Paquistão
República Islâmica do Paquistão اسلامی جمہوریۂ پاکستان (urdu) (Islami Jamahuriat Pakistan) Islamic Republic of Pakistan (inglês) | |
Lema: Urdu: Iman, Aktad, Nizam ("Fé, Unidade, Disciplina") | |
Hino nacional: Qaumi Tarana | |
Gentílico: paquistanês | |
Território do Paquistão em verde escuro. Território disputado da Caxemira em verde claro. | |
Capital | Islamabad |
Cidade mais populosa | Carachi |
Língua oficial | Urdu e inglês |
Governo | República parlamentarista |
• Presidente | Mamnoon Hussain |
• Primeiro-ministro | Nawaz Sharif |
• Presidente da Assembleia Nacional | Sardar Ayaz Sadiq |
• Presidente do Senado | Nayyar Hussain Bukhari |
• Presidente do Supremo Tribunal | Iftikhar Muhammad Chaudhry |
Independência | do Reino Unido |
• Declarada | 14 de agosto de 1947 |
• República Islâmica | 23 de março de 1956 |
Área | |
• Total | 880 940 km² (34.º) |
• Água (%) | 3,1 |
População | |
• Estimativa para 2012 | 182 490 721[1] hab. (6.º) |
• Censo 2007 | 162 508 000[2] hab. |
• Densidade | 206 hab./km² (53.º) |
PIB (base PPC) | Estimativa de 2014 |
• Total | US$ 884,204 bilhões*[3] |
• Per capita | US$ 4 746[3] |
PIB (nominal) | Estimativa de 2013 |
• Total | US$ 236,518 bilhões*[3] |
• Per capita | US$ 1 295[3] |
IDH (2013) | 0,537 (146.º) – baixo[4] |
Gini (2008) | 30,0[5] |
Moeda | Rupia (Rs.) (PKR )
|
Fuso horário | PST (UTC+5) |
• Verão (DST) | (UTC+6) |
Cód. ISO | PAK |
Cód. Internet | .pk |
Cód. telef. | +92
|
Paquistão (em urdu: پاکستان; Pākistān, pronunciado: [pɑːkɪst̪ɑːn]), oficialmente República Islâmica do Paquistão (em urdu: اسلامی جمہوریۂ پاكستان; Islāmī Jumhūriyah-yi Pākistān, pronunciado: [ɪslɑːmiː d͡ʒʊmɦuːriəɪh pɑːkɪst̪ɑːn]), é um país soberano do Sul da Ásia. Com uma população superior a 180 milhões de pessoas, é o sexto país mais populoso do mundo e, com uma área de 796.095 quilômetros quadrados, é a 36ª maior nação do planeta em área territorial. O Paquistão tem um litoral com 1046 km de extensão ao longo do Mar da Arábia e do Golfo de Omã. O país asiático faz fronteira com a Índia a leste, com o Afeganistão a oeste e norte, com o Irã a sudoeste e com a República Popular da China no extremo nordeste. O Paquistão não tem fronteira com o Tajiquistão pois estão separados pelo estreito Corredor de Wakhan, pertencente ao Afeganistão, no norte. Também compartilha uma fronteira marítima com Omã.
O território que hoje constitui o Paquistão moderno foi o lar de várias culturas antigas, como a Mehrgarh durante o Neolítico, da Civilização do Vale do Indo durante a Idade do Bronze e, posteriormente, foi a sede de reinos governados por pessoas de diferentes credos e culturas, como hindus, indo-gregos, muçulmanos, turco-mongóis, afegãos e sikhs. A região foi governada por vários impérios e dinastias, como o Império Máuria indiano, o Império Aquemênida persa, o Império de Alexandre, o Califado Omíada árabe, o Império Mongol, o Império Mogol, o Império Durrani, o Império Sikh e o Império Britânico. Como resultado do Movimento Paquistanês, liderado por Muhammad Ali Jinnah, e pela luta da região por independência política, o Paquistão foi criado em 1947 como uma nação independente para os muçulmanos das regiões no leste e no oeste do subcontinente indiano, onde havia uma maioria muçulmana. Inicialmente um domínio, o Paquistão adotou uma nova constituição em 1956, tornando-se uma república islâmica. A guerra civil, em 1971, resultou na secessão do Paquistão Oriental como um novo país chamado Bangladesh.
