Optus

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SingTel Optus Pty Limited
Optus
Slogan We Hear You
Cotação ASX: SGT
Atividade Telecomunicações
Fundação 1981 como AUSSAT
Destino Subsidiária da SingTel
Sede Austrália Sydney, Austrália
Pessoas-chave Paul O'Sullivan, chefe executivo
Murray King, chefe financeiro
Lawrie Turner, director informático
Michael Smith
John Simon
Rohan Ganeson
Empregados 10,679 (2008)[1]
Produtos Telefone fixo
Móvel
Internet
Televisão por cabo
Linhas alugadas
Transmissão de dados
Lucro Aumento $8.321 biliões AUD (2009)[2]
Faturamento Aumento $584 milhões AUD (2009)[2]
Antecessora(s) Aussat Pty Limited, Optus Communications Pty Limited
Website oficial www.optus.com.au

SingTel Optus Pty Limited é a segunda maior empresa de telecomunicação na Austrália, e é uma subsidiária integral da Singapore Telecommunications (ASX: SGT). A empresa roda principalmente em torno da marca Optus, mantendo outras várias marcas subsidiárias, como Virgin Mobile Australia e Boost Mobile no mercado de telefonia móvel, Uecomm no ramo de serviços de rede e Alphawest no setor de serviços TIC. Ela é a segunda maior operadora por wireless da Austrália, com 10.5 milhões de usuários em 2019.[3]

Na prestação de serviços, a Optus gere e opera a infraestrutura de rede própria, bem como utiliza serviços de outrem, principalmente da Telstra. Providencia serviços diretamente a consumidores finais e também atua como um representante de outras redes de serviços, como a Exetel e a Amaysim. Através de sua marca OptusNet, fornece banda larga, sem fios e serviços de ligação à Internet.

A empresa se chamava Aussat Pty Limited antes da privatização, então foi renomeada para Optus Communications Pty Limited. Então, passou pelos nomes Cable & Wireless Optus Pty Limited, Cable & Wireless Optus Limited e SingTel Optus Limited, até receber seu nome atual.

A Optus opera em quatro áreas principais: telefones móveis, negócios, atacado e multimídia.[4]

História[editar | editar código-fonte]

AUSSAT e a desregulamentação[editar | editar código-fonte]

A Optus nasceu em 1981 como uma empresa estatal australiana chamada AUSSAT Pty Limited. Em 1982, ela escolheu o modelo Boeing 376 para os seus primeiros satélites. O primeiro lançamento foi em agosto de 1985, com o AUSSAT A1.[5] Os satélites da estatal eram usados para comunicações civis e militares, e entregava sinal de televisão para comunidades remotas no Outback.

Com a AUSSAT tendo prejuizo e com as tentativas de desregulamentar as telecomunicações na Austrália, o governo decidiu vender a estatal junto com uma licença para operar na área. Ela foi vendida para a Optus Communications, um consórcio que incluia:[6]

A empresa resultante foi criada para competir com a empresa estatal Telecom Australia, conhecida hoje como Telstra.

Subsidiárias[editar | editar código-fonte]

Uma série de ​​subsidiárias notáveis são operadas na Austrália, como parte do grupo SingTel Optus. Estas são as seguintes:

Até 20 de janeiro de 2013, a Optus vendia serviços de telefonia móvel com a marca Boost Mobile.[8]

A Optus também tem uma participação de 50% na extinta OPEL Networks.[9]

Ciberataque[editar | editar código-fonte]

Ver artigo principal: Ciberataque à Optus

O Ciberataque à Optus foi um dos maiores roubos de dados móveis da história da Austrália, que foi revelado ao público no dia 23 de setembro de 2022, quando a diretora da empresa, Kelly Bayer Rosmarin, ter anunciado publicamente que 9.8 milhões de usuários foram atingidos,[10] apesar de ter corrigido o número para 1.2 milhões de usuários, além de outros 900 mil que tiveram dados desatualizados roubados.[11] A Optus, junto com a Polícia Federal Australiana e outros órgãos governamentais, lançaram a Operation Guardian para investigar o caso.[12] O FBI também está ajudando no caso.[13]

O ataque gerou uma série de repercussões políticas na Austrália. O país já havia visto o aumento dos ataques virtuais nos últimos anos, que levou a uma preocupação sobre a cibersegurança australiana.[14] Também, está em discussão uma possível modificação nas leis de metadados do país, para que as penas para os ataques sejam endurecidas[15] e as empresas não possam pegar dados generalizados e mantê-los por tempo inderteminado.[16][17] Além disso, surgiram preocupações com as eleições da Tasmânia, por seu atraso tecnológico comparado aos outros estados.[18] Outras discussões são o possível impacto em sistemas e equipamentos militares[19] e o custo gerado pela emissão de novos documentos.[20]

