Ponte de l'Alma

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Ponte de l'Alma
Ponte de l'Alma
A ponte vista de noite
Início da construção 1854-1856 e depois 1970-1974
Data de abertura 1974
Comprimento total 153 m
Largura 42 m
Geografia
Cruza Rio Sena
País França
Região Île-de-France
Ponte de l'Alma está localizado em: Paris
Ponte de l'Alma
Localização em Paris
Coordenadas 48° 51' 51" N 2° 18' 6" E

A ponte de l'Alma é uma ponte que cruza o rio Sena, em Paris. É assim designada em comemoração da batalha de Alma que ocorreu na Guerra da Crimeia, na qual a aliança otomano-.franco-britânica conseguiu uma importante vitória sobre o Império Russo, em 20 de setembro de 1854.

História[editar | editar código-fonte]

Construção[editar | editar código-fonte]

A construção inicial da ponte ocorreu entre 1854 e 1856, sob projeto de Paul-Martin Gallocher de Lagalisserie. Foi inaugurada por Napoleão III em 2 de Abril de 1856, Na época, cada um dos quatro pilares da ponte foi decorado com uma estátua de natureza militar: um zuavo e um granadeiro, da autoria do escultor Georges Diebolt, e um atirador e um artilheiro, esculpidas por Arnaud.

Morte de Diana[editar | editar código-fonte]

O túnel da Ponte de l'Alma

A ponte é famosa por ficar muito perto do local da morte da Princesa Diana em 31 de agosto de 1997.

Mais tarde naquela noite de sábado de 30 de agosto, a princesa Diana e Dodi Fayed saíram do Hôtel Ritz, na Praça Vendôme, Paris, e ficaram juntos na margem norte do Sena. Pouco tempo depois, a 0:25 do dia 31 de agosto, a Mercedes-Benz S 280 deles (com câmbio manual) entrou no túnel abaixo da Praça de l'Alma em alta velocidade, seguido por nove fotógrafos franceses em motocicletas.

Na entrada do túnel, o carro deles perdeu o controle, desviou para a esquerda e colidiu diretamente com o décimo terceiro pilar que sustentava o teto, rodopiando até parar. Não havia contratrilhos entre os pilares para prevenir isso. Dois americanos que estavam em Paris ouviram a batida e correram para o local. Joanna Luz e Tom Richardson, ambos de San Diego, contaram à CNN que eles estavam caminhando pelo Sena quando ouviram uma explosão e tiros agudos vindos do túnel (estas testemunhas oculares não foram identificadas pela Scotland Yard).

Mesmo com as vítimas do acidente seriamente machucadas ou mortas dentro do carro destroçado, os fotógrafos continuaram a tirar fotos. Alega-se que Diana, em estado crítico, murmurou repetidas vezes: "oh, meu Deus", e, depois que os paparazzi foram retirados pelas equipes de emergência, que teria dito as palavras "me deixem em paz".

Dodi Fayed e Henri Paul tiveram morte instantânea. Trevor Rees-Jones estava ainda consciente e tinha sofrido múltiplos e sérios machucados no rosto. A perícia técnica, chamada Operation Paget confirmou que nenhum dos ocupantes do carro estava usando cinto de segurança no momento da colisão. Muitos especulam que, se Diana estivesse usando-o, seus ferimentos não teriam sido letais. A princesa ficou presa nas ferragens por cerca de uma hora, o teto foi cortado e ela pôde ser retirada viva. Depois de estabilizarem seus sinais vitais no local, Diana foi levada por uma ambulância ao Hospital Pitié-Salpêtrière, chegando lá pouco depois das 2:00 da madrugada. Apesar das tentativas de salvá-la, seus ferimentos internos eram muito extensos: devido ao choque contra o banco do ocupante, seu coração foi deslocado do lado esquerdo ao direito do seu peito, rompendo a veia pulmonar esquerda e o pericárdio, o que causou uma enorme hemorragia interna. Ela foi submetida a uma cirurgia de emergência, mas os danos eram irreparáveis. Duas horas mais tarde, às 4:00 da madrugada, devido ao choque hipovolêmico e à falência cardiorrespiratória, os médicos anunciaram que Diana havia falecido. Às 5:30, sua morte foi anunciada à conferência de imprensa feita por um doutor do hospital, Jean-Pierre Chevènement (ministro do Interior da França) e Sir Michael Jay (embaixador britânico da França).

Mais tarde naquela manhã, Chevènement, junto com Lionel Jospin, o então primeiro-ministro, com Bernadette Chirac, esposa do presidente Jacques Chirac, e com Bernard Kouchner, ministro da Saúde, visitaram o quarto de hospital onde estava Diana, já morta, a fim de prestar respeito. Depois de suas visitas, o arcediago anglicano da França, Pai Martin Draper, disse orações comendatórias do Livro de Oração Comum.

Por volta das 2:00 da madrugada, o Príncipe de Gales e as duas irmãs de Diana, Lady Sarah McCorquodale e Lady Jane Fellowes, chegaram em Paris; eles deixaram seu corpo noventa minutos depois.

Acesso[editar | editar código-fonte]

Praça Diana e Torre Eiffel

A ponte está localizada perto da estação de metro Alma-Marceau e da Praça Diana.

Ver também[editar | editar código-fonte]

Referências