake inhibitors (SSRIs) and suicide in adults: meta-analysis of drug company data from placebo controlled, randomised controlled trials submitted to the MHRA's safety review». BMJ. 330 (7488). 385 páginas. PMC 549105Acessível livremente. PMID 15718537. doi:10.1136/bmj.330.7488.385 
  139. a b Rosenbaum JF, Fava M, Hoog SL, Ascroft RC, Krebs WB (1998). «Selective serotonin reuptake inhibitor discontinuation syndrome: a randomized clinical trial». Biol. Psychiatry. 44 (2): 77–87. PMID 9646889. doi:10.1016/S0006-3223(98)00126-7 
  140. Meyer JH, Wilson AA, Sagrati S, Hussey D, Carella A, Potter WZ, Ginovart N, Spencer EP, Cheok A, Houle S (2004). «Serotonin transporter occupancy of five selective serotonin reuptake inhibitors at different doses: an [11C]DASB positron emission tomography study». The American Journal of Psychiatry. 161 (5): 826–35. PMID 15121647. doi:10.1176/appi.ajp.161.5.826 
  141. a b Owens MJ, Knight DL, Nemeroff CB (2001). «Second-generation SSRIs: human monoamine transporter binding profile of escitalopram and R-fluoxetine». Biol. Psychiatry. 50 (5): 345–50. PMID 11543737. doi:10.1016/S0006-3223(01)01145-3 
  142. Narita N, Hashimoto K, Tomitaka S, Minabe Y (1996). «Interactions of selective serotonin reuptake inhibitors with subtypes of sigma receptors in rat brain». Eur. J. Pharmacol. 307 (1): 117–9. PMID 8831113. doi:10.1016/0014-2999(96)00254-3 
  143. a b Owens MJ, Morgan WN, Plott SJ, Nemeroff CB (1997). «Neurotransmitter receptor and transporter binding profile of antidepressants and their metabolites». J. Pharmacol. Exp. Ther. 283 (3): 1305–22. PMID 9400006 
  144. a b c d e DeVane CL, Liston HL, Markowitz JS (2002). «Clinical pharmacokinetics of sertraline». Clinical Pharmacokinetics. 41 (15): 1247–66. PMID 12452737. doi:10.2165/00003088-200241150-00002 
  145. Kobayashi K, Ishizuka T, Shimada N, Yoshimura Y, Kamijima K, Chiba K (1999). «Sertraline N-demethylation is catalyzed by multiple isoforms of human cytochrome P-450 in vitro». Drug Metab. Dispos. 27 (7): 763–6. PMID 10383917 
  146. a b c Obach RS, Cox LM, Tremaine LM (2005). «Sertraline is metabolized by multiple cytochrome P450 enzymes, monoamine oxidases, and glucuronyl transferases in human: an in vitro study». Drug Metab. Dispos. 33 (2): 262–70. PMID 15547048. doi:10.1124/dmd.104.002428 
  147. Hamelin BA, Turgeon J, Vallée F, Bélanger PM, Paquet F, LeBel M (1996). «The disposition of fluoxetine but not sertraline is altered in poor metabolizers of debrisoquin». Clin. Pharmacol. Ther. 60 (5): 512–21. PMID 8941024. doi:10.1016/S0009-9236(96)90147-2 
  148. Wang JH, Liu ZQ, Wang W, Chen XP, Shu Y, He N, Zhou HH (2001). «Pharmacokinetics of sertraline in relation to genetic polymorphism of CYP2C19». Clin. Pharmacol. Ther. 70 (1): 42–7. PMID 11452243. doi:10.1067/mcp.2001.116513 
  149. a b Obach RS, Walsky RL, Venkatakrishnan K, Gaman EA, Houston JB, Tremaine LM (2006). «The utility of in vitro cytochrome P450 inhibition data in the prediction of drug-drug interactions». J. Pharmacol. Exp. Ther. 316 (1): 336–48. PMID 16192315. doi:10.1124/jpet.105.093229 
  150. Ozdemir V, Naranjo CA, Herrmann N, Shulman RW, Sellers EM, Reed K, Kalow W (1998). «The extent and determinants of changes in CYP2D6 and CYP1A2 activities with therapeutic doses of sertraline». Journal of Clinical Psychopharmacology. 18 (1): 55–61. PMID 9472843. doi:10.1097/00004714-199802000-00009 
  151. Alfaro CL, Lam YW, Simpson J, Ereshefsky L (1999). «CYP2D6 status of extensive metabolizers after multiple-dose fluoxetine, fluvoxamine, paroxetine, or sertraline». Journal of Clinical Psychopharmacology. 19 (2): 155–63. PMID 10211917. doi:10.1097/00004714-199904000-00011 
  152. Alfaro CL, Lam YW, Simpson J, Ereshefsky L (2000). «CYP2D6 inhibition by fluoxetine, paroxetine, sertraline, and venlafaxine in a crossover study: intraindividual variability and plasma concentration correlations». Journal of Clinical Pharmacology. 40 (1): 58–66. PMID 10631623. doi:10.1177/00912700022008702 
  153. Preskorn SH, Greenblatt DJ, Flockhart D, Luo Y, Perloff ES, Harmatz JS, Baker B, Klick-Davis A, Desta Z, Burt T (2007). «Comparison of duloxetine, escitalopram, and sertraline effects on cytochrome P450 2D6 function in healthy volunteers». Journal of Clinical Psychopharmacology. 27 (1): 28–34. PMID 17224709. doi:10.1097/00004714-200702000-00005 
  154. Hamilton SP, Nunes EV, Janal M, Weber L (2000). «The effect of sertraline on methadone plasma levels in methadone-maintenance patients». The American Journal on Addictions / American Academy of Psychiatrists in Alcoholism and Addictions. 9 (1): 63–9. PMID 10914294 
  155. DeVane CL, Donovan JL, Liston HL, Markowitz JS, Cheng KT, Risch SC, Willard L (2004). «Comparative CYP3A4 inhibitory effects of venlafaxine, fluoxetine, sertraline, and nefazodone in healthy volunteers». Journal of Clinical Psychopharmacology. 24 (1): 4–10. PMID 14709940. doi:10.1097/01.jcp.0000104908.75206.26 
  156. «The Journal of Clinical Pharmacology - Coadministration of short-term zolpidem with sertraline in healthy women» [ligação inativa]
  157. «Refdoc - Elevated serum phenytoin concentrations associated with coadministration of sertraline» 
  158. Kaufman KR, Gerner R (1998). «Lamotrigine toxicity secondary to sertraline». Seizure. PMID 9627209 
  159. «Bula do Zoloft» (PDF) [ligação inativa]
  160. Drugs.com. «Sertraline interactions». Consultado em 11 de julho de 2011 
  161. Bula do Cloridrato de Sertralina. EMS. 2008.
  162. Sertraline dictionary-Guidechem
  163. «Sertraline (Zoloft) - eMedExpert.com». www.emedexpert.com. Consultado em 3 de abril de 2018