Os Trapalhões

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 Nota: Este artigo é sobre programa de televisão. Para o filme, veja Os Trapalhões (grupo).
Os Trapalhões
Os Trapalhões (PT)
Os Trapalhões
Logotipo de Os Trapalhões entre 1977 e 1984
Informação geral
Formato série
Gênero Humor e sátira
Duração 60 minutos
Criador(es) Wilton Franco
Elenco
País de origem  Brasil
Idioma original (em português)
Produção
Diretor(es)
Produtor(es) Renato Aragão
Tema de abertura "Tema Dos Trapalhões" (instrumental)
Composto por José Menezes de França[1][2]
Tema de encerramento "Tema Dos Trapalhões" (instrumental)[1][2]
Exibição
Emissora original Rede Tupi (1974–1976)
TV Globo (1977–1995)
Formato de exibição 480i (SDTV)
Transmissão original 197427 de agosto de 1995
Cronologia
Os Adoráveis Trapalhões
Os Trapalhões em Portugal
Programas relacionados A Turma do Didi
Aventuras do Didi
Os Trapalhões (2017)

Os Trapalhões foi um programa de televisão humorístico brasileiro, criado por Wilton Franco[3] e estrelado pelo quarteto cômico de mesmo nome, composto por Didi, Dedé, Mussum e Zacarias; cada um desenvolveu uma persona cênica distinta. O grupo já obtinha sucesso na televisão e no cinema desde meados da década de 1960.[4]

O programa estreou no ano de 1974, aos sábados, na Rede Tupi.[4] Em 13 de março de 1977, estrearam na TV Globo, antes do Fantástico.[5] Exibido aos domingos, o programa apresentava uma sucessão de esquetes entremeados sem aparente conexão, exceto a presença dos próprios. Um dos maiores fenômenos de popularidade e audiência no Brasil em toda a história, o programa entrou para o Livro Guinness de Recordes Mundiais como o programa humorístico de maior duração da televisão, com trinta anos de exibição.[carece de fontes?]

O primeiro filme deles, Na Onda do Iê-Iê-Iê (1966), contava apenas com a dupla Didi e Dedé. Com o quarteto clássico, foram produzidos vinte e um filmes, começando com Os Trapalhões na Guerra dos Planetas (1978) até Uma Escola Atrapalhada (1990). Mais de cento e vinte milhões de pessoas já assistiram aos filmes de Os Trapalhões, sendo que sete destes filmes estão na lista das dez maiores bilheterias do cinema brasileiro.

Em 2017, a Globo, em uma parceria com o Canal Viva produz um revival do programa, agora com seis trapalhões. Além de Didi e Dedé, o programa apresenta os sobrinhos dos trapalhões originais: Didico, Dedeco, Mussa e Zaca. No entanto, sem repetir o sucesso da versão original, foi descontinuado no mesmo ano devido a baixa audiência. Em dezembro do mesmo ano, o canal anunciou reprises das temporadas antigas do programa, em janeiro de 2018.[6][7]

Visão geral[editar | editar código-fonte]

O programa era formulado por várias cenas de alguns minutos, em que tomavam parte situações cômicas dos protagonistas, às vezes com um deles, dois, três e mesmo com os quatro Trapalhões. Os assuntos das cenas eram, por exemplo, os Trapalhões se opondo a inimigos ou a si mesmos em disputas (nas quais Didi e qualquer um dos três Trapalhões que estivessem do lado dele saíam vitoriosos em quase todas as vezes), eles pregando peças em outras pessoas e até em si mesmos e os quatro cooperando entre si mesmos para chegar a um objetivo comum. Houve também, ao longo dos anos do programa, várias paródias de super-heróis tradicionais, como Super-Homem (frequentemente interpretado por Didi por causa de seu papel de líder), Batman (este mais interpretado por Dedé, devido ao seu papel de segundo em comando), Homem-Aranha, Fantasma, Hulk, etc. Também houve, ao longo dos anos do programa, os Trapalhões mencionando a campanha em favor dos deficientes físicos e a favor do menor carente. O exemplo, é a campanha Criança Esperança, que começou em 1985 como SOS Nordeste e depois em 1986, foi rebatizado num programa comemorativo de 20 anos dos Trapalhões.[carece de fontes?]

Personagens[editar | editar código-fonte]

Protagonistas[editar | editar código-fonte]

  • Didi Mocó (Renato Aragão) : Seu nome completo é Didi Mocó Sonrisal Colesterol Novalgino Mufumbbo, um esperto cearense com linguajar e aparência bastante cômicos, e que poucas vezes terminava as cenas com má sorte ou como perdedor, tanto enfrentando inimigos como seus próprios três companheiros. Apesar de ser o líder do grupo, em certas cenas é considerado pelos seus três companheiros como o membro de menor importância. Era apelidado de "cardeal" (por conta da tintura acobreada do cabelo de Renato a partir de 79), "cearense", "troféu de corrida de jegue", "alegria do jabá", "cabecinha" ou "cabeça-chata", referindo-se à sua condição de retirante nordestino. Didi estrelou o humorístico "Os Adoráveis Trapalhões"
  • Dedé (Manfried Sant'Anna): O "Galã da Periferia", era o que agia com mais seriedade e considerado o cérebro do grupo e o mais valente dos quatro, sendo uma espécie de "segundo no comando". Sua masculinidade era sempre ironizada por Didi, que criava apelidos como "Divino", "rapaz alegre" e "audácia da pilombeta". Dedé estava no elenco de apoio do humorístico "Os Adoráveis Trapalhões" até a fase da RecordTV em 1972, quando passou a ser definitivamente o escada do grupo. Foi ele quem sugeriu a entrada de Mussum ao grupo. A partir da década de 1990, o personagem passou a ser comilão, devido ao aumento de peso de Dedé.
  • Mussum (Antônio Carlos Bernardes Gomes): Um bem-humorado sambista carioca que tinha orgulho de dizer que era natural do Morro da Mangueira, uma favela do Rio de Janeiro. Possuía um linguajar bastante peculiar, sempre empregando o "is" no final de quase todas as palavras, criando assim os bordões "cacildis" e "forévis". Sua maior paixão é a cachaça, a qual ele chama de "mé" ("mel"). Devido ao fato de ser negro, era sempre alvo de piadas e apelidos, como ser chamado ironicamente de Maizena por Didi, ou mesmo "azulão", "Mumu da Mangueira" ou "cromado". Faleceu em 29 de julho de 1994. Dedé trouxe Mussum ao grupo, ao lado do Didi. Mussum entrou no humorístico "Os Insociáveis" na fase da RecordTV.
  • Zacarias (Mauro Faccio Gonçalves): Um tímido e ingênuo mineirinho de Sete Lagoas com personalidade infantil, baixa estatura, uma risada inconfundível e voz bastante fina, como a de uma criança. Por ser calvo, sempre usava uma peruca e entrava em desespero se esta fosse retirada de sua cabeça (geralmente por Didi), revelando sua calvície. A partir de 1989, o personagem passou a ser chamado de Zacaria, sem o último 's'. O personagem estrelou o filme Deu a Louca nas Mulheres em 1977. Faleceu em 18 de março de 1990. Renato trouxe Zacarias ao grupo, completando assim ao lado de Dedé Santana e Mussum, a formação mais famosa dos Trapalhões em 1974, no humorístico "Os Trapalhões" na Rede Tupi.

Coadjuvantes[editar | editar código-fonte]

O principal elenco de coadjuvantes, devido aos vários anos nos quais participaram do programa, era.

