Olga Rosanova

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Olga Rosanova
Olga Rosanova
Nascimento 21 de junho de 1886
Melenki
Morte 7 de novembro de 1918 (32 anos)
Botkin Hospital
Batizado 26 de junho de 1886 (no calendário juliano)
Residência Melenki, Vladimir, Moscovo, São Petersburgo, Moscovo
Sepultamento Cemitério Novodevichy
Cidadania Império Russo, República Socialista Federativa Soviética da Rússia
Ocupação poetisa, ilustradora, desenhista, pintora, collagist, escritora, artista visual, artista, artista têxtil
Empregador(a) Universidade Estatal Stroganov de Artes e Indústria de Moscovo
Obras destacadas Green Line
Movimento estético suprematismo, Neoprimitivismo, Cubofuturismo
Causa da morte difteria

Olga Vladimirovna Rosanova ou Rozanova (Ольга Владимировна Розанова) (Melenki, 1886 - Moscovo, 7 de Novembro de 1918) foi uma artista vanguardista russa, inteiramente ligada ao suprematismo e à fundação do neoprimitivismo e do cubofuturismo. Uma das mais reconhecidas artistas russas do modernismo.

Nasceu em Melenki, uma pequena cidade perto de Vladímir. Em 1904 parte para Moscovo, estudando artes plásticas nos estúdios de K. Bolshakov e Konstantin Yuon. Ao mesmo tempo formava academicamente na Escola Stroganov de Artes Aplicadas. Em 1911 tornara-se um dos mais activos membros da União da Juventude (Sojus Molod'ozhi). No ano seguinte conhece os poetas futuristas Velimir Khlebnikov e Aleksei Kruchenykh, este último que se tornou seu esposo.

A loja do ferreiro, por Olga Rozanova, 1912.

1916 foi o ano em que se juntou o grupo de artistas da avant-garde russa, o qual recebeu o nome Supremus, liderado por Kazimir Malevich.

Malevich, entretanto, na sua eterna disputa com Marc Chagall, «expulsou-o» literalmente da Rússia, aprisionando as vanguardas surrealistas russas por Chagall lideradas. Impulsionou o movimento numa direcção pró-cubismo, alimentada pela aniquilação das formas, caminhando a passos largos para o abstracionismo. Olga Rosanova seguiu pratiamente esta trajectória. O futurismo italiano ecoava na Rússia, juntamente com o cubismo, e as pinturas de Rozanova, desta época, receberam largas influências destes dois movimentos. A sua pintura depressiva e agitada e ao mesmo tempo delicada, entrou numa fase de pura abstração, como ditavam as tendências.

Nas suas obras a pintora explorava incansavelmente a cor, com a qual a própria dizia ter «uma relação amorosa», e abandonava por completo o figurativismo, motivando um novo e interminável exercício de compreensão, da parte do espectador. Explorava igualmente a assimetria das formas, não tendo qualquer limitação geométrica.

Em 1917-1918, anos conturbados, criou uma série de pinturas a que chamou tsv'etopis'. A sua Composição não objectiva, de 1918, foi a «luz verde» que antecipou as poéticas nuances do expressionismo abstrato.

Rosanova faleceu jovem, aos 32 anos.

Ver também[editar | editar código-fonte]