Organisation Armée Secrète

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Organisation Armée Secrète

Logo do movimento
Datas das operações 11 de Fevereiro 1961-1962
Líder(es) Raoul Salan, Edmond Jouhaud, Yves Godard, Jean-Jacques Susini, Jean-Claude Perez
Motivos Contra a independência da Argélia
Área de atividade França Argélia francesa
França França
Espanha Espanha
Portugal Portugal
Ideologia Colonialismo francês, Nacionalismo francês
Ataques célebres Batalha de Bab El Oued
Status Inactivo
Tamanho 3 000 membros

O Organisation Armée Secrète ou OAS era uma organização paramilitar clandestina francesa que se opunha à independência da Argélia. A OAS realizou várias ações terroristas tanto na Argélia, como na França metropolitana. A sua mais conhecida ação foi o atentado contra a vida do general Charles de Gaulle.

Criada em Madrid a 11 de fevereiro de 1961, por Jean-Jacques Susini e Pierre Lagaillarde, era a união de vários grupos de direita que se desenvolveram após a declaração do general de Gaulle sobre o direito à autodeterminação da Argélia. A base de apoio da OAS incluía sobretudo os pieds noirs, mas também os militares franceses e os argelinos leais à França.

As letras OAS apareceram pela primeira vez nos muros de Argel a 16 de março de 1961, acompanhadas do slôgane L'Algérie est française et le restera ('A Argélia é francesa e continuará sendo'). A escolha do nome Organisation Armée Secrète foi feita para capitalizar a memória do exército secreto da resistência francesa.

Em termos práticos, não era uma organização centralizada e unificada. De um modo geral, era dividida em três ramos mais ou menos independentes e, às vezes, rivais: a "OAS Madrid", a "OAS Argel" e a "OAS Metropolitana".

Membros notáveis[editar | editar código-fonte]

  • Antoine Argoud
  • Bertrand de Perseval
  • Jean-Pierre Cherid
  • Roger Degueldre
  • Albert Dovecar
  • Paul Gardy
  • Yves Godard
  • Yves Guérin-Sérac
  • Pierre Guillaume
  • Roger Holeindre
  • Edmond Jouhaud
  • Pierre Lagaillarde
  • Jean-Pierre Maïone-Libaude
  • Claude Piegts
  • Raoul Salan
  • Albert Spaggiari
  • Jean-Jacques Susini
  • Dominique Venner

Na mídia[editar | editar código-fonte]

A OAS é referida no livro O Dia do Chacal, de Frederick Forsyth, publicado em 1971. Em 1973, foi lançado o filme O Dia do Chacal (The Day of the Jackal), baseado no livro.

Grupos subsequentes com vínculos com a OEA[editar | editar código-fonte]

Em novembro de 2016, surgiu na França uma célula terrorista de extrema-direita que se autodenominava Organization d'armées sociales (OEA).[1] A sigla era uma referência à Organização Armée Secrète original. Foi inspirada pelo terrorista norueguês de extrema-direita Anders Behring Breivik e consistia em 9 pessoas lideradas pelo ex- ativista da Action Française Logan Nisin.[2] A célula tinha planejado ataques contra lojas de kebab, locais de culto (especialmente mesquitas), traficantes de drogas e políticos: Jean-Luc Mélenchon e Christophe Castaner eram alvos específicos.[3] O grupo foi derrubado pelas autoridades francesas em novembro de 2017 antes que pudesse realizar qualquer ataque.

Referências

  1. Nicolas, Lebourg (2021). «Extreme Right Terrorist Radicalization in post-2015 France». Illiberalism Studies Program Working Papers (3). 11 páginas. Consultado em 12 de janeiro de 2021 
  2. «Groupe d'ultradroite "OAS": la plupart des suspects remis en liberté» [Far-right group "OAS": Most suspects released from prison]. Le Figaro (em French). 18 de abril de 2019. Consultado em 12 de janeiro de 2021 
  3. «Projets d'attentats : huit personnes de l'ultra-droite mises en examen» [Planned attacks: eight ultra-right-wingers under investigation]. France Info (em French). 22 de novembro de 2017. Consultado em 12 de janeiro de 2021 
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