  • Carlos Kurt (José Carlos Kunstat): um homem louro, às vezes barbudo, intimidador, alto e com olhos enormes, que frequentemente representava vilões, valentões e outros personagens inimigos dos Trapalhões (provavelmente inspirados nos personagens do ator polaco-alemão Klaus Kinski). Era frequentemente apelidado por Didi como "bode louro", "alumão" (alemão) e "macarrão de hospital". Teve grande participação no programa durante a década de 1980, ao contrário da década de 1990. Faleceu em 2003.
  • Conrado (Conrado Fernandes Antunes) : Outro também tímido e alto mineiro com personalidade boa e madura . É romântico , extrovertido , alegre , brincalhão , apaixonado por várias garotas e muito sério . Conrado também gosta muito de música porquê gosta de cantar e de tocar violão.
  • Roberto Guilherme (Edward Guilherme Nunes da Silva): um homem grande, obeso e calvo que, assim como Carlos Kurt, também se destacou no programa interpretando papéis antagonistas. Seu principal trabalho foi dar vida ao seu mais famoso personagem, o Sargento Pincel, que comandava os "soldados" Trapalhões num quartel de exército. Roberto continuou a interpretar seu personagem ao lado de Renato Aragão e Dedé Santana em A Turma do Didi e Aventuras do Didi. Muitos fãs o consideravam como o 'quinto Trapalhão'. Faleceu em 2022.
  • Dino Santana (Ondino Sant'Anna): irmão de Dedé Santana. Representava personagens anônimos e sem destaque, o que pode tornar difícil saber quem e como ele é. Foi coadjuvante não só no programa dos Trapalhões até o ano final (1993), mas também em alguns filmes do quarteto, como Os Trapalhões e o Mágico de Oróz, no qual representou o personagem Beato do deserto. Dino foi coadjuvante também no programa Dedé e o Comando Maluco, estrelado por seu irmão Dedé Santana. Faleceu em 2010.
  • Ted Boy Marino (Mario Marino): um lutador de luta-livre com um cabelo bem similar ao do personagem He-Man e sotaque espanhol. Faleceu em 2012.
  • Tião Macalé (Augusto Temístocles da Silva Costa): um dos mais famosos coadjuvantes. Um homem negro com um sorriso sem-dentes, que quase sempre encerrava suas participações nas cenas com a frase "Nojento!", frase que o fez famoso no Brasil. Faleceu em 1993.
  • Felipe Levy (Philippe Charles Achille Levy): outro homem obeso e calvo, frequentemente escolhido para interpretar papéis de chefia, não só nas cenas comuns mas também no quadro do quartel dos Trapalhões, onde atuava como coronel. Por ter pele muito branca e ter cavanhaque, era às vezes chamado de "queijo-com-barba" por Didi. Faleceu em 2008.
  • Jorge Laffond (Jorge Luis Souza Lima): um homem alto,negro e afeminado. Participou principalmente dos quadros do quartel dos Trapalhões , interpretando o Soldado Divino, primo de Mussum e também do Trapa Hotel. Faleceu em 2003.
  • Mônica Fraga Atuava como coadjuvante em esquetes
  • Duda Esteves (Maria Eduarda Esteves e Alves) Atuava no quadro "Trapa Hotel". Nos créditos finais a Duda Esteves estava como Duda ou Duda Little no elenco de apoio.
  • Alessandra Aguiar Participou dos quadros "Trapa Hotel" e "Vila Vintém"
  • Aldro Cunha: Um homem com pouco cabelo grisalho e gordo que sempre fazia os comerciantes Portugueses azarados que sempre levam calote dos Trapalhões, por exemplo: sorveteiro, quitandeiro, vendedor de cachorro quente e dono de boteco.

Outros[editar | editar código-fonte]

Outros coadjuvantes e convidados (participantes de alguns quadros), alguns com muitas participações, alguns deles foram:

Outros coadjuvantes

Houve também diversas homenagens a cantores no programa dos Trapalhões; alguns deles foram: Ritchie, cantando sua música Transas; Joanna, com a sua Sonho a Dois; Sidney Magal, com algumas músicas, incluindo as Meu Sangue Ferve Por Você e Sandra Rosa Madalena; Ney Matogrosso, com muitas músicas, destacando-se Pa-Ran-Pan-Pan,Bandido Corazón e Homem com H; Caetano Veloso com Superbacana e A Filha da Chiquita Bacana; e Marcos Valle com sua Estrelar.

Produção[editar | editar código-fonte]

A direção[editar | editar código-fonte]

Vários profissionais passaram a ser diretores do programa dos trapalhões, alguns deles foram:

Direção

Direção

A supervisão de criação[editar | editar código-fonte]

Só um profissional passou a ser supervisor de criação do programa dos trapalhões, esse foi Chico Anysio.

A supervisão artística[editar | editar código-fonte]

Só um profissional passou a ser supervisor artístico do programa dos trapalhões, esse foi:

  • Maurício Sherman

A redação e redação final[editar | editar código-fonte]

Vários profissionais passaram a ser redatores e redatores finais dos programas dos trapalhões, alguns deles foram:

  • 1982-1984: Carlos A. de Nóbrega, Roberto Silveira, Wilson Vaz, Emanuel Rodrigues, Expedito Faggioni, Marco Serrate e Renato Aragão.
  • 1984-1985: Carlos A. de Nóbrega, Renato Aragão, Emanuel Rodrigues, Expedito Faggioni, Arnaud Rodrigues, Humberto Ribeiro, Mário Alimari, Nelson Batinga e Bráulio Tavares.
  • 1985-1986: Carlos Alberto Nóbrega, Roberto Silveira, Renato Aragão, Expedito Faggioni, Emanoel Rodrigues, Marcos César, Humberto Ribeiro e Geraldo Alves
  • 1986-1987: Carlos Alberto Nóbrega, Roberto Silveira, Renato Aragão, Expedito Faggioni, Emanoel Rodrigues, Humberto Ribeiro, Gugu Olimecha e Celso Magno (Baiaco), com redação final de Carlos Alberto Nóbrega e Roberto Silveira.
  • 1987-1988: Alberto Dini, Emanoel Rodruigues, Expedito Faggioni, Francisco de Assis, Humberto Ribeiro, Lipe, Marcos César, Marcos Serrate, Renato Aragão e Sérgio Valezin, com redação final de Renato Aragão.
  • 1988-1989: Emanoel Rodrigues, Gilberto Fernandes, Gilberto Garcia, Humberto Ribeiro, Lipe, Mauro Wilson, Paulo de Andrade, Sérgio Valezim, Renato Aragão e Wilton Franco, com redação final de Wilton Franco e Renato Aragão.
  • 1989-1990: Emanoel Rodrigues, Gilberto Fernandes, Gilberto Garcia, Humberto Ribeiro, Lipe, Mauro Wilson, Paulo de Andrade, Roberto Silveira, Sérgio Valezin, Walter Stuart, Renato Aragão e Wilton Franco, com redação final de Renato Aragão e Wilton Franco.
  • 1990-1991: Elisa Palatnik, Emanoel Rodrigues, Expedito Faggionni, Humberto Ribeiro, José Sampaio, Luiz Carlos Góes, Mário Tupinambá, Mauro Wilson, Papa Camargo, Paulo de Andrade, Paulo Duarte, Roberto Silveira e Rose Duarte, com redação final de Wilton Franco e Renato Aragão.
  • 1991-1992: Expedito Faggioni, Gugu Olimecha, Humberto Ribeiro, José Sampaio, Júlio Braz, Mauro Wilson, Paulo de Andrade, Paulo Duarte, Roberto Silveira, Rose Larrea e Wilson Vaz, com redação final de Wilton Franco e Renato Aragão.
  • 1992-1993: Redatores: Expedito Faggioni, Gilberto Fernandes, Humberto Ribeiro, Lipe, José Sampaio, Mauro Wilson, Paulo de Andrade, Paulo Duarte e Roberto Silveira, com redação final de Wilton Franco e Renato Aragão.
  • 1993-1994: Redação Final: Mauro Wilson e João Motta, com redação de Aloísio de Abreu, Bráulio Tavares, Cláudia Souto, João Carlos Motta, Juca Filho, Lenine, Mané Jacó, Mauro Wilson, Mú Chebabi e Paulo de Andrade

História[editar | editar código-fonte]

Primórdios[editar | editar código-fonte]

Sua estreia ocorreu em 1966, na TV Excelsior de São Paulo, com o nome Os Adoráveis Trapalhões. Reunia na sua fórmula quatro tipos: o galã Wanderley Cardoso, o diplomata Ivon Cury, o estourado Ted Boy Marino e o palhaço Renato Aragão, o "Didi Mocó", além de Manfried Sant'Anna, o "Dedé Santana" e Roberto Guilherme, o eterno Sargento Pincel. Com a saída de alguns desses integrantes, e a entrada do sambista participante de Os Originais do Samba Antônio Carlos Bernardes Gomes (o "Mussum") em 1972 e de Mauro Faccio Gonçalves (o "Zacarias") em 1976, consolidou-se o grupo que iria mais tarde tornar-se um dos quadros mais famosos da TV brasileira.

