Oliviero Carafa

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Oliviero Carafa
Cardeal da Santa Igreja Romana
Decano do Colégio dos Cardeais
Camerlengo
Info/Prelado da Igreja Católica
Afresco Anunciação na Capela Carafa
Atividade eclesiástica
Diocese Diocese de Roma
Nomeação 29 de novembro de 1503
Predecessor Giuliano Cardeal della Rovere
Sucessor Raffaele Cardeal Riario
Mandato 1503 - 1511
Ordenação e nomeação
Nomeação episcopal 18 de novembro de 1458
Ordenação episcopal 29 de dezembro de 1458
por Leone de Simone
Nomeado arcebispo 18 de novembro de 1458
Cardinalato
Criação 18 de setembro de 1467
por Papa Paulo II
Ordem Cardeal-presbítero (1467-1511)
Cardeal-bispo (1476-1511)
Título Santos Marcelino e Pedro (1467-1470)
Santo Eusébio (1470-1511)
Albano (1476-1483)
Sabina-Poggio Mirteto (1483-1503)
Óstia-Velletri (1503-1511)
Brasão
Dados pessoais
Nascimento Roma
10 de março de 1430
Morte Roma
20 de janeiro de 1511 (80 anos)
Progenitores Mãe: Maria Origlia
Pai: Francesco Carafa
dados em catholic-hierarchy.org
Cardeais
Categoria:Hierarquia católica
Projeto Catolicismo

Oliviero Carafa (10 de março de 1430 - 20 de janeiro de 1511) foi um cardeal italiano, arcebispo de Nápoles e decano do Colégio dos Cardeais nos últimos anos de vida.

Biografia[editar | editar código-fonte]

De família nobre, era filho de Francesco Carafa, patrício napolitano, e de Maria Origlia. Por relações familiares, era ligado a outros cardeais, como Filippo Carafa, Gian Pietro Carafa, Carlo Carafa, entre outros tantos. Obteve seu doutorado em teologia em Nápoles.[1]

Vida religiosa[editar | editar código-fonte]

Foi eleito arcebispo de Nápoles em 18 de novembro de 1458, recebendo a ordenação episcopal em 29 de dezembro de 1458, na Torre del Greco, por Leone de Simone, bispo de Nola, assistido por Leone Cortese, bispo de Acerra, e por Benedetto, bispo de Dragonara. Tomou posse da sé em 13 de janeiro de 1459.[1][2]

Promovido ao cardinalato, a pedido do rei de Nápoles, Fernando I de Aragão. Em 18 de setembro de 1467, foi criado cardeal in pectore pelo Papa Paulo II, sendo seu nome anunciado no dia seguinte. Recebeu o barrete cardinalício e o título de cardeal-presbítero de Santos Marcelino e Pedro em 3 de dezembro. Passou para o título de Santo Eusébio em 5 de setembro de 1470.[1][2]

Em 22 de dezembro de 1471, o novo Papa Sisto IV nomeou-o núncio perante o rei Fernando I de Nápoles para obter sua participação na formação de uma frota, que o cardeal estava indo comandar, ele deixou Roma em 28 de maio de 1472, durante a festa de Corpus Christi, depois de ter a missa sido celebrada na basílica de São Pedro, na presença do papa e da Cúria Romana. Chegou a Ostia e foi a bordo, dirigindo a frota cristã como seu almirante, para Nápoles e continuou em direção a Rodes, lutar contra os navios turcos e ocupar a importante fortaleza muçulmana de Esmirna. Retornou a Roma em 23 de janeiro de 1473 com os prisioneiros que tinham sido capturados e foi recebido pelo papa no Consistório. Em 5 de junho, o cardeal recebeu em Roma a Princesa Leonor, filha do rei de Nápoles. Foi com o papa para Viterbo e Foligno em 10 de junho de 1476, por causa da praga.[1]

Em 24 de julho de 1476, passa para a ordem dos cardeais-bispos e assume a Sé suburbicária de Albano, mantendo in commendam o título de Santo Eusébio. Entre 1477 e 1478, foi Camerlengo da Santa Igreja Católica. Passou para a sé suburbicária de Sabina em 31 de janeiro de 1483. Renunciou à Sé de Nápoles em favor de seu irmão Alessandro, em 20 de setembro de 1484.[1][2]

Depois da eleição do Papa Alexandre VI, torna-se Decano do Colégio dos Cardeais. Foi embora de Roma, retornou à cidade e se absteve de visitar o rei Carlos VIII da França, que havia chegado em Roma. Em 7 de janeiro de 1493, procurou refúgio com o papa, em Castello Sant'Angelo. Ele deixou Roma para Orvieto com o Papa Alexandre VI em 27 de maio de 1495. Administrador nomeado de Rimini em 31 de outubro de 1495, renunciou ao cargo em favor de seu sobrinho Vincenzo em 13 de setembro de 1497. Protetor dos frades dominicanos, ele se recusou a defender Girolamo Savonarola, em abril de 1497. Com a morte de seu irmão, ele se tornou administrador da Sé de Nápoles, em 4 de agosto de 1503, ocupando o cargo até abril de 1505.[1]

Em 29 de novembro de 1503, torna-se cardeal-bispo de Óstia-Velletri. Foi um patrono das artes e das letras, e das primeiras impressoras de Roma. Além disso, ele foi um grande benfeitor das cidades de Roma e Nápoles, onde construiu igrejas, hospitais e mosteiros. Ele fez seu sobrinho, Gian Pietro, que mais tarde tornou-se Papa Paulo IV, entrar no estado eclesiástico.[1]

Conclaves[editar | editar código-fonte]

Referências

  1. a b c d e f g The Cardinals of the Holy Roman Church
  2. a b c Catholic Hierarchy

Bibliografia[editar | editar código-fonte]

Ligações externas[editar | editar código-fonte]

Precedido por
Giacomo Tebaldi
Brasão arquiepiscopal
Arcebispo de Nápoles

14581484
Sucedido por
Alessandro Carafa
Precedido por
Louis d’Albret
Cardeal
Cardeal-padre de Santos Marcelino e Pedro

14671470
Sucedido por
Philippe de Lévis
Precedido por
Richard Olivier de Longueil
Cardeal
Cardeal-padre de Santo Eusébio

14701476
in commendam, 14761511
Sucedido por
Pietro Accolti
Precedido por
Rodrigo de Borja y Borja
Cardeal
Cardeal-bispo de Albano

14761483
Sucedido por
Jean de La Balue
Precedido por
Giovanni Arcimboldi

Camerlengo do Colégio dos Cardeais

14771478
Sucedido por
Marco Barbo
Precedido por
Giuliano della Rovere
Cardeal
Cardeal-bispo de Sabina

14831503
Sucedido por
Girolamo Basso della Rovere
Precedido por
Rodrigo de Borja y Borja

Cardeal Decano do Colégio dos Cardeais

14921511
Sucedido por
Raffaele Riario
Precedido por
Giuliano della Rovere
Brasão arquiepiscopal
Cardeal-bispo de Óstia-Velletri

15031511
Sucedido por
Raffaele Riario