O Paquistão é uma república parlamentar federal que consiste em quatro províncias e quatro territórios federais. É um país étnica e linguisticamente diverso, com uma variação semelhante na sua geografia e na vida selvagem. Uma potência média e regional,[6][7] o país tem a quarta maior forças armadas do mundo e é também uma potência nuclear, sendo a única nação no mundo islâmico e a segunda no Sul da Ásia a ter este tipo de armamento. O Paquistão tem uma economia semi-industrializada, com uma agricultura bem integrada e é considerado um dos "Próximos Onze".
A história pós-independência do país tem sido caracterizada por períodos de ditadura militar, instabilidade política e conflitos com a vizinha Índia. O país continua a enfrentar problemas desafiadores, como superpopulação, terrorismo, pobreza, analfabetismo e corrupção política.[8] O Paquistão é parte da Organização das Nações Unidas, da Commonwealth, da Associação Sul-Asiática para a Cooperação Regional, da Organização de Cooperação Econômica, da União pelo consenso, do Grupo de Cairns, do G11, do Grupo dos 20 e é membro fundador da Organização da Conferência Islâmica e do CERN.[9] Também é considerado pelos Estados Unidos como um dos principais aliados extra-OTAN.
Etimologia
Segundo J.P. Machado[10], o topônimo "Paquistão" foi criado em 1933 por Chaudhary Rahmat Ali[11] para designar as regiões muçulmanas a noroeste da Índia, a partir das iniciais de Pandjab (Panjabe), Afghan (para os povos afegãos da área) e Kashmir (Caxemira), com o sufixo -stan (que representa o Baluchistão e significa "terra" em persa), formando PAKSTAN. Os paquistaneses relacionam o topônimo com o vocábulo pak ("puro", em persa e urdu), que daria ao nome do país o sentido de "Terra dos Puros".
História
Independência
O Estado moderno do Paquistão foi criado em 14 de agosto de 1947, na forma de dois territórios majoritariamente muçulmanos nas porções leste e noroeste da Índia Britânica, separados pela Índia, de maioria hindu. Integravam o Paquistão independente as províncias do Baluchistão, Bengala Oriental (futuro Paquistão Oriental e, mais tarde, Bangladesh), Fronteira Noroeste, Panjabe Ocidental e Sinde. A partilha da Índia Britânica resultou em distúrbios[12] na Índia e no Paquistão - milhões de muçulmanos mudaram-se para o Paquistão, e milhões de hindus e siques mudaram-se para a Índia. Surgiram controvérsias entre os dois novos países quanto a diversos Estados principescos, como Jammu e Caxemira, cujo governante aderiu à Índia após uma invasão de guerreiros pachtos; como consequência, a Primeira Guerra Indo-Paquistanesa (1948) terminou com a ocupação pela Índia de cerca de dois-terços de Jammu e Caxemira.
Entre 1947 e 1956, o Paquistão foi um Dominio na Comunidade Britânica de Nações. A república, declarada em 1956, assistiu a um golpe de Estado por Ayub Khan (1958-1969), que presidiu o país durante um período de instabilidade interna e a segunda guerra com a Índia, em 1965. Seu sucessor, Yahya Khan (1969-1971), teve que lidar com o ciclone que causou 500 000 mortes no Paquistão Oriental.[13]
A eclosão de discordâncias econômicas e políticas no Paquistão Oriental levou a uma violenta repressão política, que fez com que as tensões escalassem até chegar à guerra civil[14], conhecida como guerra de independência do Bangladesh, e a um novo conflito com a Índia. Como consequência, o Paquistão Oriental declarou-se independente, com o nome Bangladesh, em 1971.[15] As estimativas sobre o número de mortos nesse episódio variam consideravelmente, entre mais de 30 000 e menos de 2 milhões, a depender da fonte.