Na TV Record, estreando em 1972, o programa foi chamado de Os Insociáveis, o que desagradava Renato Aragão. Ao passar para a TV Tupi em 1974, ele fez com que o nome de Os Trapalhões se fixasse como sendo o do grupo (também incluiu Zacarias, no lugar de Roberto Guilherme, que antes completava o quarteto como "Beto"). Ali, Os Trapalhões conseguiram maior audiência em seu horário do que o quase sempre líder de audiência Fantástico, na cidade de São Paulo.[carece de fontes?] Mas a antiga emissora já apresentava muitas dificuldades financeiras, o que trouxe inúmeros problemas aos artistas. Finalmente, o programa foi para a TV Globo em 1977, onde conseguiu um sucesso duradouro até 1995, com reprises de 1996 até 1999.[carece de fontes?]

Estreia na TV Globo[editar | editar código-fonte]

Em 1977, o diretor de operações da TV Globo, José Bonifácio de Oliveira Sobrinho, o Boni, convidou os Trapalhões para levar seu programa para a emissora. Renato Aragão conta que temia aceitar a proposta.[carece de fontes?] Afinal, na Tupi, ele tinha toda a liberdade para ser irreverente o quanto quisesse. A Globo era conhecida pelo seu padrão de qualidade, e o humorista não tinha certeza se os Trapalhões se encaixariam nele. Para não ter que recusar formalmente a proposta, ele chegou a fazer uma lista de exigências de três páginas na qual determinava quais seriam o diretor, redator e o horário do programa. Para sua surpresa, Boni aceitou sem questionamentos as exigências. Os Trapalhões mudaram, então, de emissora. Depois de dois especiais exibidos dentro da faixa de programação Sexta super, às 21h, em janeiro e fevereiro, Os Trapalhões estreou em 13 de março de 1977, aos domingos, antes do Fantástico. O programa apresentava uma sucessão de esquetes entremeados com números musicais, exibidos sem aparente conexão, exceto a presença dos próprios Trapalhões.

Um quadro mais longo, cheio de ação e diálogos, podia ser seguido por uma sucessão de gags visuais curtas e um quadro fixo como o Trapaswat, uma paródia do seriado americano SWAT. O diretor Augusto César Vannucci citava as chanchadas e a comédia pastelão como principais referências, mas não havia um formato pré-estabelecido. Segundo Renato Aragão, qualquer ideia podia virar um esquete a qualquer momento. Ele conta que, certa vez, a caminho do estúdio, ouviu no rádio a canção Teresinha, de Chico Buarque. Achou que a letra – a história de vários amores do ponto-de-vista de uma mulher – daria um quadro para Os Trapalhões. Ao chegar ao Teatro Fênix, onde era gravado o programa, escreveu ele próprio o esquete e, no mesmo dia, gravou uma espécie de videoclipe satírico no qual o quarteto interpretava os personagens da música. Foi a primeira de uma série de paródias de musicais que marcaram o humorístico. Os Trapalhões também costumavam participar dos números dos cantores convidados. Quando Ney Matogrosso foi ao programa, Didi estava trajando figurinos e maquiagem idênticos aos dele, por exemplo. Situação parecida aconteceu em outras ocasiões com outros artistas, como Elba Ramalho e Tony Tornado.

O programa também tinha outros atores fixos que não faziam parte do quarteto principal: o hilariante Tião Macalé (que imortalizou o bordão "Ih! Nojento!"), Jorge Lafond (que satirizava os homossexuais), Emil Rached (o gigante atrapalhado de 2,23 m), Carlos Kurt (o "alemão" de olhos esbugalhados e sempre mal-humorado), Felipe Levy (frequentemente no papel de "chefe" ou "comandante"), Roberto Guilherme (o eterno "Sargento Pincel", quase o quinto trapalhão, uma vez que acompanhou o grupo em toda sua trajetória), Dino Santanna (irmão de Dedé Santana), o anão Quinzinho entre muitos outros.

Quinze anos dos Trapalhões[editar | editar código-fonte]

Foi nesse contexto de ampla aceitação que o grupo comemorou 15 anos de existência, com o especial Os Trapalhões – 15 anos, exibido no domingo, dia 28 de junho de 1981, no último domingo do mês, durante sete horas, com a participação de quase todo o elenco da TV Globo, jornalistas e músicos convidados. O especial também serviu para divulgar a campanha em favor dos portadores de deficiência visual, promovendo a doação de córneas e de bolsas de emprego em todo o país.Nesse ano, sob direção de Adriano Stuart e redação de Gilberto Garcia, Os Trapalhões já tinha um público notoriamente infantil e foi nessa época que o quarteto alcançou grande repercussão, principalmente depois dos sucessos que fizeram no Festival de Berlim. Tanto o público quanto os críticos passaram a ver os quatro integrantes do grupo como os principais representantes nacionais da comédia infantojuvenil. No mesmo ano, a Globo exibiu uma programação especial de quinze anos dos Trapalhões que ficou por sete horas no ar, com onze quadros e uma campanha em favor dos deficientes físicos.

1982 e 1983[editar | editar código-fonte]

Em 1982, o programa ganhava a direção de Osvaldo Loureiro, o público passou a assistir a gravação de alguns quadros no Teatro Fênix (Rio de Janeiro). Em maio de 1983, o programa iniciou uma nova fase com Gracindo Júnior (direção) e Carlos Alberto de Nóbrega (redação). Além dos tradicionais esquetes isolados, as comédias teatrais bastante conhecidas foram adaptadas para o humor do programa. Shows eram gravados mensalmente com a participação do público. Passaram também a ser incluídas gravações externas. Ainda em 1983, foi exibida a campanha Nordeste Urgente até 1985. Na redação de 1983, que além de Renato Aragão e Carlos Alberto de Nóbrega, estavam Roberto Silveira, Wilson Vaz, Emanoel Rodrigues, Expedito Faggioni e Marcos Serrate.

Separação (1983) e a campanha SOS Nordeste[editar | editar código-fonte]

O programa passou por um período delicado quando os Trapalhões decidiram se separar. Dedé, Mussum e Zacarias romperam com a Renato Aragão Produções, empresa que cuidava dos negócios do grupo, formaram sua própria empresa (Demuza) e optaram por seguir sozinhos na carreira cinematográfica e deixar o programa. A separação durou cerca de seis meses, período em que Renato Aragão estrelou sozinho o programa. A TV Globo exibiu uma programação especial dedicada aos nordestinos, com 12 horas de duração. Renato Aragão apresentou a campanha SOS Nordeste e Os Trapalhões sem Dedé, Mussum e Zacarias, sendo que estes estavam no antigo programa humorístico "A Festa É Nossa".

Retorno[editar | editar código-fonte]

No final de 1983, por iniciativa própria, os humoristas decidiram voltar com o quarteto. Depois do período de afastamento, que Renato Aragão passou a chamar de “férias conjugais”, Os Trapalhões voltaram em grande estilo no domingo, dia 25 de março de 1984, num programa que contou com a participação de Chico Anysio. Em um cenário todo branco, exceto por alguns esparsos elementos de cena – uma árvore e alguns soldadinhos de chumbo, vivamente coloridos –, o comediante contou a história dos Trapalhões para uma pequena plateia formada por Simony, a apresentadora da Turma do Balão Mágico; Isabela Bicalho, a Narizinho do Sítio do pica-pau amarelo; e Gabriela Bicalho, atriz mirim do elenco da novela Champagne. Ilustrando a fala de Chico Anysio, imagens de arquivo relembraram o início da carreira do grupo, seus sucessos no cinema e momentos marcantes na televisão. Em seguida, Renato Aragão, Dedé Santana, Mussum e Zacarias entraram em cena, trajando smokings e, emocionados, se reapresentaram para o seu público.

1984, 1985 e 1986[editar | editar código-fonte]

Sob direção de Paulo Araújo, em 1984, o quarteto teve uma renovação na linguagem visual para dar uma maior unidade, com a base do cenário sendo branca, mudando a cor apenas dos elementos de cena. Passaram a ser usados pela primeira vez bordões pelo grupo (Acredite, mas não é; Dez, nota dez). Em 1985, os humoristas gravaram uma série de catorze episódios em Los Angeles. A partir de 1986, Com direção geral de Walter Lacet, o programa começou a focar mais o público infantil, com quadros direcionados para essa faixa etária e uso dos efeitos especiais. Em agosto do mesmo ano, Carlos Manga passa a dirigir o programa, fazendo quadros mais curtos e interligados uns aos outros.

