Paulo Lacerda

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Paulo Lacerda
17.º Diretor-Geral do Departamento de Polícia Federal do Ministério da Justiça do Brasil
Período 6 de janeiro de 2003
a 31 de agosto de 2007
Ministro
Antecessor(a) Armando de Assis Possa
Sucessor(a) Luiz Fernando Corrêa
Dados pessoais
Nome completo Paulo Fernando da Costa Lacerda
Nascimento 1946 (78 anos)
Anápolis, GO
Alma mater Universidade Candido Mendes (UCAM)
Prêmio(s) Ordem do Mérito Militar[1]
Profissão advogado, delegado

Paulo Fernando da Costa Lacerda GOMM (Anápolis, 1946) é um advogado e delegado aposentado da Polícia Federal do Brasil. Foi diretor-geral do órgão durante o governo Lula.

Biografia[editar | editar código-fonte]

Formou-se em Direito pela Universidade Candido Mendes, no Rio de Janeiro, e trabalhou 15 anos na iniciativa privada, como bancário, 20 como Delegado do Departamento de Polícia Federal e seis como assessor parlamentar no Senado Federal, de (1997-2002).[2] Realizou o primeiro concurso para a Polícia Federal em 1975, e concluiu o curso de delegado federal em 1977. Realizou também o curso de Altos Estudos de Política e Estratégia na Escola Superior de Guerra, em 1989.

Nestes 20 anos como Delegado da Polícia Federal, ocupou os seguintes cargos e funções, a saber: Chefe da Delegacia de Polícia Fazendária da Superintendência Regional em Belo Horizonte (MG) (1978-1979); Superintendente Regional da Polícia Federal em Porto Velho (RO) (1980-1981); Chefe da Delegacia de Polícia Fazendária da Superintendência Regional do Rio de Janeiro (1982-1983); Delegado Executivo da Divisão de Polícia Federal em Nova Iguaçu (RJ) (1983-1984); Diretor da Divisão de Polícia Federal em Ponta Porã (MS) (1984-1985); Corregedor Regional de Polícia Judiciária no Rio de Janeiro (1986-1988); Delegado Regional de Polícia Judiciária no Rio de Janeiro (1988-1989); Chefe de Correições da Divisão de Polícia Judiciária do DPF em Brasília (1991-1992); Diretor da Divisão de Disciplina da Corregedoria Geral da Polícia Federal, em Brasília (1992-1994); Diretor da Divisão de Polícia Fazendária da Coordenação Central de Polícia em Brasília (1994-1996).

Polícia Federal[editar | editar código-fonte]

De janeiro de 2003 a agosto de 2007, Lacerda dirigiu a Polícia Federal.[3][4] Apesar do prestígio, sua indicação para diretor-geral sofreu resistências da Federação Nacional de Policiais Federais.[2] Em 2005, foi admitido pelo presidente Lula à Ordem do Mérito Militar no grau de Grande-Oficial especial.[1]

Agência Brasileira de Inteligência[editar | editar código-fonte]

Em 4 de outubro de 2007, o Presidente Luiz Inácio Lula da Silva nomeou Paulo Larcerda como diretor-geral da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), do qual foi empossado no cargo em 9 de outubro deste mesmo ano, numa tentativa de reformular o serviço secreto brasileiro.

Em setembro de 2008, a revista Veja acusou a Abin de ter posto escutas clandestinas contra o Presidente do Supremo Tribunal Federal Gilmar Mendes e Lacerda acabou sendo afastado da Abin, sendo exonerado do cargo em definitivo em dezembro do mesmo ano.[5]

Em 31 de dezembro de 2008, foi nomeado pelo Presidente da República para a função de Adido Policial junto a representação diplomática do Brasil em Portugal.[6]

Premiações[editar | editar código-fonte]

Recebeu durante a sua carreira de Delegado, as seguintes medalhas e condecorações: Medalha de Tempo de Serviço no Departamento de Polícia Federal, pelo exemplar cumprimento de seus deveres funcionais (1994); Ordem do Rio Branco, no grau de Grande Oficial (2004); e a Ordem al Mérito de la Policia Nacional del Peru (2005).

Referências

  1. a b BRASIL, Decreto de 22 de março de 2005.
  2. a b «Paulo Lacerda é diretor-geral da PF desde 2003». Folha de S.Paulo. Uol. 5 de setembro de 2005. Consultado em 30 de agosto de 2018 
  3. BRASIL, Decreto de 6 de janeiro de 2003.
  4. BRASIL, Decreto de 3 de setembro de 2007.
  5. «Paulo Lacerda é afastado definitivamente do comando da Abin». Consultor Jurídico. Consultado em 30 de agosto de 2018 
  6. Leonardo Souza (30 de dezembro de 2008). «Após desgaste, Lula exonera Lacerda da direção da Abin». Folha de S.Paulo. Uol 

Ligações externas[editar | editar código-fonte]