Era contemporânea
Entre 1972 e 1977, os civis voltaram a governar o país, sob a chefia de Zulfikar Ali Bhutto, até que este foi deposto e posteriormente sentenciado à pena de morte, quando o General Zia-ul-Haq se tornou o terceiro presidente militar do Paquistão. Zia substituiu as políticas seculares pelo código legal da charia islâmica, o que aumentou a influência religiosa sobre o funcionalismo público e os militares. Com a morte de Zia num acidente aéreo em 1988, Benazir Bhutto, filha de Zulfikar Ali Bhutto, foi eleita para o cargo de primeira-ministra do Paquistão - a primeira e única mulher a ocupar o posto. Ao longo da década seguinte, Benazir alternou-se no poder com Nawaz Sharif, enquanto que a situação política e econômica do país piorava.
O Paquistão enviou 5 000 soldados para a Guerra do Golfo, em 1991, para proteger a Arábia Saudita.[16] Às tensões militares durante o conflito de Kargil com a Índia seguiu-se um golpe de Estado, em 1999, no qual o General Pervez Musharraf assumiu o poder Executivo.
Em 2001 Musharraf autonomeou-se presidente, com a renúncia forçada de Rafiq Tarar. Após as eleições legislativas de 2002, Musharraf transferiu os poderes executivos para um recém-eleito primeiro-ministro, Zafarullah Khan Jamali. Em 15 de novembro de 2007, o mandato da Assembleia Nacional expirou, o que levou à constituição de um governo provisório chefiado pelo ex-presidente do Senado, Muhammad Mian Soomro. O assassinato em dezembro de 2007 de Benazir Bhutto reflete a instabilidade do sistema político paquistanês. Em setembro de 2008, Musharraf renunciou à presidência do país, que após eleições indiretas, elegeu Asif Ali Zardari, viúvo de Benazir Bhutto, como presidente. O governo paquistanês também se tornou um parceiro importante dos Estados Unidos na Guerra ao Terror, iniciada após os ataques de 11 de setembro de 2001.[17]
Geografia
A área do Paquistão é de 881 640 km², equivalente à soma das superfícies de França e Reino Unido (ou de Minas Gerais e Rio Grande do Sul, no Brasil). A região leste do país encontra-se sobre a placa tectônica indiana, enquanto que as regiões oeste e norte estão no planalto iraniano e sobre a placa eurasiática. Com 1 046 km de litoral no mar Arábico, o Paquistão possui 6 774 km de fronteiras - 2 430 km com o Afeganistão a noroeste, 523 km com a China a nordeste, 2 912 km com a Índia a leste e 909 km com o Irã a sudoeste.[18]
Os acidentes naturais encontrados no país incluem desde praias arenosas, lagunas e manguezais, na costa meridional, até florestas temperadas e os picos gelados do Himalaia, do Caracórum e do Hindu Kush, ao norte. Estima-se que o país possua 108 picos acima de 7 000 m, cobertos por neve e geleiras. Cinco das montanhas do Paquistão ultrapassam os 8 000 m. O rio Indo corta o país de norte a sul, descendo do planalto tibetano (Caxemira) até desaguar no mar Arábico. A oeste do Indo estão os desertos secos e acidentados do Baluchistão; a leste, o deserto de Thar. O Panjabe e partes do Sinde são formados por planícies férteis com importante atividade agrícola.