Plateia[editar | editar código-fonte]

Os Trapalhões passou a contar com uma plateia presente às gravações no Teatro Fênix, a partir de 1982, quando o programa era dirigido por Oswaldo Loureiro. Os esquetes eram encenados como se fosse um programa ao vivo, com o mínimo de pausa para a mudança de cenários e figurinos. As constantes improvisações do grupo se tornaram ainda mais frequentes diante de um público que parecia adorar o espírito anárquico dos comediantes. Mais tarde, os “cacos” que resultavam em erros e forçavam a equipe a ter que refazer as cenas – em boa parte das vezes porque o elenco se perdia em gargalhadas descontroladas – passaram a ser exibidos em edições especiais do programa no final do ano, tamanho sucesso faziam aos olhos da plateia.

Em 1983, o programa passou a ser dirigido por Gracindo Júnior e redigido por Carlos Alberto de Nóbrega. Gracindo Júnior imprimiu um formato diferente a cada semana, sem fugir do humor característico dos Trapalhões. Assim, em um domingo o programa podia adaptar comédias teatrais; em outro, se transformar num show circense e, no seguinte, apresentar os tradicionais esquetes isolados. Ainda em 1983, houve uma separação não amigável entre os integrantes do grupo!

Os Trapalhões nas ruas e o SOS Nordeste[editar | editar código-fonte]

Em 1984, Os Trapalhões passou a ser dirigido por Paulo Araújo. Na equipe de redação estavam, além do próprio Renato Aragão, Carlos Alberto de Nóbrega, Emanuel Rodrigues, Expedito Faggioni, Arnaud Rodrigues, Humberto Ribeiro, Mário Alimari, Nelson Batinga e Bráulio Tavares. O número de quadros do programa aumentou consideravelmente – agora eram cerca de 20 por semana – assim como as cenas externas. Um dos quadros, Jabagnum – sátira ao seriado policial Magnum, exibido pela TV Globo – tinha várias sequências em que Didi corria pelas ruas do Rio de Janeiro envergando camisa havaiana e bigode iguais aos de Tom Selleck, astro do seriado. Em 1985, Didi, Dedé, Mussum e Zacarias foram gravar nos Estados Unidos uma série de 14 episódios que foi exibida a partir de abril, no bloco final do programa. A série mostrava os Trapalhões envolvidos em confusões e perseguições pelas ruas de Los Angeles. Em 1985, o primeiro programa contou com participação de vários artistas, durou quatro horas em um dia de domingo de agosto e teve nome de SOS Nordeste. Na redação do programa Os Trapalhões de 1985, que além de Renato Aragão e Carlos Alberto de Nóbrega, estavam Roberto Silveira, Expedito Faggioni, Emanoel Rodrigues, Marcos César, Humberto Ribeiro e Geraldo Alves.

Novas mudanças[editar | editar código-fonte]

Os Trapalhões passou por uma reformulação em março de 1986, quando Walter Lacet assumiu a direção geral do programa. A principal novidade foi a criação de quadros dirigidos especificamente para crianças. Embora fosse um humorístico bastante abrangente, o programa sempre teve grande apelo junto ao público infantil, com uso frequente de efeitos especiais. Renato Aragão classifica seu humor como primordialmente simples e de fácil assimilação. Outra mudança foi a diminuição do número de esquetes independentes em favor de quadros que reuniam Didi, Dedé, Mussum e Zacarias. Atores do elenco da TV Globo que, em geral não costumavam aparecer em humorísticos, foram convidados especiais do programa. Em agosto, Carlos Manga assumiu a direção geral. O número de gravações externas aumentou e os esquetes, agora mais curtos e rápidos, passaram a ser interligados. Dedé Santana passou a ser também co-diretor. A equipe de redação nessa época contava com Carlos Alberto da Nóbrega, Roberto Silveira, Gugu Olimecha, Expedito Faggioni, Humberto Ribeiro, Emanoel Rodrigues, além do próprio Renato Aragão e Celso Magno, o baiaco, que era também o dublê de Renato Aragão nas cenas perigosas. Carlos Alberto da Nóbrega e Roberto Silveira assinavam a redação e redação final.

O especial de 20 anos dos Trapalhões e o início da campanha Criança Esperança[editar | editar código-fonte]

No domingo, dia 28 de dezembro de 1986, os Trapalhões comemoraram 20 anos de carreira com um programa especial dedicado à Campanha do Menor Carente, que marcava o início de uma série de campanhas sociais que seriam exibidas pela TV Globo no decorrer do ano seguinte. Transmitido ao vivo do Teatro Fênix, 20 Anos TrapalhõesCriança Esperança foi ao ar às 11h05 da manhã e se estendeu por nove horas. Em cada um dos seus 28 blocos, fazia-se um balanço das doações da campanha e eram exibidas vinhetas sobre os direitos das crianças, entrevistas com convidados e documentários sobre experiências de apoio e recuperação de menores de rua. A partir de então, a TV Globo passou a exibir anualmente o especial Criança Esperança. No mesmo ano, a Globo exibiu um programa especial de vinte anos dos Trapalhões que ficou por nove horas no ar, com vinte e oito quadros e uma campanha dedicada ao menor e jovem carente. O programa comemorativo 20 Anos Trapalhões – Criança Esperança iniciou oficialmente e definitivamente a campanha do menor e do jovem carente de todo o Brasil, chamada Criança Esperança, organizada pela Unicef, então parceira da TV Globo durante 18 anos (1986-2003). Antes, o Criança Esperança era chamado de SOS Nordeste, idealizado pelo próprio Renato Aragão.

Reformulações[editar | editar código-fonte]

Em 1987, ocorreram novas mudanças: Maurício Tavares assumiu a direção geral e inseriu quadros inéditos, além de humorísticos musicais (com a presença de cantores convidados). Em 1988, Wilton Franco assumiu a redação, redação final e direção geral do programa, que ganhou shows ao vivo com a participação do público e o público infantil passou a ganhar mais atenção, com brincadeiras, atrações e quadros voltados para esse público. O quarteto ainda se tornou parte integrante do elenco do extinto programa de rádio A Turma da Maré Mansa, transmitido pela Rádio Globo. Nesse ano o novo quadro fixo, Quartel Trapalhão foi criado e tornou-se um grande sucesso. Os soldados eram o quarteto, além de atores que participavam e provocavam o Sargento Pincel, interpretado por Roberto Guilherme. Na equipe de redação de 1987 que além do humorista Renato Aragão, estavam Alberto Dini, Emanoel Rodruigues, Expedito Faggioni, Francisco de Assis, Humberto Ribeiro, Lipe, Marcos César, Marcos Serrate e Sérgio Valezin e na redação de 1988 que também além do humorista Renato Aragão com o diretor geral Wilton Franco estavam Emanoel Rodrigues, o ator Gibe, Gilberto Garcia, Humberto Ribeiro, Lipe, Mauro Wilson, Paulo de Andrade, Roberto Silveira e Sérgio Valezin. Na redação de 1989 que também além do humorista Renato Aragão com o diretor geral Wilton Franco estavam Emanoel Rodrigues, o ator Gibe, Gilberto Garcia, Humberto Ribeiro, Lipe, Mauro Wilson, Paulo de Andrade, Roberto Silveira, Sérgio Valezin e Walter Stuart.

Sem Zacarias (1990-1993)[editar | editar código-fonte]

No dia 18 de março de 1990, Zacarias morreu de insuficiência respiratória, antes do início da temporada do programa naquele ano. Segundo Renato Aragão, o impacto da morte do companheiro por pouco não representou o fim do grupo. Ele conta que, uma vez decidido que eles continuariam a trabalhar como forma de homenagear a memória de Zacarias, a estrutura dos Trapalhões precisou ser reinventada de forma a suprir a ausência do amigo. De fato, a estreia da nova temporada foi atrasada para o dia 8 de abril. A direção geral do programa continuava a ser de Wilton Franco e a supervisão de criação, que passou a ser de Chico Anysio, que trouxe mudanças significativas. O humorístico passou a ser dividido em duas partes. A primeira apresentava shows musicais e esquetes de humor em que Didi, Dedé e Mussum contracenavam com vários comediantes e convidados. No mesmo ano, fazia a sua estreia no programa o cantor Conrado, que era o galã do grupo e ficou por três anos e 9 meses no programa. Durante o programa ele engatou um relacionamento com a Paquita Andréia Sorvetão, que dura até hoje.

