Praça Coronel Collaço

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Casa construída ca. 1911, a mais antiga construção ainda existente e com suas características originais na fachada ainda preservadas, na Praça Coronel Collaço, rua Jacó Batista Uliano. Serviu na década de 1930 como hospital. Sua fachada original foi severamente modificada na parte superior próximo ao telhado. As bandeiras envidraçadas (cobertas por uma camada de tinta) sobre as três portas e duas janelas frontais são originais de sua época de construção. Possuia um beiral, que desabou em ca. 1990.[nota 1][nota 2][nota 3]
Fotografia aérea da Praça Coronel Collaço, em 17 de maio de 2009 (disponibilizada pelo bioquímico Roberto Pereira)
Praça Coronel Collaço, com a casa do pastor Schwab na direita e a fábrica de banha dos Pinho, administrada por Jacó Batista Uliano, na esquerda. Década de 1920. Observa-se uma entrada aproximadamente no centro dos lados direito e esquerdo, não havendo no lado oposto um acesso direto. Também é visível o lago que então havia no centro da praça, possível motivo para que a mesma estivesse cercada
Edificação demolida na Praça Coronel Collaço, no atual cruzamento da rua Getúlio Vargas com a rua Senador Nereu Ramos. Casa paroquial do pastor Schwab, depois hospital, hotel e então casa das freiras do Instituto Servian. Demolida na segunda metade da década de 1970. Fotografia do acervo de Edison Westphal

A Praça Coronel Collaço é um espaço público da cidade catarinense de Braço do Norte, localizada no bairro Centro. Forma um triângulo retângulo, no encontro das ruas Jacó Batista Uliano, Nereu Ramos e Getúlio Vargas. Sua forma triangular deve-se à sinuosidade do rio Braço do Norte, que tem seu leito nas proximidades, determinando seu traçado irregular. No triângulo retângulo a hipotenusa é formada pela rua Jacó Batista Uliano.

Edificação atualmente ainda preservada, em situação severamente modificada, no atual cruzamento da rua Jacó Batista Uliano com a rua Senador Nereu Ramos (defronte sua fachada). Foi propriedade de João Estanislau Ângelo

Foi projetada pelo agrimensor Carlos Othon Schlappal, quando fixou a sede da colônia Braço do Norte em 1879. Inicialmente denominada Praça Luiz Martins Collaço, homenageia o coronel da Guarda Nacional.

Domina o centro da praça uma figueira, transplantada em 21 de setembro de 1935.

É uma das duas praças originárias da medição oficial das terras do então Quadro do Norte, atual bairro Centro (a outra é a Praça Padre Roer). Não existem outras praças na cidade.

O caminho dos tropeiros pela Serra do Imaruí para o Porto de Gravatal cruzava a Praça Coronel Collaço. Em 1924 havia na praça uma lagoa onde se pescava muita piava (refere-se aqui ao lambari).[1]

Notas e referências

Notas

  1. Entrevista com Dona Negra, mulher de Fernando Kindermann, em 2004, que morou nesta casa. A mesma relatou que a casa foi construída por Ernesto Franz (o ferreiro Ernesto França, citado em João Leonir Dall'Alba, O Tesouro do Morro da Igreja, 1994, p. 88.), onde instalou um armazém e ferraria. Esta ferraria, construída separadamente da casa de comércio à sua direita (de parede a parede a distância era de uns 4 metros), foi ultimamente operada por Manoel José Rafael (Seu Maneca), destruída completamente por um incêndio em 1973. Jacó Batista Uliano, seu pai e sogro de Fernando Kindermann, comprou dele a casa em 1926-1927 e então Lucas Kindermann passou a residir nela. Em 1940, mais ou menos, José Guesser comprou a casa, que foi adquirida um ano depois por Oswaldo Westphal, que a alugou para Otávio Losso. Posteriormente, Tancredo Westphal a comprou de seu irmão Oswaldo. Desde sua construção em ca. 1911 sua parte frontal foi um local de comércio.
  2. Entrevista com José Valter Rafael, filho do ferreiro Seu Maneca (Manoel José Rafael), em 16 de agosto de 2020. Seu Maneca trabalhou em uma ferraria em Criciúma, em uma mineradora localizada no bairro Próspera, entre 1940 e 1945. A ferraria em Braço do Norte, de propriedade da Madeireira Westphal estava fechada, por falta de profissionais, ou seja, ferreiro. Seu Maneca ficou sabendo que a ferraria estava fechada e então procurou Oswaldo Westphal, e os dois acordaram uma forma de trabalho. Seu Maneca assumiu a ferraria, e a locação era paga com serviços prestados para a madeireira. Lá Seu Maneca foi ferreiro, de 1945 até 1973.
  3. Havia um porão escavado na terra sob o assoalho, que servia como depósito. Coberto por aterro na década de 1970, seu alçapão resiste à passagem do tempo. Tinha aprox. uma base de 3 por 2 metros e altura inferior a 2 metros.
  4. Da fachada da edificação mais marcante da Praça Coronel Collaço provém a foto da primeira comunhão dos luteranos de Braço do Norte em 22 de março de 1925. Da esquerda para a direita, de pé: Helmut Schwab, pastor Carl Schwab,[2] Oswaldo Westphal e Tancredo Westphal. Sentadas: Traudi Schwab, Marta Westphal, Matilde Speck, Hilda Speck e não identificada
  5. Praça Coronel Collaço, final da década de 1920 (por não ser visível as torres da Igreja Nosso Senhor do Bonfim nem a figueira), com a atual Rua Nereu Ramos ao fundo, vendo-se a partir da esquerda a atual rua Getúlio Vargas a demolida casa onde havia uma fábrica de banha de porco, em seguida a casa de João Effting e Alvina Soerensen Effting, pais de Heriberto Effting, depois a casa onde residiu Oswaldo Westphal, que foi mais tarde de Euclides Uliano, em seguida a casa onde Augusto Witthinrich teve a "Fábrica de Gasosa Aug. Witthinrich", onde Fernando Kindermann construiu depois o sobrado ainda existente. A praça não tinha meio-fio, sendo cercada com madeira, impedindo principalmente o trânsito de quadrúpedes, e a demarcando definitivamente em sua forma atual

Referências

  1. João Leonir Dall'Alba, O Vale do Braço do Norte. Orleans: Edição do autor, 1973, página 213. Entrevista ao autor de Matilde Speck Lehmkuhl, que instalou-se em Braço do Norte em 1924.
  2. «Foi pastor em Braço do Norte, de 1906 a 1926». www.ieclbhistoria.org.br. Consultado em 10 de abril de 2013. Arquivado do original em 8 de agosto de 2014 
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