O clima é variado, com invernos frios e verões quentes no norte, e com um clima ameno no sul, moderado pela influência do oceano. No centro do país, os verões são muitos quentes, com temperaturas que podem atingir 45 °C, seguidos de invernos bem frios, com freqüência abaixo de zero grau. A precipitação se distribui irregularmente ao longo do território, variando entre menos de 250 mm em algumas áreas a mais de 1 250 mm em outras, em geral trazida pelas monções de sudoeste, principalmente no final do verão.
Demografia
A população estimada do Paquistão em 2010 foi de mais de 170 milhões, tornando-o sexto país mais populoso do mundo, atrás do Brasil e a frente da Rússia. Em 1951, o Paquistão tinha uma população de 34 milhões de pessoas.[19] A taxa de crescimento da população está agora em 1,6%.[20] A maioria da população do sul do Paquistão vivem ao longo do rio Indo. Pelo tamanho de população, Karachi é a maior cidade do Paquistão.[21] Na metade norte, a maioria da população vive em um arco formado pelas cidades de Lahore, Faisalabad, Rawalpindi, Islamabad, Gujranwala, Sialkot, Gujrat, Jhelum, Sargodha e Sheikhupura. Cerca de 20% da população vive abaixo da linha de pobreza internacional US$ 1,25 por dia.[22]
A expectativa de vida ao nascer é de 63 anos para mulheres e 62 anos para os homens em 2006[23] em comparação com a expectativa de vida saudáveis ao nascer, que foi de 54 anos para os homens e 52 anos para as mulheres em 2003.[23] Despesas com saúde foi de 2% do PIB em 2006.[23] A taxa de mortalidade inferior a 5 foi de 97 por 1.000 nascidos vivos em 2006.[23] Durante 1990-2003, o Paquistão manteve uma liderança histórica como o país mais urbanizado do Sul da Ásia, com os moradores da cidade, perfazendo 36% da sua população.[24] Além disso, 50% dos paquistaneses agora residem nas cidades de 5.000 pessoas ou mais.[25]
A população do Paquistão é estimada em 180 milhões em 2012, a sexta maior do mundo, logo após a do Brasil. Prevê-se que a população paquistanesa ultrapasse a brasileira em número por volta de 2020, devido à alta taxa de crescimento populacional. Apesar das dificuldades inerentes à baixa exatidão do censo e das pesquisas relativas à taxa de fertilidade, os demógrafos crêem que o crescimento populacional atingiu o auge na década de 1980, reduzindo-se consideravelmente desde então.[26] Para uma população estimada em 162 400 000 habitantes em 1 de julho de 2005[27], a taxa de fertilidade era de 34 por mil, a taxa de mortalidade era de 10 por mil e o crescimento vegetativo, de 2,4%. A taxa de mortalidade infantil é alta, da ordem de 70 por mil nascimentos.[28]
Os principais grupos étnicos do país são os panjabis (44,68% da população), os pachtos (15,42%), os sindis (14,1%), os seraikis (10,53%), os muhajires (7,57%), os balúchis (3,57%) e outros (4,66%). Em novembro de 2007, cerca de 2 milhões de refugiados afegãos continuavam registrados no Paquistão, devido à guerra e à instabilidade no Afeganistão.[29]
Religião
Um censo realizado pelo Pakistan International Bureau[carece de fontes] (Agência Internacional Paquistanesa) indicou que em 2008 aproximadamente 96% da população do Paquistão era muçulmana. No entanto, existem pequenos grupos religiosos não-muçulmanos: cristãos, hindus, sikhs, budistas, zoroastristas, bahá'ístas, animistas e outros, totalizando 2% da população. A maioria dos muçulmanos eram sunitas, estimando-se que os xiitas representariam entre 10 e 20% da população.[30]. Metade da população do país é adepta da corrente mística do Islã, o sufismo[31].