A segunda parte trazia sempre uma aventura passada no quadro Trapa Hotel. Um estabelecimento meio decadente que tenta a todo custo se manter apesar das confusões do gerente Didi; do secretário de esportes e lazer Dedé e do segurança Mussum. Os demais funcionários eram o cozinheiro Divino (Jorge Lafond), o carregador de bagagens Sorriso (Tião Macalé) e o diretor Batatinha (Roberto Guilherme). A atriz mirim Duda Little tinha participação no quadro como filha adotiva e melhor amiga de Didi e passou a fazer parte do elenco de apoio, mesmo contracenando com vários comediantes e convidados. Criado pela cenógrafa Leila Moreira, o cenário do Trapa Hotel - construído no Teatro Fênix – tinha dois andares, elevador panorâmico e porta de entrada giratória. O Trapa Hotel continuou a ser exibido em 1991, mas a primeira parte do programa sofreu mudanças. O palco do Teatro Fênix se transformou em um bairro típico de uma grande metrópole, com prédios altos, letreiros em néon, becos escuros, carros passando e muita fumaça. Nesse cenário, cantores convidados se apresentavam e novos quadros fixos - como a Oficina dos Picaretas e O Filho do Computador, algumas das enquetes do ano anterior foram mantidas, como o anão Ananias, feito por Renato Aragão. Na redação de 1990, estavam Elisa Palatnik, Emanoel Rodrigues, Expedito Faggionni, Gugu Olimecha, Humberto Ribeiro, José Sampaio, Luiz Carlos Góes, o comediante Mário Tupinambá, Mauro Wilson, Papa Camargo, Paulo de Andrade, Paulo Duarte, Roberto Silveira e Rose Duarte. Na redação de 1991 estavam Expedito Faggioni, Gugu Olimecha, Humberto Ribeiro, José Sampaio, Júlio Braz, Mauro Wilson, Paulo de Andrade, Paulo Duarte, Roberto Silvera, Rose Larrea e Wilson Vaz. A redação final do programa ficava a cargo do humorista Renato Aragão e do diretor geral Wilton Franco. Chico Anysio continuava com a supervisão de criação. No ano seguinte novos quadros, como a Oficina dos Picaretas e O Filho do Computador foram adicionados e o rap foi incorporado ao programa. Maurício Sherman que retornava a emissora, passou a dirigir o programa, juntamente com Wilton Franco.

Os Trapalhões 25 Anos e a programação especial[editar | editar código-fonte]

Em julho, para celebrar os 25 anos dos Trapalhões, a TV Globo apresentou uma programação especial, com 25 horas de duração, durante a qual foram lançadas campanhas de conscientização sobre os direitos da criança, com arrecadação de donativos para as obras da Unicef. As comemorações tiveram início no sábado, dia 27, a partir de uma matéria do Jornal Nacional, seguida de flashes ao vivo do Teatro Fênix. No dia 28, a programação teve início às 7 horas com a missa celebrada ao vivo pelo cardeal D. Eugênio Salles e terminou no fim da noite, no Teatro Fênix, com a despedida e o agradecimento dos Trapalhões ao público. O especial Trapalhões 25 Anos – Festa da Amizade teve direção geral de Aloysio Legey e Walter Lacet e direção de Maurício Sherman e Wilton Franco. No mesmo ano, a Globo exibiu uma programação especial de vinte e cinco anos que ficou no ar durante 25 horas. A edição especial da Escolinha do Professor Raimundo no sábado, dia 27 ou no domingo, dia 28 com os atores e atrizes da Globo, fez uma emocionante homenagem ao saudoso Mauro Gonçalves, o Zacaria, feito pelo saudoso mestre do humor Chico Anysio.

Vila Vintém[editar | editar código-fonte]

Em março de 1992, foi estreada a A Vila Vintém, que mostrava histórias passadas em uma rua de subúrbio, além da Agência Trapa Tudo. Didi era o vagabundo "Bonga", personagem que já havia interpretado em filme dos anos 1970, e acolhia a menina "Tininha" (Alessandra Aguiar), fugida de um orfanato – o primeiro quadro da dupla fez clara referência ao O garoto, de Charles Chaplin; Dedé era o dono de uma oficina; Mussum o mordomo de uma casa rica. Na redação de 1992 estavam Expedito Faggioni, Gilberto Fernandes, Humberto Ribeiro, Lipe, José Sampaio, Mauro Wilson, Paulo de Andrade, Paulo Duarte e Roberto Silveira. como em 1990 e 1991, a redação final ficou a cargo do humorista Renato Aragão e do saudoso diretor Wilton Franco.

Inovações[editar | editar código-fonte]

Com a missão de renovar a linguagem d'Os Trapalhões, José Lavigne assumiu a direção geral em 1993 e promoveu modificações radicais no programa. A plateia foi abolida e os esquetes deixaram de ser pontuados pelas risadas da claque. A primeira parte do programa trazia esquetes variados em que Didi, Dedé e Mussum contracenavam com o elenco do ano anterior. Alguns desses esquetes eram fixos, como Os piratas, em que os Trapalhões, caracterizados como os próprios piratas, apareciam nas situações mais inusitadas, e também bastava Didi mencioná-la para aparecerem repentinamente uma multidão de piratas para atacar todos os presentes na cena. A origem do quadro deu-se devido à frase OOS PIRATAAA!, que Didi repetia várias vezes durante as cenas da temporada de 1993, e que acabou dando origem ao quadro fixo, assim como criou outros quadros, como O Mestre (pronunciado do mesmo jeito de OOS PIRATA: OOO MESTRE!), que se passava em um templo onde Mussum era um velho mestre chinês e Didi era Bruce Lindo, seu aprendiz. A redação final era de Mauro Wilson e depois João Motta, a colaboração foi do grupo Casseta & Planeta, os diretores assistentes eram Márcio Trigo e Paulo Aragão e a direção geral coube a José Lavigne. A supervisão artística era de Maurício Sherman. Na redação de 1993 estavam Aloísio de Abreu, Bráulio Tavares, Claudia Souto, João Carlos Motta, o ator Juca Filho, o cantor Lenine, Mané Jacó, Mauro Wilson, Mu Chebabi e Paulo de Andrade.

A segunda parte do programa, em 1993 era dedicada à comédia Nos cafundós do brejo, escrita pelos humoristas do Casseta & Planeta e pelo dramaturgo Carlos Lombardi. Com uma linguagem entre o sitcom e as histórias em quadrinhos, o quadro mostrava o cotidiano de Zé do Brejo, personagem de Renato Aragão, e sua vida numa fazenda caindo aos pedaços. No elenco também estavam Alessandra Aguiar, Sérgio Mamberti, Chico Diaz, Letícia Spiller e Roberto Bomtempo.

Morte de Mussum[editar | editar código-fonte]

Em 29 de julho de 1994, quando Mussum morreu, em decorrência de problemas no coração, Renato Aragão conta que achou que sua carreira havia chegado ao fim. Depois de prosseguir durante um tempo, o humorista decidiu parar de gravar o programa. Nesse ano, o programa deixou de gravar quadros para exibir apenas reprises, que continuaram até a reestreia do programa, em 1995.

Versões compactas de 25 minutos com os melhores momentos dos Trapalhões desde a estreia em 1977 passaram a ser exibidos de segunda à sexta, às 17h. A direção era de Fernando Gueiros, com supervisão artística de Maurício Sherman.

