Pedro Friedhofen

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Pedro Friedhofen
Pedro Friedhofen
Placa em memória de Pedro Friedhofen em Koblenz
Nascimento 25 de fevereiro de 1819
Weitersburg
Morte 21 de dezembro de 1860 (41 anos)
Coblença
Veneração por Igreja Católica
Beatificação 23 de junho de 1985
Vaticano
por Papa João Paulo II
Festa litúrgica 23 de junho
Padroeiro Congregação dos Irmãos da Misericórdia de Maria Auxiliadora
Portal dos Santos

Pedro Friedhofen (em alemão: Peter Friedhofen) (Weitersburg, 25 de fevereiro de 1819Coblença, 21 de dezembro de 1860) foi um religioso católico alemão, fundador em 1850 da Congregação dos Irmãos da Misericórdia de Maria Auxiliadora. Em junho de 1985, o Papa João Paulo II o proclamou beato.

O Martirológio Romano coloca a sua festa litúrgica em 23 de junho.

Biografia[editar | editar código-fonte]

Pedro Friedhofen nasceu em Weitersburg em 1819, perto de Coblença (Koblenz), às margens do rio Reno. Teve uma vida breve, marcada por grandes dificuldades e provações.

Aos dezoito meses de idade, o pequeno Pedro perde o pai. Aos nove anos sua mãe morre, precisando assim, trabalhar muito jovem. Interrompe o primário, a fim de aprender o ofício de limpador de chaminés, em viagens pelas cidades vizinhas, com Jakob (Jacó), seu irmão mais velho. Com a morte de Jakob, Pedro, com pouco mais de 20 anos, assumiu a responsabilidade por sua cunhada e os onze sobrinhos.[1]

Para sustentar a 'nova' família, Pedro trabalha incessantemente como limpador de chaminés. Em seu trabalho, cantava hinos Marianos (“Amar a Maria”), que acreditava ser também, uma forma de oração. Era conhecido por sua fé, pela constante oração, leitura da Bíblia e profunda devoção à Nossa Senhora Auxiliadora.[2]

Por sua devoção natural ao apostolado secular e o desejo de compartilhar seus ideais com os outros, Pedro, baseado no exemplo de São Luís Gonzaga, qual era também devoto, fundou a 'Fraternidade de São Luiz' sob rígidas normas e o consentimento do Bispo de Trier, em várias Paróquias da região, agregando rapazes com o mesmo ideal cristão.

Entretanto, o seu maior desejo era a fundação de uma ordem própria, baseado no maior dos mandamentos “Amar o próximo como a si mesmo”.[3] Pedro dava sequência ao seu ideal zelando pelos necessitados e doentes. Frequentou o convento dos Irmãos Alexianos, e neste período probatório, se via em contradição com suas convicções, em uma congregação onde regras e ideias se afastavam de sua visão de sobre caridade plena.

Após muitas batalhas e decepções, profundamente tocado pela miséria dos doentes e idosos que visitava, aos 30 anos, Pedro, decidiu entregar-se inteiramente a Deus e ao serviço dos doentes.

Muda-se para Coblença (Koblez), em 1850, a procura de melhores condições para a a reestruturação da "Fraternidade de São Luiz", e criação da nova ordem, enquanto desenvolvia seu trabalho em um hospital e convento. No mesmo ano, Pedro, apelidado de o bom samaritano funda a Congregação dos Irmãos da Misericórdia de Maria Auxiliadora , se instalando na cidade, onde a confiança da população e dos médicos contribuiu para a expansão da obra desses Irmãos dos doentes, como são chamados até hoje na Suíça.[4]

A confiança e a crença na Congregação por parte do público e da comunidade médica cresceu, assim como crescia a filiação. Em 1852, o Padre Lorenzi aceitou os votos solenes de Pedro Friedhofen e mais um irmão, iniciando o noviciado dos 'Irmãos da Misericórdia'.

Sua grande atividade esgotou-o fisicamente, levando-o a falecer com apenas 41 anos, vítima de tuberculose, em 21 de dezembro de 1860.

Irmãos da Misericórdia[editar | editar código-fonte]

Atualmente, os Irmãos da Misericórdia de Maria Auxiliadora estão presentes na Europa, na América Latina, em especial no Brasil (Maringá) e na Ásia, dirigindo hospitais, asilos para pessoas idosas e centros de reabilitação.

Citação[editar | editar código-fonte]

”Nosso trabalho deve ser fruto de nossa inteligência, mas ainda mais da piedade e da paciência. Se soubermos sofrer e nos calar, experimentaremos o auxílio de Deus.”

Beatificação[editar | editar código-fonte]

Foi declarado beato pelo Papa João Paulo II, em Roma, em 1985.

Referências

  1. CRUZ, Afonso de Santa. O limpa Chaminés do Reno. 12ª ed. Editora e Gráfica Globo: Maringá, 2004, p.53
  2. http://www.irmaosdami.org.br/beato_irmao_pedro/
  3. VOLKMER, Valesca. FOGO NOVO: Pedro Friedhofen - Escritos e Correspondências 1819-1860,s/d.
  4. http://hagiosdatrindade.blogspot.com/2010/12/beato-pedro-friedhofen-religioso-1819.html
  • BUNSON, Matthew; BUNSON, Margaret;BUNSON, Stephen. John Paul II, Pope. John Paul II's book of saints. Our Sunday Visitor Press: United States, 1999. p.329.
  • BUTLER, Alban; BURNS Paul. Butler's lives of the saints, V. 12, Burns & Oates: Great Britain, 1999. p.167
  • CRUZ, Afonso de Santa. O limpa Chaminés do Reno. 12ª ed. Editora e Gráfica Globo: Maringá, 2004.
  • VOLKMER, Valesca. FOGO NOVO: Pedro Friedhofen - Escritos e Correspondências 1819-1860,s/d.

Ligações externas[editar | editar código-fonte]