A demografia religiosa foi fortemente influenciada pelo movimento transfronteiriço de 1947 entre o Paquistão e a Índia. Naquele ano, em decorrência da Partilha das Índias Britânicas, houve uma maciça imigração de muçulmanos da Índia para o Paquistão e de hindus e siques no sentido oposto. O censo indica que 96% da população são muçulmanos[32] (cerca de 77% são sunitas e 20%, xiitas).[18] As minorias religiosas incluem hindus (1,85%), cristãos (1,6%), ademais de alguns poucos representantes siques, parses, ahmadis, budistas, judeus e animistas. O Paquistão é o segundo país de maioria muçulmana mais populoso do mundo (atrás da Indonésia)[33] e possui a segunda maior população xiita do planeta (atrás do Irã).
Idiomas
O Paquistão é um país multilíngue com mais de sessenta línguas sendo faladas. O inglês é a língua oficial do Paquistão, e utilizado em missão oficial, do governo e contratos legais,[18] e Punjabi tem uma pluralidade de falantes nativos, Urdu é a língua franca e língua nacional do Paquistão. Punjabi é a língua da província de Punjab. Saraiki também é falado na área maior da província de Punjab. Pashto é a língua da província de Khyber Pakhtunkhwa. Sindhi é a língua da província de Sindh e Balochi é a língua da província de Balochistan.[34]
A língua materna em geral corresponde ao grupo étnico no país. Apesar de ser a língua materna de uma minoria, o urdu é o idioma nacional e a língua franca do Paquistão, enquanto que o inglês é a língua oficial, usada na constituição e amplamente empregada nos negócios e nas universidades pela elite urbana culta. O panjabi é falado por mais de 60 milhões de pessoas, mas não goza de reconhecimento oficial no país.[35]
Cidades mais populosas
Paquistão (estimativa 2010)[36] | Cidades mais populosas do |||||||||||
---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|
Carachi Laore | |||||||||||
Posição | Localidade | Província | Pop. | Posição | Localidade | Divisão administrativa | Pop. | ||||
1 | Carachi | Sinde | 13 205 339 | 11 | Sargodha | Punjabe | 600 501 | ||||
2 | Laore | Punjabe | 7 129 609 | 12 | Baaualpur | Punjabe | 543 929 | ||||
3 | Faiçalabade | Punjabe | 2 880 675 | 13 | Sialcote | Punjabe | 510 863 | ||||
4 | Raualpindi | Punjabe | 1 991 656 | 14 | Sucur | Sinde | 493 438 | ||||
5 | Multan | Punjabe | 1 606 481 | 15 | Larkana | Sinde | 456 544 | ||||
6 | Hiderabade | Sinde | 1 578 367 | 16 | Shekhupura | Punjabe | 426 980 | ||||
7 | Gujranwala | Punjabe | 1 569 090 | 17 | Jhang | Punjabe | 372 645 | ||||
8 | Pexauar | Caiber Paquetuncuá | 1 439 205 | 18 | Rahim Yar Khan | Punjabe | 353 112 | ||||
9 | Quetta | Baluchistão | 896 090 | 19 | Mardan | Caiber Paquetuncuá | 352 135 | ||||
10 | Islamabade | Território da Capital | 689 249 | 20 | Gujrat | Punjabe | 336 727 |
Criminalidade
Governo e política
Pelos primeiros nove anos após a independência, o governo do Paquistão baseou-se no Government of India Act, de 1935 (a última constituição da Índia Britânica). A primeira constituição paquistanesa, promulgada em 1956, foi suspensa em 1958 pelo General Ayub Khan. A constituição de 1973, suspensa em 1977 por Zia-ul-Haq, foi retomada em 1991 e é o documento legal mais importante do país.
O Paquistão é uma república parlamentarista federal que tem o Islã como religião oficial. O poder Legislativo é bicameral e divide-se entre o Senado, com 100 cadeiras, e a Assembleia Nacional, com 342 assentos. O presidente, escolhido por um colégio eleitoral, é o chefe de Estado e o comandante-em-chefe das forças armadas. O primeiro-ministro é geralmente o chefe do maior partido representado na Assembleia Nacional. Cada província possui um sistema de governo similar ao federal, com uma assembleia provincial eleita pelo voto direto na qual o líder do maior partido é o chefe de governo. Os governadores provinciais são nomeados pelo presidente.