Tudo novo em 1995[editar | editar código-fonte]

Os Trapalhões voltou ao ar apenas em 1995, exibido nas tardes de domingo e dirigido por Paulo Aragão Neto, filho de Renato Aragão. Nessa fase, as reprises dos melhores momentos continuaram a ser apresentadas no programa. Em um cenário idealizado por Leila Moreira – um palco fixo de 360°, cercado pela plateia e com um fundo composto por um telão com nove telas planas e mais 25 monitores, que faziam uma moldura em torno das telas –, Didi e Dedé organizavam brincadeiras com a plateia e recebiam artistas convidados, com quem comentavam os esquetes e relembravam suas participações no programa. A função de recepcionar os convidados também cabia às Didicas, duas assistentes de palco vividas por Terezinha Elisa e Roberto Guilherme. As Didicas também participavam das gags com os Trapalhões e apresentavam coreografias entre um quadro e outro. O figurino da dupla era temático, idealizado por Lulu Areal de acordo com os convidados do programa. Já Renato Aragão e Dedé Santana trajavam um figurino sóbrio, diferente de todos os que já usaram no programa. No encerramento, manteve-se a tradição de se mencionar as campanhas da Unicef em prol das crianças carentes. Em julho, o programa estreou o quadro Plantão Trapalhão, no qual Alessandra Aguiar apresentava entrevistas curtas feitas com personalidades, transmitidas através do telão, e contracenava com Renato Aragão no palco. Em agosto, o programa ainda apresentou novas mudanças: Didi e Dedé estrelavam versões bem-humoradas de clássicos infantis e esquetes com a participação de humoristas como Tom Cavalcante e Eliezer Motta, entre outros. Mas nesse mesmo mês, o programa foi cancelado.

Trinta anos de grandes alegrias e emoções[editar | editar código-fonte]

Em 1996, os comediantes e humoristas Renato Aragão e Dedé Santana foram os apresentadores do 11° show especial do programa Criança Esperança, Os Trapalhões 30 Anos. Esse especial reuniu parte de todo o grande elenco da Globo e artistas diversos. O especial Criança Esperança, Os Trapalhões 30 Anos foi criado por Aloysio Legey, Paulo Netto e Mauro Monteiro, teve direção de Aloysio Legey e Paulo Netto e direção geral com núcleo de Aloysio Legey. O especial também homenageou os 30 anos do grupo humorístico Os Trapalhões, representados pelo trio humorístico Didi, Dedé e Sargento Pincel, respectivamente (Renato Aragão, Dedé Santana e Roberto Guilherme). O programa humorístico e o grupo humorístico Os Trapalhões seria extinto definitivamente em 1997. No mesmo ano, a Globo exibiu um programa especial com os 30 anos dos Trapalhões, com 2 horas de duração. Com direção geral e com núcleo de Aloysio Legey, direção de Aloysio Legey e Paulo Netto e criação de Aloysio Legey, Paulo Netto e Mauro Monteiro, o show Criança Esperança 96 trouxe uma homenagem emocionante aos 30 anos dos Trapalhões, com Renata Ceribelli, crianças e os atores Marcos Frota e Suzana Vieira.

Palavrões em humor ingênuo[editar | editar código-fonte]

Mesmo que a trupe de humoristas usasse uma temática mais ingênua e com humor pastelão, alguns filmes dos Trapalhões tiveram palavras de baixo calão e seus produtores se esqueceram de cortar ou censurar algumas cenas dos mesmos.[8][9][10][11][12]

Atualmente[editar | editar código-fonte]

Após várias discussões e debates na TV Globo, Dedé reergueu sua parceria com Renato no programa de televisão A Turma do Didi, dirigido por Guto Franco. O episódio foi transmitido no domingo, dia 22 de junho de 2008 e contou com a participação dos amigos juntos. Após os momentos de nostalgia e brincadeiras entre a equipe técnica, que confirma que Didi ficou à vontade ao trabalhar com Dedé, o elenco surpreendeu-os com bolo e festa pela presença do humorista novamente na trupe. Foram quase quinze anos de distância profissional ou pessoal, mas a amizade, dizem eles, continua a mesma. Apesar de toda a alegria do reencontro, nenhuma menção ao extinto Os Trapalhões foi feita. "Reviver o passado é muito duro para nós dois", explica Aragão, o Didi, adicionando que "não podemos fazer nenhuma referência; foi uma época de ouro, agora é outro trabalho, novos tempos".[13] Em 2010, a série deu lugar a Aventuras do Didi,[14] que manteve o mesmo formato e foi cancelada em fevereiro de 2013.[15]

Em 2014, Renato Aragão e Dedé Santana atuaram em Os Saltimbancos Trapalhões - O Musical, montada por Charles Möeller e Claudio Botelho,[16] a peça no entanto não é um remake do filme original, mas sim uma nova adaptação do musical Os Saltimbancos[nota 1] de Sergio Bardotti e Luis Enríquez Bacalov, inspirado no conto Os Músicos de Bremen, dos irmãos Grimm, que em 1977 ganhou uma versão brasileira e músicas adicionais de Chico Buarque. No ano seguinte, foi confirmado um novo filme inspirada no musical, Os Saltimbancos Trapalhões: Rumo a Hollywood[18] lançado em 2017, não se tratando um remake, mas sim de um reboot.[19]

Em 2016, o Canal Viva anunciou a possibilidade de uma releitura de Os Trapalhões, nos moldes do remake da Escolinha do Professor Raimundo,[20] lançado em 2015[21] Rodrigo Sant'Anna, Mussunzinho (filho do humorista Mussum),[22] Tadeu Mello,[23] Aílton Graça, Rafael Cortez[24] e Armando Babaioff.[25] chegaram a ser cogitados como os "Novos Trapalhões", diferente da Escolinha, a série é um revival,[26] os personagens serão sobrinhos dos personagens originais.[27]

Renato Aragão foi redator, Mauro Wilson foi redator final e Ricardo Waddington foi diretor geral de gênero. O humorístico completou 40 anos no ar em 2017, quando estreou em 13 de março de 1977. O primeiro ator confirmado foi Lucas Veloso (filho do falecido humorista Shaolin),[22] como Didico, logo se juntaram ao ator e confirmados o cantor Mumuzinho,[28] como Mussa, o humorista ex-Pânico Gui Santana como Zaca e o ator Bruno Gissoni como Dedeco.[27] Também foi confirmado na direção Fred Mayrink. Dedé Santana chegou a recusar participar da nova versão devido a problemas de direitos autorais,[29] mas voltou atrás e está confirmado assim como Nego do Borel, que estará como Tião, em homenagem a Tião Macalé.[30][31]

A releitura foi exibida de 17 de julho a 19 de novembro de 2017, com apenas 10 episódios, tendo sido cancelada depois do episódio final devido a baixa audiência e recepção desfavorável do público e dos críticos.

Reprises[editar | editar código-fonte]

Desde 1994, quando Mussum faleceu, a TV Globo reprisava os Trapalhões. Em 1998, por exemplo, as reprises eram diárias as 11h30 da manhã antecedendo os jornais locais porém não eram exibidas na cidade de SP devido ao aumento da duração do SPTV ocorrido em março do mesmo ano. Em 14 de agosto de 2000, as reprises foram extintas, só voltando em 2010 dentro do Aventuras do Didi, em comemoração dos 50 anos do personagem Didi.

De 1 de Janeiro de 2018 a 13 de Janeiro de 2020, as temporadas de 1988 a 1995 foram reprisadas pelo Canal Viva,[7] deixando as temporadas de 1977 a 1987 de lado.

Aberturas[editar | editar código-fonte]

A primeira abertura original d'Os Trapalhões foi produzida pela Blimp Film com criação, direção, roteiro e storyboard de Joaquim 3 Rios no final de 1975.[32] Era um desenho animado que mostrava Didi, Dedé, Mussum e Zacarias numa sequência de situações absurdas. Entre outras aventuras, os quatro escapavam de ser atropelados por uma locomotiva, fugiam da perseguição de um tubarão, atravessavam o sertão vestidos como cangaceiros e subiam a bordo de um navio pirata no qual Didi aparecia como capitão, usando uma perna-de-pau. Tudo isso ao som do tema instrumental que acompanharia o grupo ao longo dos anos, composto pelo diretor musical do programa José Menezes França.[1][2] As palavras “os trapalhões” tinham a cor branca

O programa ganhou nova abertura de Hans Donner em 25 de março de 1984. Dessa vez, os quatro comediantes gravaram todas as cenas em película, como se estivessem contracenando com outros atores. Depois, suas imagens foram coloridas por computador e foram inseridos desenhos animados. Como na primeira abertura, os Trapalhões eram mostrados em diversas situações cômicas, mas, dessa vez, os traços realistas ressaltavam o absurdo das gags: Didi chutou o esqueleto de um boi vertebrado, que colocou o próprio correr; Dedé era um frentista de posto de gasolina que, distraído com a passagem de uma mulher de biquíni, quase afogava um cliente com combustível; Mussum era um pescador que secava um rio quando acidentalmente arrancava a tampa de um ralo gigante; Zacarias era um caçador embrenhado na mata que levava um ovo na cara quando tentava atirar num passarinho; e Didi, um presidiário que fazia embaixadas com a bola de ferro presa ao seu tornozelo, dava um belo chute de bicicleta e era catapultado para fora dos muros da prisão. Renato Aragão lembra que teve que repetir a cena da bicicleta diversas vezes, sem dublê, até que o diretor se desse por satisfeito com o resultado. As palavras “os trapalhões” ganharam estrelas com as cores nas letras: Uma estrela azul na letra a, uma estrela vermelha na letra p, uma estrela verde na letra a e uma estrela amarela na letra ó com o til em cima.

