Macuxis

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Macuxi
Macuxis na Assembléia Geral dos Tuxauas em 2014
População total

43 192[1]

Regiões com população significativa
 Brasil -  Roraima 33 603 (2014)[1]
Guiana 9 500 (2011)[1]
 Venezuela 89 (2011)[1]
Línguas
Português
Macuxi
Religiões

Catolicismo romano Protestantismo

Xamanismo
Grupos étnicos relacionados
Pemons

Os Macuxi, população indígena sul-americana, estão situados na região circum-Roraima, cujo ponto “zero”, por assim dizer, é o Monte Roraima – sendo este divisor de águas que vertem para os rios Amazonas, Essequibo e Orinoco. Essa região é coabitada por outros povos de filiação linguística Carib, que se distinguem e se autorreconhecem como Pemon ou como Kapon.

Os Kapon englobam os Akawaio, que estão localizados nas cabeceiras dos rios Mazaruni e Cotingo, junto às vertentes ao norte e a leste do Monte Roraima, bem como os Patamona, que habitam as cabeceiras dos rios Potaro, Siparuni e Maú (ou Ireng), a leste da cordilheira Pacaraima, já em território da República da Guiana.

A designação Pemon, por sua vez, abrange os grupos a oeste e a sudoeste da cordilheira Pacaraima, isto é, os Kamarakoto, os Arecuna, os Taurepáng e os Macuxi, que se estendem pelos campos e vales dos rios Cuyuni, Caroni, Paragua, Uraricoera, Tacutu e Rupununi, entre a área conhecida como “Gran Sabana” (ao norte e a oeste do Monte Roraima, no território da Venezuela) e nos “campos naturais” ou, como dito pelos brasileiros, pelo lavrado, ao sul e a sudeste, já em território brasileiro (cf. Santilli, 1997: 14).[2]

Demografia[editar | editar código-fonte]

O censo de 2010 e a contagem demográfica das Secretaria Especial de Saúde Indígena (SESAI), LESTE, dão conta de que a população Macuxi ultrapassa os 33 mil habitantes em território brasileiro, enquanto a Guiana registra aproximadamente 9500 indígenas e na Venezuela, algo em torno de uma centena.[3]

História[editar | editar código-fonte]

Habitantes dos campos naturais da bacia do Rio Branco, Rupununi e Orinoco, os Macuxis vêm enfrentando, pelo menos desde o século XVIII, situações adversas em razão da ocupação não indígena na região - primeiramente por aldeamentos e migrações forçadas,[4] depois pelo avanço de frentes extrativistas e pecuaristas e, mais recentemente, pela presença de garimpeiros e pela proliferação de grileiros em suas terras.

Hoje, protagonizam, juntamente com outros povos da região, um dos maiores impasses relativos aos direitos indígenas no Brasil contemporâneo: o que diz respeito à homologação da terra indígena Raposa Serra do Sol,[5] onde, atualmente, existem núcleos urbanos e fazendas de pecuária e de rizicultura.

Ver também[editar | editar código-fonte]

Referências

  1. a b c d «Macuxi». Socio Ambiental. Consultado em 28 de fevereiro de 2021 
  2. SANTILLI, Paulo (2001). Pemongon Patá: território makuxi, rotas de conflito. São Paulo: Editora Unesp. p. 14 
  3. Instituto Socioambiental, Instituto Socioambiental. «MACUXI». Instituto Socioambiental. Consultado em 27 de abril de 2020 
  4. Schneider, Liane. "Construções identitárias a partir de posições descentradas" Universidade Federal da Paraíba
  5. SANTILLI, Paulo. Pemongon Patá: território Macuxi, rotas de conflito, São Paulo, Editora UNESP, 2001 (resenha).

Ligações externas[editar | editar código-fonte]

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