Ponticocastro

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 Nota: Para outras acepções, veja Beauvoir. Para outras acepções, veja Belvedere.

Ponticocastro (em grego: Ποντικόκαστρο; romaniz.:Pontikókastro), conhecido em francês como Beauvoir e italiano como Belveder durante a Baixa Idade Média, é um castelo bizantino em Agios Andreas, em Catácolo, no Peloponeso, Grécia.

História[editar | editar código-fonte]

A fortaleza de Pôntico — Ponticocastro, "Castelo de Pôntico", é um nome relativamente recente — é um dos mais antigos castelos bizantinos da Grécia. Está situado na porção norte da baía de Íctis, a 100 metros da costa, e está construído sobre as ruínas da acrópole da antiga Feia de 700 a.C.. Pontos de vista diferente tem sido expressos sobre o nome, com alguns alegando que Pôntico deriva da antiga palavra grega pontos, "mar", devido a sua visão do mar Jônico. Outros alegam que originou-se da similaridade da forma de um rato (pontikos). A visão mais provável, contudo, é considerada pelos folclorista Dinos Psychogios, que afirmou que o nome é uma corruptela do latim fonticum, que significa armazém, pois o castelo era utilizado para estocar a colheira de trigo e outros produtos.[1]

Após a Quarta Cruzada, o castelo foi conquistado pelos cruzados francos que estabeleceram o Principado da Acaia em ca. 1205.[2] Chamaram-o Beauvoir em francês, Belveder em italiano e Bellovidere ou Pulchrumvidere em latim.[3] Originalmente formou parte do domínio principesco da Acaia, e junto com a fortaleza e casa da moeda principesca de Glarentza, foi um dos dois maiores sítios dos quais a Élida foi governada.[4] Beauvoir foi conferido em 1289 a Hugo de Brienne em troca de metade da Baronia de Carítena, mas Hugo logo trocou-o com João Chauderon por terras em Conversano. Cerca de 1303, contudo, retornou ao controle principesco direto.[5]

Durante a tentativa frustrada de Ferdinando de Maiorca para tomar o Principado da Acaia em 1315–1316, Beauvoir foi capturado e retido por suas forças até depois de sua derrota e morte na Batalha de Manolada.[6] Beauvoir deixou de desempenhar um papel relevante depois disso, e é pouco mencionado nos períodos subsequentes de governo otomano e veneziano.[7] Em 1391, foi tomada pela Companhia Navarra, em 1427 pelo déspota e futuro imperador bizantino Constantino XI Paleólogo (r. 1449–1453) e então por irmão Tomás Paleólogo. Ele foi incendiado pelos turcos em 1470.

As muralhas do castelo formam um retângulo alongado e são principalmente de origem bizantina com traços de intervenções francas. Protegem uma área de aproximado 1 acre com 90 metros em comprimentos e 55 metros de largura. No canto noroeste há uma torre de 12 metros de altura e 8 de largura, com 17 fileiras de alvenaria circular e 7 de alvenaria retangular; as primeiras duas fileiras são oriundas da Grécia Antiga. No meio do castelo há um cisterna calculada oblonga, medindo 5 metros de norte a sul, dividida em duas partes desiguais por uma muralha divisória, e quatro pares de buracos quadrados dos quais a água saia para os lados.

Referências

  1. Kotsanás 2007, p. 57.
  2. Bon 1969, p. 66, 663.
  3. Bon 1969, p. 328–330.
  4. Bon 1969, p. 87, 104, 330.
  5. Bon 1969, p. 161, 164, 330.
  6. Bon 1969, p. 192–193.
  7. Bon 1969, p. 330.

Bibliografia[editar | editar código-fonte]

  • Bon, Antoine (1969). La Morée franque. Recherches historiques, topographiques et archéologiques sur la principauté d’Achaïe. Paris: De Boccard 
  • Kotsanás, Constantínos (2007). Τουριστικός Οδηγός Ηλείας (em grego). Pirgos: GR. ISBN 978-960-89792-1-5