A abertura de 8 de abril de 1990 foi uma das mais simples, em relação às já feitas. Talvez isso se deva ao fato de que não quiseram colocar imagens do grupo, pois se tratava dos primeiros programas gravados sem a presença de Zacarias, que havia falecido naquele mesmo ano em março. Para começar, pela primeira vez, desde a estreia, os humoristas não apareciam na vinheta de abertura. Dessa vez, uma animação mostrava as letras da logomarca do programa executando um balé no vídeo até que, por fim, se uniam para formar as palavras “OS TRAPALHÕES”, que ficaram grandes.

Em 1992, Didi, Dedé e Mussum voltaram com uma nova abertura: Mussum-o guarda de trânsito atrapalhado, Dedé um tocador de flauta ilusionista e Didi um domador de elefante. Essa foi a quarta abertura e as palavras “OS TRAPALHÕES” continuaram a ficar grandes.

Em 1993, a quinta abertura foi criada por Hans Donner, dessa vez, os três protagonistas eram marionetes manipulado pelos próprios. As palavras “OS TRAPALHÕES” ficaram grandes.

Em 31 de julho de 1994, com a morte de Mussum, foi intitulado como "os melhores momentos de todos os tempos"… a sexta abertura ficou similar com a anterior, e contava com diversas montagens de todas as aberturas. A abertura ganhou o nome de “FESTIVAL OS TRAPALHÕES”.

Em 1995, a última abertura ficou similar com a anterior, e contava com diversas montagens de todas as aberturas. Foi a última abertura do programa “OS TRAPALHÕES”.

Os Trapalhões em Portugal[editar | editar código-fonte]

Ver artigo principal: Os Trapalhões em Portugal

O programa em Portugal contava apenas com Dedé Santana e Renato Aragão (Didi Mocó) e com a paricipação Roberto Guilherme. Na versão produzida pela SIC a série não contava com Zacarias e Mussum, que já tinham falecido à altura.

Convidados pela SIC para repetirem a proeza que fizeram no Brasil, fizeram então "Os Trapalhões em Portugal". A série durou quatro anos, de 1995 a 1998.

Para além de Didi e Dedé, o show também contava com alguns atores portugueses, como José Boavida, Carlos Sebastião, João Didelet, Raquel Almeida, Rita Aresta, Ana Luís e João Vaz.[33]

Legado[editar | editar código-fonte]

Filmes[editar | editar código-fonte]

O primeiro filme foi realizado em 1966 e contava apenas com a dupla Didi e Dedé. Com a formação clássica (que contava ainda com Mussum e Zacarias) foram realizados vinte e três filmes, entre 1978 e 1990. Mais de cento e vinte milhões de pessoas já assistiram a filmes de Os Trapalhões,[16] sendo que sete filmes estão na lista dos dez mais vistos na história do cinema brasileiro. São eles:

Renato Aragão e Dedé Santana em cena no filme Ali Babá e os 40 ladrões, 1972. Arquivo Nacional.
  • 4.º lugarO Trapalhão nas Minas do Rei Salomão de 1977, com 5,8 milhões de espectadores
  • 5.º lugarOs Saltimbancos Trapalhões de 1981, com 5 milhões
  • 6.º lugarOs Trapalhões na Guerra dos Planetas de 1978, com 5 milhões
  • 7.º lugarO Cinderelo Trapalhão de 1979, com 4,7 milhões
  • 8.º lugarOs Trapalhões na Serra Pelada de 1982, com 4,7 milhões
  • 9.º lugarO Casamento dos Trapalhões de 1988, com 4,5 milhões
  • 10.º lugarOs Vagabundos Trapalhões de 1982, com 4,4 milhões

Histórias em quadrinhos[editar | editar código-fonte]

Álbuns[editar | editar código-fonte]

  • Vol. I (1974)
  • Volume 2 (1975)
  • Os Trapalhões Na TV (1979)
  • Saltimbancos Trapalhões ‎(1981)
  • O Forró dos Trapalhões (1981)
  • Os Vagabundos Trapalhões (1982)
  • Os Trapalhões Na Serra Pelada (1982)
  • O Cangaceiro Trapalhão (1983)
  • Atrapalhando A Suate (Compacto) (1983)
  • O Trapalhão Na Arca de Noé (1984)
  • Os Trapalhões E O Mágico de Oróz (1984)
  • Pintando O Sete (EMI) (1984)
  • A Filha dos Trapalhões (Compacto) (1985)
  • Os Trapalhões No Reino da Fantasia (Compacto) (1985)
  • Os Trapalhões No Rabo do Cometa (1986)
  • Os Trapalhões (1987)
  • Os Trapalhões (1988)
  • Amigos do Peito - 25 Anos dos Trapalhões (1991)
  • Os Trapalhões (Portugal) (1995)
  • Trapalhões E Seus Amigos (1996)
  • O Trapalhão E A Luz Azul (1999)
  • Didi & Sua Turma (2000)

Livros[editar | editar código-fonte]

Os Trapalhões possuem três livros que retratam seu trabalho. O primeiro, lançado em 1996, tem o nome Ô Psit, o Cinema Popular dos Trapalhões, da gaúcha Fatimarley Lunardelli. A obra, com tom acadêmico, desvenda as fórmulas usadas pelo quarteto para fazer sucesso também nas salas de cinema. O segundo livro, Os Adoráveis Trapalhões, é de 2007, e foi escrito por Luís Joly, o mesmo autor de Chaves: Foi sem Querer Querendo?. A obra de Joly conta o nascimento, o auge e a separação do grupo, desde a formação original até a última fase, em Portugal. O terceiro livro, O Cinema dos Trapalhões, por quem fez e por quem viu, foi escrito por Rafael Spaca e trata da obra fílmica do quarteto. O livro reúne 132 entrevistas com profissionais que trabalharam com os Trapalhões no cinema, incluindo entrevistas inéditas com Renato Aragão e Dedé Santana. Em 2017 a Editora Estronho lançou o livro As HQs dos Trapalhões, esse livro é organizado por Rafael Spaca.

