Patmos

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O porto de Escala, na ilha de Patmos
Localização da ilha de Patmos

Patmos (em grego: Πάτμος; romaniz.:Pátmos) é uma pequena ilha grega do Dodecaneso, no Egeu Meridional, situada a 55 km da costa SO da Turquia, no Mar Egeu. Tem uma área total de 45 km² e uma população de 3 047 habitantes (2011).[1]

Patmos é uma municipalidade (demo) integrante da unidade regional de Calímnos com capital em Hora (ou Chora), que às vezes é chamada, erroneamente, de Patmos. Escala é o único porto.

A ilha é dividida em duas partes quase iguais, uma do norte e outra do sul, unidas por um istmo. A vegetação é escassa, e o relevo é formado por montes relativamente baixos, cujo ponto mais alto chama-se Profeta Elias (em grego: Προφήτη Ηλία; romaniz.:Profíti Ilía) e tem 269 m de altitude.

História[editar | editar código-fonte]

Conhecida por ser o local para onde o apóstolo João foi exilado e escreveu o livro da Bíblia "Apocalipse" — conforme consta na introdução do próprio livro —, Patmos foi usada como um lugar de banimento do Império Romano. Segundo uma tradição preservada por Ireneu, Eusébio, Jerônimo e outros, o exílio de João aconteceu em 91 ou 96 d.C.,[2] no décimo quarto ano do reinado de Domiciano. A tradição local ainda aponta a caverna onde João teria recebido a revelação para escrever o livro de Apocalipse.[3]

Em 1770, ocorreu a revolução de Orlof e os russos apareceram em primeiro plano como libertadores, enquanto com o tratado Kiucchuk-Kainartzi, as ilhas do mar Egeu voltaram às mãos dos otomanos. A consciência nacional, porém, fortemente cultivada nos anos anteriores na ilha, devido ao desenvolvimento urbano e espiritual, levou os patmianos a serem os segundos depois dos especiotianos a erguer a bandeira da revolução grega. De fato, seus compatriotas eram Emmanuel Xanthos, um dos fundadores de Philiki Etairia e o apóstolo de Philiki Dimitrios Themelis que assumiu um papel de liderança na Revolução no Egeu. As Grandes Potências, porém, com o Tratado de Constantinopla (1832) cederam novamente o Dodecaneso aos otomanos, que, no entanto, os entregaram aos italianos em maio de 1912. Nos últimos anos do domínio turco e durante o domínio italiano, os privilégios patriarcais foram abolidos, o comércio e o comércio foram afetados e começou a hemorragia da imigração. Ocupada pelos italianos em 1912, como todo o Dodecaneso, ficou sob domínio italiano, inicialmente militar e político a partir de 1923.

Em 1999, o centro histórico de Chora, o Mosteiro de São João, o Teólogo e a Caverna do Apocalipse foram incluídos no Património Mundial pela UNESCO.[4]

Referências

  1. (em grego) Απογραφή Πληθυσμού - Κατοικιών 2011. ΜΟΝΙΜΟΣ Πληθυσμός ("Censo Demográfico 2011. População residente").
  2. «History of Patmos island». Patmos.gr (em inglês). Consultado em 14 de janeiro de 2021 
  3. Smith, William, Dr.. 'Patmos'. "Smith's Bible Dictionary", 1901.
  4. UNESCO. World Heritage List. The Historic Centre (Chorá) with the Monastery of Saint-John the Theologian and the Cave of the Apocalypse on the Island of Pátmos

Ligações externas[editar | editar código-fonte]