Pierre-Claude de la Fléchère

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Brasão de armas

Pierre-Claude de la Fléchère, senhor de Symond, de Châtillon e de Sierne, depois conde de Veyrier, nasceu 7 de Fevereiro de 1722 à Châtillon (comuna de Étrembières) e morreu 2 de Abril de 1790 à Veyrier, foi uma importante personagem política sarda (Ducado de Saboia) e o principal promotor da cidade de Carouge.

Senhor "de la Fléchère"[editar | editar código-fonte]

Segundo o autor do Armorial de Saboia, os "de la Fléchère" seriam de origem escocesa com o sobrenome "Flescher", antes de afrancesar o nome e de se instalar em Saint-Jeoire na atual Alta Saboia, onde construiu o castelo de Beauregard, praça-forte que controlava o acesso ao vale de Risse [1], a família ilustrou-se em diferentes momentos da vida da Saboia, e em particular em 1366 na Cruzada do Oriente pelo qual lhe foi permitido pintar bandas brancas na parte superior dos muros do castelo de Beauregard, o que ainda é visível hoje em dia.

Mais tarde, o casamento de um dos descendentes - François-Marie - que casou em 1654 com a sobrinha do Bispo de Genebra - Jean d'Arenthon d'Alex - selou definitivamente a união desta família com as mais nobres instâncias da nobreza da Saboia.

Veyrier e previlérios reais[editar | editar código-fonte]

Pierre-Claude de la Fléchère, que residiu em Châtillon (comuna de Étrembières), obteve em 1770 a unificação da suas terras e foi eleito conde de Veyrier. Construiu o castelo de Veyrier em 1769, renovou a igreja da localidade, secou os pântanos e mandou construir a ponte de Sierne sobre o Rio Arve.

O castelo de Veyrier

Em 1775 obteve do rei Victor-Amadeu III privilégios para desenvolver a economia do território de Carouge, cedida em 1754 ao Reino da Sardenha pela República de Gengibre

Política de Avant Garde[editar | editar código-fonte]

Principal promotor do crescimento da cidade de Carouge, vai concretizar o seu projeto pela aplicação de um conceito político particularmente liberal que se apoia sobre a tolerância promulgada pelo rei Victor-Amadeu III a 27 de Agosto de 1787 em relação aos judeus domiciliados na cidade [2].

Foi assim que os franco-maçons, os protestantes , mesmo os judeus, beneficiavam de direitos comuns e de total liberdade de culto [3] e como que a prova-lo há o fato do Senhor de la Fléchère ter dado parte da seu vastos domínios senhoriais para a construção de uma sinagoga, que funcionou até 1859, data em que foi substituída pela construção da Grande Sinagoga de Genebra. Pierre-Claude de la Fléchère, conde de Veyrier, morreu em 1790 sem ter visto realizado um dos seus sonhos, fazer vir muçulmanos a Carouge e erigir uma mesquita.

Deixou uma larga correspondência, principalmente com o poder em Turim de quem dependia, que tem sido amplamente utilizada nas numerosas obras sobre a cidade de Carouge e da sua história.

Referências

  1. Amédée de Foras, Armorial et nobiliaire de l'ancien duché de Savoie, Allier, Grenoble, 1932, p. 290 et suivantes
  2. Jean Plançon, Histoire de la Communauté juive de Carouge et de Genève, volume 1, de l'Antiquité à la fin du XIXe siècle, Slatkine, Genève, 2008, chap. III à V.
  3. Raymond Zanone, Cap sur l'histoire de Carouge, Dumaret et Golay, Carouge, 1983 , René-Louis Piachaud, Œuvres complètes, tome II, Slatkine, Genève

Curiosidades[editar | editar código-fonte]