Nas eleições gerais de outubro de 2002, a Liga Muçulmana do Paquistão ganhou a maioria dos assentos da Assembleia Nacional, seguido por uma facção do PPP, os Parlamentares do Partido do Povo Paquistanês (PPPP). Zafarullah Khan Jamali, da Liga Muçulmana, tornou-se primeiro-ministro, mas renunciou em 26 de junho de 2004 e foi substituído interinamente por Chaudhry Shujaat Hussain. Em 28 de agosto de 2004, a Assembleia Nacional elegeu Shaukat Aziz, até então o ministro da Fazenda, como primeiro-ministro. A Muttahida Majlis-e-Amal, uma coalizão de partidos religiosos islâmicos, venceu eleições na província da Fronteira Noroeste, ampliando sua bancada na Assembleia Nacional.
Em 3 de novembro de 2007, o Presidente Pervez Musharraf declarou estado de emergência e suspendeu a constituição. Chefes políticos da oposição foram colocados em prisão domiciliar e o presidente da Suprema Corte foi substituído. Em resposta, a Comunidade Britânica de Nações suspendeu a participação do país em suas deliberações. Depois de eleições em Fevereiro de 2008, a Commonwealth retirou a suspensão[37].
Relações exteriores
O Paquistão participa ativamente das Nações Unidas e da Organização da Conferência Islâmica. Integra também a Associação Sul-Asiática para a Cooperação Regional e a Organização para Cooperação Econômica. No passado, as relações do Paquistão com os Estados Unidos passaram por períodos de aproximação e de afastamento. Nos anos 1950, o país, membro da CENTO e da SEATO, era visto pelos Estados Unidos como o "aliado mais aliado na Ásia".[38]
Durante a invasão soviética do Afeganistão, nos anos 1980, o Paquistão foi um aliado crucial dos Estados Unidos, mas as relações se estreitaram nos anos 1990, com a aplicação de sanções pelos EUA, que suspeitavam as atividades nucleares paquistanesas. A partir dos ataques de 11 de setembro de 2001, as relações bilaterais melhoraram, especialmente depois que o Paquistão deixou de apoiar o regime dos talibãs, em Cabul. Com isto, a ajuda militar estadunidense foi fortemente ampliada.
Forças armadas
As forças armadas paquistanesas têm desempenhado um papel influente na política do país. Ao longo da história, presidentes militares governaram entre 1958-88 e de 1999 em diante. O PPP, de esquerda, chefiado por Zulfikar Ali Bhutto, emergiu como um grande partido político durante os anos 1970. Durante o governo militar de Muhammad Zia-ul-Haq, o Paquistão deixou para trás as políticas de secularismo herdadas do Reino Unido, ao adotar a charia e outras leis baseadas no Islã. Os anos 1990 foram caracterizados por um sistema político de coalizão dominado pelo PPP e pela Liga Muçulmana
De caráter completamente voluntário, as Forças Armadas do Paquistão são as sétimas maiores do mundo. As três principais forças são o Exército, a Marinha e a Força Aérea, apoiadas por algumas organizações paramilitares responsáveis pela segurança interna e pela patrulha das fronteiras.
O Paquistão é uma potência nuclear e as forças armadas paquistanesas estão entre os maiores contribuintes de tropas para operações de manutenção da paz das Nações Unidas; mais de 10 000 homens foram empregados nessa área em 2007.[39] O Paquistão enviou um contingente à primeira guerra do Golfo.
