Oklo

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

Oklo é uma região próxima à cidade de Franceville, na província de Haut-Ogooué no Gabão, país situado na África Central. A descoberta em setembro de 1972 de reatores de fissão nuclear naturais nas minas de urânio lá situadas despertou a curiosidade e interesse dos cientistas.[1]

História[editar | editar código-fonte]

O Gabão ainda era uma colônia francesa quando exploradores da Comissão de Energia Atômica descobriram urânio na região em 1956. A França imediatamente ordenou a abertura de minas, que seriam operadas pela COMUF (Companhia das Minas de Urânio de Franceville), próximas a vila de Mounana para explorar as vastas quantidades identificadas do mineral. O Estado do Gabão recebeu uma parcela minoritária da companhia.

Por 40 anos a França extraiu urânio do Gabão. Após extraído o mineral era usado para geração de energia para a França e boa parte da Europa e os mineradores diziam que era graças a eles que os trens de alta velocidade (TGV) franceses podiam funcionar. Atualmente a mina não oferece mais o minério e encontra-se fechada.

Existem fortes evidências geoquímicas de que os depósitos de urânio de Oklo comportavam-se como reatores de fissão nuclear naturais no período Pré-Cambriano: parte do urânio extraído possuía concentrações de U235 mais baixas do que o esperado, como se já estivessem estado em um reator. Geólogos descobriram que ele havia sido um reator há dois bilhões de anos. Naquele período o urânio natural possuía uma concentração de U235 de apenas 3%, e pode ter chegado a um estado crítico, tendo a água natural como um moderador de nêutrons.

Referências

  1. LOSS, Robert. «The Oklo Fossil Fission Reactors» (em inglês). Curtin University. Consultado em 12 de setembro de 2010. Arquivado do original em 2 de março de 2011 

Ver também[editar | editar código-fonte]

Ligações externas[editar | editar código-fonte]