Homenagem[editar | editar código-fonte]

Em 1988 a escola de samba Unidos do Cabuçu prestou homenagem aos Trapalhões com o samba-enredo O mundo mágico dos Trapalhões[34]

Elenco[editar | editar código-fonte]

Ao longo de todos esses anos, fizeram parte do elenco de Os Trapalhões, entre muitos outros:

Álvaro Aguiar, Apolo Correia, Andrea Veiga, Andréia Faria, Átila Iório, Anderson Müller, Angelito Mello, Augusto Olímpio, Aurimar Rocha, Alessandra Aguiar, Bia Seidl, Carlos Alberto de Nóbrega, Carlos Eduardo Dolabella, Carlos Koppa, Carlos Kroeber, Carlos Kurt, Carlos Leite, Catalano, Catita Soares, Celso Magno Hofacker Rossatto (Baiaco), Cláudio Lisboa, Colé Santana, Conrado, Cristina Mullins, Cristina Nunes, Darcy de Souza, Dary Reis, Dayse Benvolff, Denny Perrier, Dilma Lóes, Dino Santana, Duda Little, Eduardo Conde, Edna Velho, Eliana Araújo, Eliana Ovalle, Emil Rached, Elizângela, Érica Nunes, Esmeralda Barros, Felipe Levy, Felipe Wagner, Fernando Multedo, Fernando Reski, Floro José, Glória Costa, Glória Cristal, Gilliane, Hilton Cobra, Humberto Freddy, Iran Lima, Isaac Bardavid, Ivan Mesquita, Ivan Setta, Ivon Cury, Jandir Motta, Jece Valadão, João Carlos Barroso, Jorge Cherques, Jorge Lafond,Júlio César Vieira, Aldine Müller, Alfredo Murphy, Alexandre Régis, Adriana de Broux, Amândio, Anão Quinzinho, André Sabino, Antônio Carlos Pires, Angelo Antônio, Antônio Pedro, Arthur Costa Filho, Ângela Vieira, Augusto Aloísio, Adalberto Silva, Bené, Benvindo Sequeira, Berta Loran, Brandão Filho, Bruno Mazzeo, Castrinho, Christina Rocha, Older Cazarré, Chico Anysio, Cláudia Jimenez, Cláudia Savieto, Cláudia Freire, Cléa Simões, Costinha Dary Reis, Jorgeh Ramos, José Leonardo, José Augusto Branco, Jorge Cherques, Lady Francisco, Lúcio Mauro, Luiz Armando Queiróz, Marina Miranda, Marcelo de Nóbrega, Márcia Cabrita, Marcelo Barauna, Mariette Detotto, Marilu Bueno, Marli Mendes, Marta Bianchi, Marta Pietro, Maurício do Valle, Mônica Fraga, Monique Evans, Monique Lafond, Narjara Turetta, Nelson Caruso, Orlando Drummond, Oberdan Júnior, Otávio Augusto, Olney Cazarré, Osmar Prado, Paulo Figueiredo, Paulo Nolasco, Paulo Rodrigues, Pepita Rodrigues, Roberto Guilherme, Rogério Cardoso, Roberto Lee, Rossane Campos, Reginaldo Primo, Ruth de Souza, Sandoval Motta, Sandra Barsotti, Selma Lopes, Silvia Massari, Silvino Neto, Sônia Maria, Sônia Mamede, Suzana Mattos, Ted Boy Marino, Terezinha Elisa, Thelma Reston, Tião Macalé, Tonico Pereira, Tony Tornado, Waldemar Rocha, Walter Santos, Walter Stuart, Wanderley Cardoso, Wilson Grey, Xuxa Meneghel, Zezé Macedo e Zilda Cardoso.

Notas

  1. I Musicanti no original[17]

Referências

  1. a b c «Morre no RJ o músico Zé Menezes, autor da trilha de 'Os Trapalhões'». G1. 31 de julho de 2014. Consultado em 13 de maio de 2019. Zé Menezes foi diretor musical na TV Globo, onde ingressou na década de 1970. É autor, entre várias trilhas sonoras e consagradas, do tema de abertura de Os Trapalhões e de vinhetas como do Chico City e Viva o Gordo. 
  2. a b c «dicionariompb.com.br/ze-menezes/dados-artisticos». Dicionário Cravo Albin da Música Popular Brasileira. 31 de julho de 2014. Consultado em 13 de maio de 2019. Na década de 1970, integrou a Orquestra da TV Globo de Televisão como primeiro guitarrista. Nessa emissora, compôs o tema de abertura do programa "Os trapalhões". 
  3. «OS TRAPALHÕES». Memoria Globo. Consultado em 13 de maio de 2019 
  4. a b «Ficha Técnica: Os Trapalhões (1969)». E-Pipoca. Consultado em 11 de fevereiro de 2019. Arquivado do original em 11 de fevereiro de 2019 
  5. de Castro, Tell (12 de outubro de 2015). «Em 1976, Os Trapalhões ameaçaram o Fantástico e foram contratados pela Globo». Notícias da TV / UOL. Consultado em 11 de fevereiro de 2019. Cópia arquivada em 11 de fevereiro de 2019 
  6. Kogut, Patícia (18 de dezembro de 2017). «Viva exibirá 'Os Trapalhões' a partir de janeiro». Patícia Kogut, O Globo. Consultado em 13 de maio de 2019 
  7. a b «VIVA estreia "Os Trapalhões" no horário nobre» (Nota de imprensa). VIVA para imprensa. Consultado em 14 de maio de 2019 
  8. Os Trapalhões e o Rei do Futebol (10:22)
  9. Os Fantasmas Trapalhões (22:33)
  10. Os Heróis Trapalhões: Uma Aventura na Selva (25:59, 1:08:18 & 1:19:14)
  11. Os Trapalhões e a Árvore da Juventude (45:54 & 1:18:01)
  12. Simão, o Fantasma Trapalhão (1:12:47)
  13. «Especial - "Os Trapalhões"» 
  14. Novo humorístico Aventuras do Didi estreia na TV Globo dia 4 de abril
  15. 'Casseta & Planeta' e 'Aventuras do Didi' saem do ar em 2013
  16. a b Didi e Dedé refilmam 'Os Saltimbancos Trapalhões', sucesso do grupo em 1981
  17. Glauce Rocha apresenta o espetáculo “Saltimbancos” até dia 2 de outubro
  18. Louise Soares (19 de outubro de 2014). «Estreando no teatro aos 78 anos, Dedé Santana quer atuar em filme sério». F5 - televisão. Consultado em 19 de outubro de 2014 
  19. “Não é remake, é reboot”, diz diretor do novo Os Saltimbancos Trapalhões
  20. Os Trapalhões podem voltar à televisão em 2017
  21. Saiba quem é quem na nova "Escolinha do Professor Raimundo"
  22. a b Filho de Shaolin, Lucas Veloso vence Rodrigo Sant'Anna e será o novo Didi
  23. "Estou me preparando para ser o novo Zacarias", diz Tadeu Mello
  24. Renato Aragão fala sobre volta de "Os Trapalhões" com novos atores: "Serão insubstituíveis"
  25. «'Os Trapalhões': Armando Babaioff está cotado para interpretar Dedé - Patrícia Kogut, O Globo». Patrícia Kogut 
  26. Revival de "Os Trapalhões" estreia com Leticia Lima como Mulher Silicone
  27. a b Renato Aragão revive quadro "Terezinha" em "Os Trapalhões": "Me emocionei"
  28. «Mumuzinho interpretará Mussum na nova versão de 'Os Trapalhões' - Patrícia Kogut, O Globo». Patrícia Kogut 
  29. Dedé Santana e Globo não chegam a acordo sobre ‘Os Trapalhões’
  30. «Agora sim: Dedé Santana é nome confirmado no novo "Os Trapalhões" - 03/04/2017 - UOL TV e Famosos». tvefamosos.uol.com.br. Consultado em 4 de abril de 2017 
  31. TV, Notícias da (12 de setembro de 2016). «Globo enfrenta impasses para voltar com Os Trapalhões em 2017». Notícias da TV 
  32. Spaca, Rafael (1 de dezembro de 2017). «Os Trapalhões: Joaquim 3 Rios». Os Curtos Filmes. Consultado em 13 de maio de 2019 
  33. Os Trapalhões em Portugal[ligação inativa]
  34. «S.E.R.E.S. UNIDOS DO CABUÇU». apoteose.com. Consultado em 23 de janeiro de 2011. Arquivado do original em 25 de março de 2011 

Bibliografia[editar | editar código-fonte]

  • Lunardelli, Fatimarley (30 de dezembro de 1995). Ô Psit! o Cinema Popular dos Trapalhões (Capa comum). [S.l.]: Artes e Ofícios. 177 páginas. ISBN 978-8-585-41866-3 
  • Joly, Luís; Franco, Paulo (dezembro de 2007). Adoráveis Trapalhões (Capa comum). [S.l.]: Matrix. ISBN 978-8-577-88021-8 
  • Spaca, Rafael (2016). O Cinema dos Trapalhões - Por Quem Fez e Por Quem Viu (Capa comum). [S.l.]: Matrix. 560 páginas. ISBN 978-8-583-73101-6 
  • Spaca, Rafael (15 de abril de 2017). As HQs dos Trapalhões (Capa comum). [S.l.]: Editora Estronho. 192 páginas. ISBN 978-8-594-58013-9. Consultado em 13 de maio de 2019 

Ligações externas[editar | editar código-fonte]