Subdivisões
O Paquistão é uma federação[40] com quatro províncias, um distrito federal e áreas tribais administradas pelo governo federal. O governo paquistanês exerce jurisdição de facto sobre partes da Caxemira,[nota 1]: a chamada Caxemira Livre e as Áreas do Norte. O Paquistão também reivindica o estado indiano de Jammu e Caxemira.
O terceiro nível de divisão administrativa do país é composto por distritos, subdivididos em tehsils e conselhos locais. Cada nível conta com órgãos eleitos. Atualmente há 107 distritos no Paquistão propriamente dito. As áreas tribais compreendem diversas "agências" e seis pequenas regiões de fronteira, enquanto que a Caxemira Livre é formada por sete distritos e as Áreas do Norte, por seis.
Províncias
Territórios
Partes da Caxemira administradas pelo Paquistão
- Caxemira Livre (ou Azad Kashmir: "azad" significa "livre" em urdu)
- Gilgit Baltistão
Economia
O Paquistão é um país em desenvolvimento com um rápido crescimento econômico[41][42][43] (7% anuais por quatro anos consecutivos até 2007.[44][45]) e um grande mercado emergente.[46] Apesar de ter sido um país pobre em 1947, a taxa de crescimento econômico do Paquistão foi mais alta do que a média mundial durante as quatro décadas seguintes. Embora políticas imprudentes tenham reduzido o ímpeto da economia no final dos anos 1990,[47] reformas econômicas recentes voltaram a acelerar o crescimento do país, em especial na área de manufaturas e de serviços financeiros. A situação cambial melhorou consideravelmente, com o acúmulo de divisas. A dívida externa, estimada em cerca de USD 40 bilhões, foi reduzida nos últimos anos devido à assistência do FMI e ao auxílio financeiro dos Estados Unidos.
Estima-se que o PIB paquistanês (PPC) em USD 475,4 bilhões[48] e a renda per capita, em USD 2 942..[48] A taxa de pobreza é estimada entre 23%[49] e 28%.[50] As taxas de crescimento econômico do Paquistão têm sido altas nos últimos cinco anos terminados em 2007, mas as pressões inflacionárias e um baixa poupança nacional, dentre outros fatores, podem dificultar a manutenção desse ritmo.[51][52][53]
A estrutura da economia paquistanesa passou de uma base predominantemente agrícola para outra fortemente ligada ao setor de serviços. A agricultura hoje responde por cerca de 20% do PIB, enquanto que o setor de serviços corresponde a 53% do PIB, dos quais 30% referem-se ao comércio de atacado e de varejo. O país tem recebido investimento direto estrangeiro em diversas áreas, como telecomunicações, imóveis e energia.[54].[55] Software, automóveis, têxteis, cimento, fertilizantes, aço, construção naval, indústria bélica e segmento aeroespacial também são setores industriais importantes.
Em novembro de 2006, China e Paquistão assinaram um acordo de livre comércio com o qual pretendem triplicar o comércio bilateral, de 4,2 bilhões de dólares para 15 bilhões de dólares nos próximos cinco anos. As exportações paquistanesas em 2007 atingiram 20,58 bilhões de dólares.
Cultura
O Paquistão possui uma rica e singular cultura que preserva tradições estabelecidas ao longo da história. Muitos hábitos, alimentos, monumentos e santuários são herança dos impérios mogol e afegão. O traje nacional, chamado shalwar qamiz, é proveniente de invasores nômades turco-iranianos da Ásia Central. Nos centros urbanos os trajes ocidentais são populares entre a juventude e os empresários.