Inicialmente, um usuário do fórum da dark web, BreachForums, anunciou que venderia os dados caso a Optus não pagasse AU$ 1.53 milhões e liberou os dados de 10 mil pessoas como provas. Porém, ele recuou, dizendo que roubou dados de apenas 10.200 pessoas e que não os venderia mais por conta da atenção que o caso estava recebendo.[21]

Ver também[editar | editar código-fonte]

Referências

  1. SingTel. «Management Discussion and Analysis of Financial Condition, Results of Operations and Cash Flows for the Fourth Quarter and Financial Year Ended 31 March 2008» (PDF) (em inglês). Optus. Consultado em 18 de agosto de 2010 
  2. a b SingTel. «SingTel Group's Australia and Singapore operations deliver resilient results» (em inglês). SingTel. Consultado em 19 de agosto de 2010. Arquivado do original em 18 de junho de 2009 
  3. Corinne Reichert (16 de maio de 2018). «Optus doubles NBN customers as mobile subs hit 10 million» (em inglês). ZDNET. Consultado em 24 de outubro de 2022. Cópia arquivada em 25 de outubro de 2022 
  4. «Optus Backgrounder Rural and Regional Australia» (PDF). Optus. Consultado em 25 de outubro de 2022 
  5. «ASSAT A-series» (em inglês). Lowdown. Consultado em 26 de outubro de 2022. Arquivado do original em 8 de junho de 2007 
  6. «Report 333 - The sale of Aussat.». The Parliament of the Commonwealth of Australia Joint Committee of Public Accounts. Prometheus. 14 (1). 1 de junho de 1996. Consultado em 26 de outubro de 2022 
  7. «Annual Report» (PDF). Mayne Nickness Limited. 1999. Consultado em 26 de outubro de 2022 
  8. «Optus gives youth a boost with new mobiles» (em inglês). Optus. Consultado em 3 de maio de 2014 
  9. «Elders and Optus to build rural and regional broadband network» (em inglês). Optus. Consultado em 3 de maio de 2014 
  10. Campbell Kwan (22 de setembro de 2022). «Optus data breach LIVE: Australian Federal Police call Optus hack a 'complex, criminal investigation'» (em inglês). Australian Financial Review. Consultado em 24 de setembro de 2022. Cópia arquivada em 24 de setembro de 2022 
  11. «Optus reveals more than 2 million customers had personal ID numbers compromised in cyber attack» (em inglês). ABC News. 3 de outubro de 2022. Consultado em 3 de outubro de 2022. Cópia arquivada em 3 de outubro de 2022 
  12. «Optus update: Operation Guardian delivers specialised protection for Optus customers». Optus. 30 de setembro de 2022. Consultado em 3 de outubro de 2022. Cópia arquivada em 3 de outubro de 2022 
  13. «Attorney general says FBI is working on Optus data breach – video» (em inglês). The Guardian. 27 de setembro de 2022. Consultado em 30 de setembro de 2022 
  14. Gareth Hutchens (29 de setembro de 2022). «Too much data collection means we're more at risk of having personal details stolen, expert says» (em inglês). ABC News. Consultado em 3 de outubro de 2022. Cópia arquivada em 3 de outubro de 2022 
  15. Gus McCubbing (29 de setembro de 2022). «Optus data breach UPDATES LIVE: Business may be forced to purge data after Optus breach» (em inglês). Australian Financial Review. Consultado em 29 de setembro de 2022. Cópia arquivada em 30 de setembro de 2022 
  16. Nick Bonyhady e Matthew Knott (29 de setembro de 2022). «Privacy laws to be overhauled as Dreyfus questions why Optus kept customers' details» (em inglês). The Sydney Morning Herald. Consultado em 30 de setembro de 2022. Cópia arquivada em 30 de setembro de 2022 
  17. Georgia Lenton-Williams e Jessica Longbottom (30 de setembro de 2022). «Optus data breach raises questions about how best to protect people's personal data» (em inglês). ABC News. Consultado em 3 de outubro de 2022. Cópia arquivada em 3 de outubro de 2022 
  18. Lachlan Bennett (1 de outubro de 2022). «Optus hack lesson learned by Tasmanian organisations, who say they are better prepared for cyber attacks» (em inglês). ABC News. Consultado em 3 de outubro de 2022. Cópia arquivada em 3 de outubro de 2022 
  19. Andrew Greene (1 de outubro de 2022). «Optus data breach could hit telco's multi-billion-dollar defence business» (em inglês). ABC News. Consultado em 3 de outubro de 2022. Cópia arquivada em 3 de outubro de 2022 
  20. Tyrone Clarke (28 de setembro de 2022). «Labor demands Optus pay for passports amid cyberattack» (em inglês). Sky News Australia. Consultado em 30 de setembro de 2022. Cópia arquivada em 30 de setembro de 2022 
  21. Dannielle Maguire (27 de setembro de 2022). «What's happening with the Optus data breach? What we know about the alleged hacker's ransom, data release and apology» (em inglês). ABC News. Consultado em 3 de outubro de 2022. Cópia arquivada em 3 de outubro de 2022