Parque Estadual Serra da Candonga

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Parque Estadual Serra da Candonga
Parque Estadual Serra da Candonga
No centro, a Pedra do Urubu, no interior do Parque. Ao fundo e à direita, a Serra dos Três Morros e o Morro do Quartel, também em Guanhães.
País  Brasil
Estado  Minas Gerais
Dados
Área &0000000000003302.0000003 302 hectares (33 km2)[1]
Criação 17 de dezembro de 1998 (25 anos)[1]
Gestão Instituto Estadual de Florestas

O Parque Estadual Serra da Candonga está localizado no município de Guanhães, Minas Gerais, tem área aproximada de 3 302 ha e foi criado por meio do Decreto Estadual nº40.170,[2] de 17 de dezembro de 1998.[3][4] Pertence ao bioma Mata Atlântica. A Serra da Candonga encontra-se a cerca de 13 km do centro de Guanhães e faz parte da Bacia do Rio Doce.

Características[editar | editar código-fonte]

O relevo do parque é de suavemente ondulado a ondulado. A paisagem é dominada por pastagens e áreas de vegetação nativa arbórea remanescentes. Abriga cerca de 20 nascentes de cursos d'água que formam os córregos Barra Mansa, Barreira e Conquista. Além de oito pequenas represas construídas, existem cachoeiras e corredeiras naturais nos cursos d'água que cortam as propriedades.

A fauna registra exemplares de macacos, quatis, lontras, pacas, capivaras, tatus, veados, catitus, além de aves como jacu, sabiá, joão-de-barro, trinca-ferro, curió, siriema, inhambu, bem-te-vi, pica-pau, gavião, coleira, coruja, dentre outras. Várias espécies ameaçadas de extinção, como a onça-pintada, o lobo-guará e o tamanduá-bandeira também podem ser encontradas.[4]

O Parque abriga a Pedra do Urubu, seu ponto mais alto, e a Fazenda do Candonga, pontos de referência próximos às antigas minas de ouro exploradas por ingleses no século XIX.

Ocupação[editar | editar código-fonte]

Em julho de 2010, um grupo índios pataxós vindo da Fazenda Guarani em Carmésia, Minas Gerais, ocupou o Parque Estadual. Liderado pelo cacique Paxohãn, o grupo reivindicou a área buscando espaço para moradia e visando também proteger as terras. Na mesma época, outro grupo também oriundo de Carmésia ocupou o Parque Estadual do Rio Corrente, em Açucena, com as mesmas reivindicações.[5]

Polêmicas[editar | editar código-fonte]

Foi proposto, em abril de 2015, pelo deputado estadual Bonifácio Mourão(PSDB), o Projeto de Lei nº 1.154/2015[6], que decreta a desafetação da área atual do parque e a criação de duas novas áreas em seu lugar: a APA Serra da Candonga, com área de  1 785,957 ha, e o Monumento Natural Pedra da Candonga (também denominada Pedra do Ububu), com área de  463,142 hectares. A alteração acarretará a perda de mais de 1 078 ha de terras protegidas, compreendendo florestas nativas, áreas descampadas e diversas nascentes.

Atualmente, o PL aguarda parecer da comissão responsável antes de seguir para votação em dois turnos no Plenário da Assembleia Legislativa. Grande parte da população regional se mostra contrária a ele, visto que não foram esclarecidos diversos detalhes, como a destinação das terras desafetadas e a razão das alterações propostas.

Referências

  1. a b «Parque Estadual do Rio Doce». Consultado em 12 de fevereiro de 2016 
  2. «DECRETO 40.170, de 17/12/1998 - Assembleia de Minas». Assembleia de Minas. Consultado em 12 de fevereiro de 2016 
  3. Neves, Aécio (14 de agosto de 2008). «Informativo Online». Decreto de 13 de agosto de 2008. Serviço de Disseminação das Matérias de Interesse do Ministério Público do Estado de Minas Gerais. Consultado em 25 de julho de 2016 
  4. a b «Instituto Estadual de Florestas - IEF - Parque Estadual Serra da Candonga». www.ief.mg.gov.br. Consultado em 5 de fevereiro de 2016 
  5. «CEDEFES». www.cedefes.org.br. Consultado em 5 de fevereiro de 2016. Arquivado do original em 16 de fevereiro de 2016 
  6. «PROJETO DE LEI Nº 1.154/2015». Assembleia de Minas. Consultado em 12 de fevereiro de 2016