A sociedade paquistanesa é multilingüística e predominantemente muçulmana, que tem em alta conta os valores familiares tradicionais, embora as famílias urbanas tenham adotado o sistema do núcleo familiar, devido às restrições sócio-econômicas impostas pelo sistema tradicional. As últimas décadas assistiram ao surgimento de uma classe média em cidades como Karachi, Lahore, Rawalpindi, Hiderabade, Faisalabad e Peshawar, cujos integrantes são considerados liberais[56], por oposição às regiões a noroeste, na fronteira com o Afeganistão, que permanecem conservadoras e dominadas por costumes tribais centenários. A globalização aumentou a influência da cultura ocidental no país. Cerca de quatro milhões de paquistaneses vivem no exterior[57], dos quais quase meio milhão residem nos Estados Unidos[58] e cerca de uma milhão, na Arábia Saudita.[59] Aproximadamente um milhão de descendentes de paquistaneses vivem no Reino Unido.[60]
Música e literatura
A música paquistanesa vai de melodias folclóricas provinciais e estilos tradicionais até formas modernas que fundem música ocidental e tradicional. A chegada de refugiados afegãos nas províncias ocidentais reavivou a música pachta e persa e transformou Peshawar num foco para músicos afegãos e num centro de distribuição da música do Afeganistão.
A atual literatura paquistanesa é composta em urdu, sindi, panjabi, pachto, balúchi e inglês. No passado, também era expressa em persa. Antes do século XIX, constituía-se de poesia lírica e material religioso, místico e popular. Atualmente, o gênero de contos é particularmente popular. O poeta nacional paquistanês, Muhammad Iqbal, escreveu principalmente em persa, além de urdu, tratando de temas da filosofia islâmica.
O expoente mais conhecido da literatura urdu contemporânea é Faiz Ahmed Faiz. Mirza Kalich Beg é considerado o pai da prosa sindi moderna. A tradição literária pachta contém poesia lírica e poemas épicos. Na língua balúchi, canções e baladas são populares.
Arquitetura
A arquitetura da região correspondente ao atual Paquistão passou por quatro períodos históricos distintos, o pré-islâmico, o islâmico, o colonial e o pós-colonial.
A civilização do Vale do Indo, surgida em meados do terceiro milênio a.C., permitiu o desenvolvimento de uma cultura urbana avançada pela primeira vez na área, com grandes instalações estruturais que, em alguns casos, ainda existem. Mohenjo Daro, Harappa e Kot Diji pertencem à era de assentamentos pré-islâmicos. A chegada do budismo e a influência persa e grega levou ao desenvolvimento do estilo greco-budista a partir do século I. O zênite desta época foi o estilo Gandhara. As ruínas do mosteiro budista de Takht-i-Bahi, na Província de Noroeste, são um exemplo da arquitetura budista.
A chegada do Islã na região provocou o fim súbito da arquitetura budista. Ocorreu então uma transição para uma arquitetura islâmica sem representação de imagens. O edifício mais importante do estilo persa é a tumba do Xá Rukn-i-Alam, em Multan. Durante a era mogol, elementos artísticos da arquitetura islâmico-persa produziram formas freqüentemente alegres da arquitetura hindustâni. Lahore, residência episódica dos governantes mogóis, contém um bom número de edifícios importantes da era mogol, como a mesquita Badshahi, a fortaleza de Lahore e a mesquita Wazir Khan, dentre outros.
A era colonial britânica assistiu à construção de edifícios do estilo indo-europeu, com uma mescla de elementos europeus e indo-islâmicos. A identidade nacional pós-colonial é expressa por estruturas modernas como a mesquita Faisal, o Minar-e-Pakistan e o Mazar-e-Quaid.
Ver também
- Ásia
- Lista de Estados soberanos
- Lista de Estados soberanos e territórios dependentes da Ásia
- Missões diplomáticas do Paquistão
Notas
- ↑ A região da Caxemira é reivindicada pela Índia e pelo Paquistão. Os dois países e a China administram, separadamente, porções da região; as partes administradas pela Índia e Paquistão são separadas pela Linha de Controle. A fronteira sino-paquistanesa não é reconhecida pela Índia, que se refere à Caxemira Livre e às Áreas do Norte, administradas pelo Paquistão, como "Caxemira Ocupada pelo Paquistão".
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