Pequena Enciclopédia de Moral e Civismo

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Pequena Enciclopédia de Moral e Civismo
Autor(es) Fernando Bastos de Ávila
Idioma português
País  Brasil
Assunto educação, Brasil
Editora FENAME
Lançamento 1967

A Pequena Enciclopédia de Moral e Civismo é uma enciclopédia brasileira editada nas décadas de 1960 e 1970 pelo Pe. jesuíta Fernando Bastos de Ávila — doutor em ciências políticas e sociais e licenciado em filosofia e teologia — e publicada pelo antigo FENAME — Fundação Nacional de Material Escolar, ligado ao Ministério da Educacão.

Moral e cívica[editar | editar código-fonte]

A disciplina de Educação Moral e Cívica (as vezes denominada "moral e civismo") já consta em currículos facultativos[1] no Brasil desde o fim do século XIX, porém, só foi tornada obrigatória nacionalmente com a edição do Decreto-lei nº 2.072, de 8 de março de 1940.[2] . Posterormente compunha a base curricular na Lei de Diretrizes de Bases da Educação Nacional de 1961.[3] No tempo do regime militar vários compêndios didáticos ou obras de referências dessa disciplina foram considerados subversivos; e aquele governo, por meio do Decreto -Lei nº 869/1969, tornou seu ensino obrigatório e "reformou" os conteúdos à sua feição ideológica,[4] entre essas obras, a Pequena Enciclopédia de Moral e Civismo versa justamente sobre temática ligada a essa disciplina, com verbetes diversos sobre assuntos dos mais variados.

Edições[editar | editar código-fonte]

A 1ª. edição foi editada em 1967, consistia em mais de 500 páginas e uma tiragem de cerca de 120.000 cópias[5]. Essa edição foi considerada de conteúdo subversivo e confiscada pela Censura[6]. Depois, voltou a ser reeditada em 1972 (2ª edição), agora com 690+ páginas. Edições posteriores foram ampliadas. Alguns verbetes continham fotografias e ilustrações. A última edição data do ano de 1978. Jarbas Passarinho, ex-ministro do MEC, era o autor do prefácio de algumas edições, em que ele tomava uma posição anticomunista e católica. Hoje, a obra encontra fora de catálogo, porém facilmente encontrável em sebos e comércio eletrônico, devido às altas tiragens da época. Com o fim da ditadura a disciplina de moral e cívica caiu no obscurantismo e já não é mais lecionada em escolas e não consta nas Lei de Diretrizes e Bases (LDB).[7]

Referências

  1. WAGNER, C. Para grandes e pequenos - educação moral. [Tradução Othoniel Motta]. São Paulo; editora Civilização Brasileira, 1936.
  2. DECRETO-LEI N. 2.072, DE 8 DE MARÇO DE 1940 Arquivado em 10 de junho de 2016, no Wayback Machine.. Senado Federal do Brasil. Acesso em 26 de outubro de 2015.
  3. LEI nº4024, de 20 de dezembro de1961, Câmara dos Deputados. Acesso em 26 de outubro de 2015.
  4. Decreto-Lei nº 869, de 12 de Setembro de 1969. Câmara dos deputados. Acesso em 26 de outubro de 2015.
  5. Pequena Enciclopédia de Moral e Civismo — 2ª. edição, 1972 — introdução–pág. 9
  6. Academia Brasileira de Letras — Biografia do autor
  7. Scielo — Sintonia oscilante: religião, moral e civismo no Brasil - 1931/1997

Ligações externas[editar | editar código-fonte]